Historic Rallye - The most essential item of equipment is a sense of humour!

13.7.06

Surgimento e desemvolvimento de um esporte chamado
RALLYE

Eu ainda vou escrever sobre algumas corridas como Lands End, ou a prova de Monte Carlo que tiraram os 3 primeiros lugares da BMC com os Minis, e por ai vai. Agora, pretendo dar um panorama de como é que surgiu a competição e o seu desenvolvimento até o chamado anos de ouro (um pouco depois do fim do Grupo B). Uma nova etapa dos rallyes ficou a cargo da chegada dos carros japoneses, e na melhoria dos carros europeus, principalmente, dos carros franceses.




O termo rally, foi utilizado primeiramente no Rally de Monte Carlo, de janeiro de 1911. Até o final dos anos 20, o termo era utilizado em alguns eventos. A expressão continha o sentimento experimentado anos antes, mais precisamente em 1894 no histórico evento Paris-Rouen, numa competição de "carruagem sem cavalo" (Concours des Voitures san Chevaux), patrocinado por um jornal de Paris que atraiu interesse de público e de uma considerável lista de participantes para a época. A premiação foi baseada nos relatórios dos observadores que foram em cada carro. Os vencedores foram Panhard-et-Levassor e Peugeot, duas companhias que ainda sobrevivem nos dias de hoje.

Este evento continha princípios que são utilizados até hoje, nos rallyes, como os tempos de start dos veículos; corrida contra o relógio; tempo controlado em pontos na estrada e na entrada e saída das cidades; livros de bordo com anotações sobre a rota; provas de longas distâncias, com enfrentamento de perigos, e outros problemas como o pó, pedestres e animais de fazenda.

A primeira destas corridas era o Paris-Bordeaux-Paris de junho de 1895, onde o vencedor foi Emile Levassor com um Panhard-et-Levassor. O tempo dele para o 1.178 km (732 milhas) foi de 48 horas e 48 minutos, numa velocidade média de 24 km/h (15 mph). Só oito anos depois, na corrida de Paris-Madrid de maio de 1903, o "Mors" de Fernand Gabriel percorre as mesmas estradas levando 5 horas e 15 minutos para atingir 550 km (342 milhas) para Bordeaux, numa média de 105 km/h (65.3 mph)!

Como as velocidades vinham aumentando, e não haviam guardrails seguros nas estradas, além dos espectadores, animais e tráfico aberto nas estradas, havia um grande número de acidentes, morrendo nesta época, 8 pessoas. O governo francês decidiu proibir tais competições. De agora em diante, na Europa (com exceção da Itália), as corridas eram em circuitos fechados, apesar de que se se utilizava partes de estradas nestes chamados circuitos fechados, e em 1907, no primeiro autódromo foi construído - Brooklands - na Inglaterra.

Itália a prática nas estradas datava desde 1895 (Turin a Asti - ida e volta). A primeira verdadeira corrida a motor aconteceu na Itália em 1897 ao longo da orla do Lago Maggiore, de Arona para Stresa (ida e volta). Este foi o estopim de uma longa tradição de se correr em estrada, fazendo surgir eventos como o Targa Florio da Sicília (1906) e o Giro di Sicilia (1912), que só terminaram depois da Segunda Grande Guerra. O primeiro evento alpino foi realizado em 1898, no raid de três dias do Austrian Touring Clube (Corrida de Automóvel pelo Sul do Tyrol), que incluía a famosa Stelvio Pass.

Em abril e maio de 1900, o Automobile Club da Grã Bretanha, precursor do Royal Automobile Club, organizou as Thousand Mile Trial, com percurso de 15 dias unindo as cidades principais da Inglaterra. Seu objeto era promover esta de transporte. 70 veículos partiram nesta empreitada. Eles tiveram que completar 13 fases da rota que variava em duração de 43 a 123 milhas, a velocidade média de até o limite legal de 12 mph, além de provas em seis hillclimb ou testes de velocidade (habilidade). Nas horas de folga e paradas de almoço, os carros foram mostrados ao público.

