A fábrica da SS (nome da Jaguar antes da II Grande Guerra), produzia sidecars e alguns carros (dentre eles o famoso SS 100), e durante a guerra produzia materiais bélicos. Por isso os raids de bombardeios alemães, eram dirigidos para esta região de Coventry. Nesta época começou a se pensar num novo motor para equipar um carro diferente. Quem pensava nisso? Lyons, Heynes, Hassan e Claude Baily - estes caras queriam colocar no mercado um carro espetacular. O pós-guerra teve uma falta de aço e o governo inglês criou a política "Exportar ou Morrer", então a agora Jaguar Cars, iniciou a exportação de seus carros pré-guerra de 1½, 2½ e 3½ litros (nesta mesma época, venderam a linha de sidecars). Uma curiosidade ralizeira: A versão do SS 100 não foi produzida após a guerra, mas tinha-se sido armazenado um único exemplar, que não foi matriculado durante o evento bélico. Ficou conhecido pela matrícula que lhe foi atribuída - LNW 100 - e teve grande sucesso nos Rallyes Alpine e Tulip, sob o comando de Ian Appleyard - que teve uma história fantástica com o XK 120.
Motor do XK - O motor surgiu antes do chassis e da carroceria
Lyons tinha especificado que a potência desenvolvida pelo novo motor deveria igualar o do "Old Number 8", com 160 cv. Os designers optaram por um motor de seis cilindros em linha, com uma cilindrada de 3.442cc ao qual chamaram de "XK". Foi desenvolvido um novo chassis para ser a casa deste novo motor, contudo, faltava uma carroceria. Esta veio através das mãos de Willian Lyons, que a criou em simples 2 meses, para ser apresentada no Salão do Automóvel de Londres (Earl's Court) de 1948 (aliás, dizem que a BMW para o modelo 328, copiou a carroceria do XK - outros dizem o inverso).
BMW 328
Idem - em rallye contemporâneo
PRODUÇÃO: Jaguar XK 120 (1948-54): 12.000 exemplares.
JAGUAR XK120 em JABBEKE - 1949
Depois disso... as encomendas chegaram a um ritmo de tal forma elevado que a Jaguar rapidamente se apercebeu que a produção inicialmente prevista de 200 veículos, não iria ser suficiente para satisfazer as encomendas (93% da produção foi exportada até 1953, principalmente para os EUA - o meu amigo Willian aqui em São Paulo, está fazendo uma lista detalhada dos XK que vieram para o Brasil, seu destino e se possível, a sua localização atual - ótimo trabalho, que será transformado em livro referência). As listas de espera engrossaram ainda mais após a primeira participação em competição do XK em Silverstone, numa prova do então Campeonato de "Production Sports Car". Foram cedidos três veículos pela fábrica aos conhecidos pilotos Peter Walker, Leslie Johnson e Prince Bira (Príncipe do Sião). Só o Bira não terminou, para a tristeza do público gay (é o que dizem...), mas os outros terminaram em primeiro e segundo.Laguna Seca - 24 de outubro de 1959
Infelizmente, o regresso a esta competição em 1952, não teve o resultado esperado. Preocupados com a informação que circulava acerca da velocidade em linha reta do novo Mercedes-Benz, a Jaguar montou de forma apressada, carroçarias mais aerodinâmicas, but... de nada adiantou. Poucas horas depois, os três veículos abandonaram a prova devido a problemas de super-aquecimento. Cabe lembrar que a Jaguar construiu uma pequena quantidade de C-Type de "produção", produzindo 53 unidades, incluindo os veículos do time (alguns foram exportados para os Estados Unidos, onde obtiveram grande sucesso em competição).
CRONOLOGIA
1942 : Início dos estudos da concepção do motor do XK.1945 : Concepção do motor XK termina.
1948 : Em 27 de outubro ocorre a apresentação do XK 120 no Salão de Londres em Earl's Court.
1949 : Em 30 de maio um Jaguar XK 120 "roadster", atinge os 213,4 kph em Jabeke - Bélgica. Em outubro o Jaguar XK 120 é um sucesso no Salão de Paris.
1950 : Há fabricação do Jaguar XK 120 Roadster em alumínio.
1951 : Há o lançamento do Jaguar XK 120 Roadster SE ("Special Equipment"), com 2 carburadores SU HD8 (atingindo 180cv e 210cv com o C-Type). Em 15 de março o coupé Jaguar XK 120 é comercializado, com equipamentos sofisticados no novo painel e de luxo, com acabamento em couro.
1953 : Uma versão cabriolet é comercializada.
1954 : O XK 120, é substituído pelo Jaguar XK 140.
