Comentários sobre carros clássicos esportivos, carros históricos de rallye e de pista, além de comentários mais especificamente de eventos esportivos de rallyes e raids históricos realizados no Brasil e no exterior.Comments on sporting classic cars, historic rally and race cars, hesides comments more specifically of sporting events of historics rallyes and raids accomplished in Brazil and in the exterior.
O Grande Prêmio do Brasil de F1, ocorre deste 1972 (prova teste para aprovar a competição para o próximo ano - foi realizado numa quinta-feira e a tv não estava nem ai...), mas oficialmente para a FIA, o GP Brasil só entrou no calendário em 11 de fevereiro de 1973. Começou no Autódromo de Interlagos (hoje chamado de Autódromo José Carlos Pace - em 1978 o GP do Brasil foi transferido para o RJ - Autódromo de Jacarepaguá - em 90 volta para São Paulo). O circuito como o de Marina Bay Singapore (street circuit) e o Istanbul Park, são autódromos em sentido anti-horário. O Circo de F1 esteve em Interlagos em 72 - o Circo completo - sem que fosse uma prova do Campeonato Mundial de F1. Em 1972 quem ganha foi o Carlos Reutemann, com uma Brabham-Ford, e em 73 o Emerson Fittipaldi ganha com um Lotus-Ford (Emerson iria ganhar em 1974 em Brasilia e em 1975 o José Carlos Pace, ganha em Interlagos, com um Brabham-Ford).
Geralmente são 71 voltas no GP de F1 de Interlagos, com um percurso de 4.309km (total corrido num GP são 305.909km). O maior vencedor foi o Alain Prost (6x), e o time mais ganhou foi a McLaren-Ford (11x)
Interlagos naquela versão (houve mudança no traçado), tinha quase oito quilômetros de extensão e eu como quase todos que conheceram o traçado antigo, era maravilhoso, principalmente para correr - aliás, esse traçado antigo que os pilotos profissionais amavam competir. As suas curvas além dos nomes locais, como acontece em todo o circuito internacional, já acumulava grandes histórias.
O dia 11 de fevereiro (domingo) - o sol estava a pino... um baita calor (inclusive dias antes - o treino classificatório, era na sexta-feira, o calor era senegalês). O Corpo de Bombeiros, mandou água no povo com a mangueira aberta em leque, refrescando o povo - e esse povo - viu o Emerson ganhar. Foi de ensandecer estátua!!! Eu estava lá com minha Ashai Pentax. Vi Wilsinho Fittipaldi na Brabham; José Carlos Pace e Luiz Pereira Bueno na Surtees. Ronnie Peterson com a Lotus, largou na pole (eram 3 na primeira fila - e Emerson na Lotus ao lado de Jacky Ickx da Ferrari). O Moco largava em sexto, Wilsinho em 11º e Luizinho Bueno no último lugar.
Emerson assumiu a ponta na Curva 1, com o Pace atras, deixando Jackie Stewart da Tyrrell, Peterson e Ickx comendo poeira. But... a Surtees era fraquinha e... o Stewart passou o Moco na segunda volta (que na terceira volta, foi ultrapassado pelo Peterson). O Emerson sempre teve o J. Stewart na cola de sua caixa de câmbio, com uma turma logo atrás, com a faca nos dentes, como o Ickx, ace, Jean-Pierre Beltoise com a BRM e Denny Hulme na McLaren.
Pace abandona na nova volta, mas a batalha mais emocionante no dia foi entre o Emerson e o J. Stewart (este último e o Hulme completaram o pódio) e o Peroba (Luizinho Pereira Bueno), que largou em último, chegou em último. O Emerson já declarou sobre esse momento: “A torcida ficou alucinada quando cruzei a linha de chegada. Lembro-me de me aproximar da bandeira quadriculada vendo todas as camisetas e as cabeças erguendo-se como um só corpo, toda a arquibancada de pé, gritando e aplaudindo. Vencer o primeiro Grande Prêmio brasileiro, principalmente em São Paulo, era muito especial para mim.”