Historic Rallye - The most essential item of equipment is a sense of humour!

28.12.11

Renault R12 - Corcel francês? HaHaHa!

Vamos lá... eu mostrei o Corcel que vinha do projeto francês da Renault o o R12 - na verdade não estava com muita paciência nesse final de ano e coloquei um post que estava em rascunho. Dai os admiradores do Corcel falam: eu falei... esse é um baita carro... e ok, ok, por ai vai. Dai alguns me escrevem: o Corcel era muito, mas muito melhor do que o R12! Na verdade meus caros o R12 não era tão pesado como o Corcel e... foi muito melhor construído que o Corcel. Well - na verdade eu gosto do Alpine e do R8 - o resto... Bom... tem o R12 Alpine, que foi bem usado em rallies. O R12 Alpine tinha um motor de 1397cc, bem preparado, com capô em fibra, suspensão dimensionada e freios melhorados. Dava para tirar uns 108hp, atingindo os 175km/h (bem longe, mas longe mesmo do desempenho do Corcel). Fizeram 493 unidades entre 77 e 80.
A Belina deles...
Esse R12 foi do sul da América do Sul (Ushuaia), até o Alaska percorrendo 100 mil kms.
Tinha uma bela suspensão...
Bom... pelo menos o Corcel tinha o cavalo no veículo...

Luis Cezar

27.12.11

Ford Corcel - Belina

Ford Corcel - Na verdade era confortável, mas desempenho, por desempenho... era um fracasso. Esse carro surgiu por efeito da compra da Ford do Brasil, da Willys-Overland do Brasil, em 1968. A Willys já tinha um projeto na época chamado de M, de um carro médio (pequeno na verdade). Era um carro baseado no Renault R12 - a carroceria foi criada no Brasil (mas... copiada do R12), para uma adaptação melhor do público nacional. Na verdade a plataforma, motor e câmbio, foram projetados pelos franceses (aliás, as rodas eram de aro 13 com 3 parafusos de fixação, tradicional nos carros franceses). O concorrente dele (lembrando que foi lançado em 68 com 4 portas), era o Zé do Caixão (VW 1600).
No primeiro mês vendeu 4500 unidades... trazia como inovação um radiador selado e coluna de direção bipartida. A tração: novidade - era dianteira. A suspensão adequada para as estradas e cidades brasileiras - era uma ótima suspensão. Foi lançado com motor de 1.3 litros, com 68 cavalos para um carro que pesava 930kg!!! Pouca gente sabe que o carro pesava mais de uma tonelada com todos os líquidos. Os problemas encontrados de 68 a 70 foram resolvidos com a vinda de um novo presidente para a Ford brasileira (Willian Max Pearce saiu e entrou o Joseph W. O´Neil). Resumindo era um erro de projeto dos franceses - ocorreu o primeiro recall brasileiro, para substituir e/ou acomodar a caixa de direção numa posição certa. Foi uma solução da Renault e não da Ford. Se você tiver que comprar um Corcel ou uma Belina compre de 1971 para cima. Aliás, por falar em Belina essa foi colocada em rallye (da Integração Nacional de 71, pilotada pelo meu amigo Lenda Viva). Um ótimo carro para servir de carro-oficina (colocando nela um motor 1.6 com câmbio de 5 velocidades).

Apesar de ser um carro tipicamente francês - poucos se tocavam disso - a Ford inscreveu o Corcel em provas de rallye, comandada pelo Greco. Quase venceu o Rallye da Integração Nacional, ficando nas primeiras colocações; nas 12 Horas de Tarumã de 73, venceu na Classe A (1300cc - com Abilio Weiand e Voltaire Moog) - aliás, os gaúchos eram e são entusiastas de rallye e utilizaram muito o Corcel. A Ford até realizou em 70 a Copa Corcel (todos os carros iguais e pilotados por convidados), que só teve duas edições (uma em SP e outra no RJ). A Bino Veículos ganhou uma grana boa, com a venda de kits, para o Corcel (com dupla carburação, escapamento Kadron dimencionado, rodas de liga leve, com pneus Pirelli Cinturato CN36, e vários instrumentos no painel). Não andava nada. Em 71 com a venda dos kits abaixando, a Bino oferecia um conjunto de válvulas, um comando norte-americano Iskenderian, coletor de admissão espelhado e juntas de cabeçote reforçada. Continuou a andar pouco.

O Corcel Bino (em 68 era Bino Automóveis, depois, incorporada pela Sandaco, tornando-se Bino-Sandaco), tinha um motor de 1300cc preparado para 1500cc (1289cc para 1440cc). Carburação dupla, pistões maiores de 77mm. O comando de válvulas dava um maior torque. A tampa de válvulas era aletada e elevada, além de um radiador de óleo, passando a ter 9.5:1 de compressão e 90hp, chegando a 6500rpm (Nossa Mãe...). Em 69 a Auto Esporte fez um teste e o Corcel percorreu de 0 a 100 em 16 segundos, atingindo a velocidade de 144km/h (com 1 tonelada de peso). O motor era melhor preparado fora e chegava a 160km/h com 100hp. O Bino não podia ficar na mesma velocidade máxima por muito tempo, pois, faltava água e/ou lubrificação necessária (o Corcel de pista atingia 185km/h), mas... quebrava o tempo todo. O projeto era ruim. Well... nas pistas pelo menos, pois, nos rallyes fazia um relativo sucesso com os carros dos Times Bino, Bino-Motoradio, Greco-Ford e mais tarde Mercantil-Finasa-Ford. Os carros de rallye eram formados por Corcel e Belina.
Luiz Antônio Greco convenceu a Ford a fazer com um Maverick, Corcel e Belina um Raid chamado "Integração Nacional". Eles percorreram todos os estados – 25 mil Km em 28 dias.
Luz Evandro Águia e Xaxá (Navegador),Equipe de Rallye, 1975, Dropgal Ford Greco.
25 horas de Interlagos, 1975, Ford Corcel No 37 Águia, Paulo Martinelli, Azizo Elmor Jr - Equipe Greco
Rallye da Integração
Idem
Idem
Boris Feldman
Equipe Bino-Motoradio

Teste do Corcel e Belina - longo mais bem feito

XX
Propaganda de época

XX

Luis Cezar