Na Alemanha, havia o Herkomer Trial, que aconteceu na sua primeira vez em 1905, e posteriormente, o Prinz Heinrich Fahrt (Prince Henry Trial), ocorreu em 1908. A primeira tentativa alpina de rallye (Trail), ocorreu em 1909, na Áustria e em 1914, este era o evento mais duro de seu tipo revelando o grande desempenho de James Radley, da Inglaterra, no seu Rolls Royce Alpine Eagle. Em 1911, chega a vez da primeira prova de Monte Carlo, chamada de rallye ou rally, organizada pelos operadores do famoso cassino, para atrair motoristas (pilotos) esportivos ricos. Os elementos competitivos eram leves, mas chegar em Mônaco, em pleno inverno era um desafio. Um segundo evento ocorreu em 1912.

Dois grandes desafios de distância longos aconteceram neste momento histórico: o Peking-Paris de 1907 (vencido pelo Príncipe Scipio Borghese e Luigi Barzini, num Itala), e o New York-Paris (vencido por George Schuster e "outros", em um Thomas Flyer). Este último evento percorreu o Japão e a Sibéria. Cada evento atraiu só um punhado de almas aventureiras, mas em ambos os casos os vencedores exibiram características que os pilotos de rallye modernos reconheceriam: preparação meticulosa, habilidade mecânica, desenvoltura, perseverança e uma certa dose de viver rusticamente.

O raid de New York-Seattle de 1909, apesar de pequeno, não era fácil. Bastante mais amador por assim dizer e mais fácil de fazer, era o rallye designado como Glidden Tour, realizado pela tripo A (American Automobile Association), entre 1902 e 1913, onde havia cronometragem entre os pontos de controle (PC).





Enquanto isso, na Inglaterra o Automóvel Clube Escocês começou sua tentativa anual de realizar provas de Trial, durante o ano de 1902, e em 1904 o Motor Cycling Club entrou nos meios dos carros em corridas de 1904 (Londres-Edinburgh, Londres-Lands End, Londres-Exeter), eventos que ocorrem até hoje para carros clássicos. Em 1908 o RAC fez sua 2.000 Mile International Touring Car Trial, e em 1914 a importante Light Car Trial para fabricantes de carros até 1.400cc, testar desempenhos comparativos. Em 1924, o exercício foi repetido como as Small Car Trials.

A Primeira Guerra Mundial trouxe uma calmaria. Monte Carlo Rallye só foi ressuscitada em 1924, mas desde então (com um intervalo na Segunda Grande Guerra), foi um evento anual fazendo surgir o World Rally Championship (WRC). Nos anos trinta, se tornou a primeira prova de rallye europeu com mais de 300 participantes, muitos deles britânicos (claro).

Nos anos vinte, numerosas variações no tema Alpino, aconteceram na Áustria, Itália, França, Suíça e Alemanha. Os mais importantes destes acontecimentos de rallye eram o Alpenfahrt da Áustria, que continuaram até a sua 44ª edição, em 1973; a Coppa delle Alpi italiana, e o Coupe Internationales des Alpes, ou International Alpine Trail, organizada juntamente pelos clubes de automóvel da Itália, Alemanha, Áustria, Suíça e mais tarde pela França. Este último evento, ocorreu de 1928 a 1936, onde surgiram várias equipes famosas de fábrica, como Talbot, Riley, MG e times da Triumph, fazendo os alemães (por intermédio de Hitler), inscreverem marcas como Adler, Wanderer e Trumpf.

Os franceses começaram com seu próprio Rallye (Rallye des Alpes Françaises), em 1932 dando continuidade depois da Segunda Guerra Mundial, com o Rallye International des Alpes (Coupe des Alpes). Outros rallyes importantes iniciados entre as guerras incluíram os rallyes da RAC (1932) e da Bélgica o famoso Liège-Roma-Liège (1931), dois eventos de caráter radicalmente diferente. Na Itália, o governo de Mussolini encorajou esporte de motor de todos os tipos, facilitando inclusive a abertura (ou fechamento), das estradas para provas de velocidade, assim o esporte reiniciou com mais vigor depois da Primeira Grande Guerra, e em 1927 foi fundada a famosa corrida Mille Miglia (1.000 milhas, algo em torno de 1.600 kms), pelas estradas de Brescia para Roma (ida e volta), continuando desta forma até 1938.

O evento de Liège de agosto de 1939, foi o último evento principal antes de Segunda Grande Guerra, e se tornou um símbolo de desafio. Os times alemães trabalharam duramente para mostrar vigor, e agradar o Reich ou dar-lhe uma vitória, mas dois pilotos talentosos em carros franceses - Ginet Trasenster da Bélgica (numa Bugatti) e Jean Trevoux da França (num Hotchkiss), tiraram o sonho dos alemães. Esta era a primeira das 5 vitórias em Liège ganha por Trasenster (Trevoux ganhou quatro Monte Carlo, entre 1934 e 1951).



Nos anos 50 as provas de longa distância estavam em pleno apogeu, mas surgia com uma força incrível os rallyes na Europa, principalmente o de Monte Carlo, os Alpines francês e austríaco e o Liège, fazendo surgir outros de igual envergadura, como os Rallye de Lisboa (Portugal, 1947), o Tulip Rallye (Holanda, 1949), o Midnight Sun Rally (Suécia, 1951 - depois chamado de Swedish Rally); o 1.000 Lakes Rally (Finlândia, 1951 - agora chamado de Neste Rallye Finland), e o Acropolis Rallye (Grécia, 1956). A FIA criou um Campeonato de Rallye europeu de 10 ou 12 eventos (outros rallyes podem ser citados como o alemão, ou o Sestriere Rallye na Itália, ou o Viking Rallye da Noruega).

Inicialmente a maioria destes rallyes eram bem amadores por assim dizer e mais fácies de fazer, mas organizadores do francês Alpino e do Liège (após 1956), faziam uma prova muito dura, com horários difíceis de cumprir. O mesmo ocorreu com o Automóvel Clube de Marseille et Provence, que organizava uma prova dura e longa. O mesmo aconteceu o Royal Motor Union da Bélgica, no seu evento de Liège (Chegaram a duvidar que algum carro chegaria em 1951, mas o vencedor Johnny Claes, com seu Jaguar XK120, desmentiu os organizadores). Estes eram eventos para "Homens", como se dizia na época. Monte Carlo tinha uma áurea e deslumbramento, mas em tempos de neve forte a prova era muito difícil; enquanto que em Acrópole as estradas eram terríveis e cheias de pedra (até hoje). Em 1956 o rallye Corseca Tour de Corse, de 24 horas ininterruptas em estradas mais torcidas do planeta, tornou-se o rallye a ser batido, sendo a principal prova de rallye ganha por uma pilota - Gilberte Thirion da Bélgica, em um Renault Dauphine.

Há que se ressaltar que a Mille Miglia não era bem um rallye mas sim uma corrida com PC's, que terminou com um acidente sério ocorrido em 1957. Fora da Europa, outras provas de rallye, corrida e trial eram realizadas, destacando-se na América do Sul, as provas de distância longa com distancias entre 5.000 a 6.000 milhas (8.000 a 9.500kms), dividida em "pernas" diárias. Um destes eventos era o Gran Premio del Norte de 1940, de Buenos Aires (Argentina) a Lima (Peru), ida e volta, que foi ganho por Juan Manuel Fangio numa "carretera" modificada de um Chevrolet Coupé. Este evento foi repetido em 1947. Em 1948 foi realizado o Gran Premio de la América del Sur de Buenos Aires para Caracas (Venezuela) - Fangio teve um acidente no qual o co-piloto morreu. Então em 1950 foi estabelecida a famosa e perigosa Carrera Pan-americana do México (1.911 milhas ou 3.075 kms), para celebrar a abertura da estrada de asfalto entre a Guatemala e os EUA, prova esta que correu até 1954.

Na África, em 1950 ocorreu o primeiro French-Run Méditerranée - le Cap (10.000 milhas ou 16.000 kms), em rallye do mediterrâneo até a África do Sul, sendo considerado o evento mais longo realizado até aquela data. Esta prova não tinha uma regularidade de ocorrência, e foi realizada até 1961, quando a situação política piorou na região (atiravam nos carros do rallye). Em 1953 na África Oriental ocorreu o Coronation Safari, que veio a se tornar o Safari Rallye incluído no círculo do Campeonato Mundial, sendo seguido pelo Rallye du Maroc, na África Norte, e o Rallye Côte d'Ivoire na Costa do Marfim (em West Africa ocorria o rallye de tempos em tempos chamado Bandama Rallye). O RedeX Trial da Austrália em 1953 foi uma prova importante de rallye, embora permanecendo isolado do resto do mundo.

Os rallyes ficaram muito populares na Suécia e Finlândia nos anos cinqüenta, ajudado em parte pela implantação nestes países nórdicos do "specialstrecka", ou estágio especial (special stage): seções menores de rota, normalmente em estradas secundárias ou rotas privadas longe de moradias e trafico, que eram cronometradas separadamente. Esta foi a forma encontrada para o conflito gerado pelos rallyes de longa distância. A idéia espalhou-se a outros países, utilizada até os dias de hoje, tanto em rallyes de regularidade como e principalmente, em rallyes de velocidade.

O Liège continuou como "uncompromisingly", sendo uma corrida em estrada aberta, com um horário de tempo impossível de ser cumprido, permanecendo o rallye mais duro da Europa até 1964. O Coupe des Alpes também lutou em até 1973 até isto sucumbiram. Na verdade o seu falecimento (hoje revivido pelo evento de rallye de carro histórico e clássico), foi influenciado pela decisão das autoridades francesas responsáveis pelo automobilismo, de eleger o Tour de Corse, a prova representativa internacionalmente, para "rally championships".

O Rallye da RAC tinha se tornado um evento Internacional formalmente em 1951, mas as leis da Inglaterra impediram o fechamento das estradas públicas para fases ou estágios especiais. Isto resultou em rallyes com trechos curtos, rallyes realizados em florestas, seções de regularidade e navegação à noite. Em 1961 Jack Kemsley persuadiu a Comissão de Silvicultura (Forestry Commission), para abrir centenas de milhas, surgindo as famosas estradas de pedregulho sinuosas, sendo tais eventos praticados no Reino Unido, um do mais exigentes e populares do calendário mundial (em 1983 havia mais de 600 milhas de estágios para este fim). Neste sentido, ficou famoso o Wales Rally GB (rallye realizado na região do País de Gales).

Desde então, a natureza dos eventos não evoluíram rapidamente. Os custos crescentes de ambos os lados (organização e equipes), foram enxugando as provas menos importantes (mas fez crescer os eventos de carros históricos). Nos últimos anos nota-se rallyes progressivamente menores, com estágios menores e a eliminação em quase todos os eventos, de rallyes noturnos. Hoje a prática do rallye é mundialmente difundida.




Uma das mudanças principais ficou a cargo dos rallyes deixarem de ser progressivamente amadores, passando as fábricas investirem mais neste esporte, depois, o surgimento de patrocinadores e a cobertura da mídia, fatores esses que fizeram mudar os olhos sobre as provas de rallyes. A partir do final dos anos 50 e durante todo os anos 60, até o primeiro quartel dos anos 70, as fábricas utilizavam os rallyes para testar seus novos modelos. Nos anos 70 a prova teve uma guinada com o Audi Quattro, com tração 4X4 e com o fim da divisão 2. Neste momento as provas passaram a ser totalmente profissionais, onde se via um investimento enorme das fábricas em colocar um carro com tecnologia embarcada, e pagando altos salários para piloto e navegador. Em 1973, a FIA criou o Campeonato Mundial de Rallyes (WRC), ganhando neste primeiro ano um Alpine-Renault. Em 1979 chega-se a era do Campeonato Mundial para Pilotos, ganhando naquele ano Björn Waldegård.

Embora tivesse havido exceções como a Ford diante do seu V8 specials, criados pelos romenos para a prova de Monte Carlo de 1936, rallyes antes da Segunda Grande Guerra usavam o padrão chamado de US Stock, ou carros de produção próximos ao padrão comercializado. Depois da guerra, a competição tinha vários carros saloons (sedans), ou carros esportes com modificações secundárias para melhorar o desempenho do motor, frenagem e suspensão. Isto controlou os custos dos fabricantes, e permitiu a participação maior de pessoas praticando rallyes (notem que se utiliza carros familiares, fazendo que as listas de participações crescessem às centenas).




Mas como interesse público cresceu, as montadoras começaram a introduzir modelos especiais ou variantes para rallye, como o Saab ou o Mini-Morris. Cooper criou para a fábrica o Mini-Cooper S, a Saab contratou os melhores pilotos da época, a Ford inglesa além de contratar pilotos e navegadores de primeiro time, contratou equipe especializada em corridas para criar o Lotus Cortina e o Escorte. Estes exemplos foram seguidas por outras equipes.


Outros fabricantes não queriam modificar os carros chamados bread-and-butter, ou carros standards de fábrica. Partiram para criar carros especialmente de rallyes como o Alpine, ou criar em 1974 a incrível Lancia Stratos (aliás, este carro foi criado especialmente para rallyes e não partiu de outra plataforma já existente).




Mas em 1980 fabricante de carro alemão (Audi), introduziu uma versão de coupe grande e pesado (family saloon), instalando um turbocharged 2.1 litros, com 5 cilindros - e provido de um sistema de 4X4. Nascia assim o Audi Quattro. Não foi projetado propriamente como um carro de rallye, mas conta-se que o seu intuito era esse - de chocar o mercado - colocando, inclusive uma pilota de ponta para conduzir tal máquina. Resultado: campeão do WCR.

Regulamentos internacionais proibiam carros com tração nas 4 rodas, mas FISA (FIA), aceitou o Audi e mudou as regras. O Quattro se tornou o carro mais rápido em neve, gelo ou lama, fazendo que em 1983 Hannu Mikkola levasse o título do WRC. Como outros fabricantes não tinham carros 4X4, a FISA mudou as regras novamente e abriu o Campeonato para carros do chamado Grupo B, criando-se, assim, uma geração de supercars de rallyes, destacando-se os mais radicais, como o Peugeot 205 T16 e o Lancia Delta S4, carros que chegavam a 600BHP ou a 800 BHP. Destacavam-se na época, pilotos como o finlandês da Lancia Henry Toivonen. Outros carros foram desenvolvidos para o chamado Grupo B, pela Audi (com uma versão curta e larga do Quattro), pela Ford inglesa (com os RS200), e pela Leyland britânica (com o Metro 6R4).

A festa não durou. Na 1986 no Rallye de Portugal, foram mortos quatro espectadores. Então, em maio daquele ano, no Tour de Corse, Henry Toivonen acidentou-se e seu carro desceu a montanha como uma fireball. A FISA mudou imediatamente novamente as regras: rallyes depois de 1987 seriam apenas com carros do Grupo A, ou seja, carros "perto" do modelo de produção.



Havia outra revolução nos anos oitenta. Como a maioria dos fabricantes europeus retiraram-se do esporte, deixando a Lancia como a portadora de bandeira principal, as companhias de carro japonesas chegaram: Nissan, Mitsubishi, Mazda, Subaru e, mais importante de tudo a chegada da Toyota. Estas companhias sustentaram o esporte pelos últimos anos do Século 20, tornando os carros mais seguros, confiáveis, e introduzindo as novidades em rellyes nos carros de linha.




Há um grande contraste entre as estrelas de hoje (pilotos e navegadores), daqueles dos anos 50/60/70. A maioria dos pilotos dos anos cinqüenta eram amadores, que recebiam pouco e tinham que bancar os custos do rallye (alguns eram reembolsados), outros ganhavam melhor, mas eram pilotos já consagrados na F1 ou em outras provas, diversas dos rallyes de época (eram convidados a pilotarem determinados carros). Então em 1960 veio a superestrela - Erik Carlsson da Suécia, conduzindo um Saab. O próprio Erik campeão por duas vezes de Monte Carlo e em dezenas de outras corridas pelo WRC e fora dele, influenciou os suecos a prepararem os Saabs 96 juntamente com os ingleses na BMC.

Nos anos sessenta, o gerente de competições de BMC, Stuart Turner, contratou uma série de pilotos e pilotas, talentosos pagando um ótimo salário, o mesmo ocorreu com a Ford inglesa, mas os escandinavos dominaram os resultados.

Luis Cezar

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