1957 : O Jaguar XK 150 substitui o Jaguar XK 140.
1961 : Este é o ano do fim da geração do XK, com o advento do mítico Type E.
Clark Gable e seu XK 120 e várias manchas de óleo
Os Xks em Rallyes
Relativamente aos rallyes, Ian Appleyard substituiu o LNW 100 (lembram dele - o SS 100 sobrevivente?), por um dos seis XK especiais. O NUB 120 levou Appleyard e a filha de Lyon (Pat), à vitória nos Rallyes Alpine de 1951 e 1952 e, no Tulip Rallye em 1951, além de tornar-se num dos veículos de rallye de velocidade mais bem sucedidos de todos os tempos. Mas vamos a algumas histórias legais, até mesmo com a revelação que poucos conhecem: houve um XK 120 com 4 lugares!!!
Resolvido o problema eles os 4 Jags, voaram nesta última perna - resultado: 4 primeiros lugares - o mais legal é que dentre estes 4 Big Cats, havia 2 type-number. O NUB 120 atingiu 175kph (ele tinha uma relação de 3.64:1 atingindo 4.700rpm na 4a marcha), but... a 1a marcha travava e dava aqueles problemas comuns da caixa de câmbio da Moss - a 1a tinha como limite 30mph ou 50kmp. A 4a também deu defeito, em especial no estágio no Passo de Stelvio. A 2a e a 3a estavam OK e bem sincronizadas, mas quando se mudava para a 4a... para voltar para a 3a só parando o carro ou fazendo esse passar por buracos mais profundos (dá para acreditar - bom para quem tem um XK - dá!). Ian e Pat conseguem nesse rallye o prêmio Best Individual Performance, e ganham o rallye na classificação geral, além de ganhar o penalty-free run. Legal.
Ainda em 1950, em setembro o NUB 120 ganha o Lakeland Rally e o East Anglian Motor Club Rally. Dizem que Gille Tyrer na BMW 328, ao participar deste último rally, copiava o shape do XK. Isso dá comentários até hoje. Em novembro, o NUB 120 fica e segundo no Motor Cycling Club (era uma versão do RAC Rally). Leslie Johnson e Stirling Moss foram campeões nas pistas, principalmente com o XK 120 de licença JWK 651, no circuito de Montlhéry - perto de Paris - nas 24 horas com uma média de 107mph (172kph). Em 51, claro foi o melhor ano das pistas, com o Tipo C. Cabe ressaltar que, ainda em 50, o NUB participou da prova internacional no Rallye du Soleil, ganhando o primeiro, segundo, terceiro, quarto e sexto lugar (o ganhador foi o XK pilotado por Henri Peignaux, que era agente da Jaguar).
Em 51 no Tulip Rally o NUB 120 também participou. O piloto suíço Ruef Habisreutinger e Horning participaram num XK. Ficaram em primeiro no Morecambe Rally. Em julho o NUB ganha o Best Individual Performance, no RAC Rally (neste ano neste rallye havia nada mais - nada menos do que 36 XKs home!!! Havia, ainda outros 14 Jags participando). Neste rallye dois Morgans ficaram em segundo e terceiro e em sétimo ficou um XK120 com John Lyons, filho do William e cunhado (adoro essa palavra: brother-in-law), do Ian. Rallyes em Yorkshire, Scottish e Edinburgh, havia XKs ganhando o primeiro lugar. No rallye alpino haviam 10 XKs - a Jaguar tinha como works 3 carros, o NUB do Ian; o carro do Gatso, que era o apelido do piloto de rallye holandês Maurice Gatsonides, que tinha como navegador o motoring journalist do Daily Telegraph Bill McKenzie e o carro da dupla Habisreutinger e Horning.
O mais rápido deles era o NUB 120, agora com freios mais dimensionados (o XK 120 JWK 675 também havia feito melhorias nos freios, principalmente dos dianteiros, mas não adiantou muito). Havia um XK com um ex-piloto de um outro carro ganhador, um Allard J2 - era Godfrey "Golf" Imhof. O XK dele teve uma quebra da bomba de água, tendo um aquecimento fora do normal, atingindo o junta do cabeçote e rompimento do selo do bloco. Mesmo assim, a Jaguar ganha o Team Prize e o Ian ganhou o timed tests na categoria acima de 3 litros, obtendo um Best Individual Performance.
Ainda em 1951 (agosto), houve a Marathon de la Route, conhecida também, como o Rallye Liege-Rome-Liege. Uma curiosidade - Lembram do XK 120 dourado de licença HKV 500 da prova de recorde na Bélgica? Pois bem, ele volta 'a tona neste rallye que é um endurance rallye, pilotado por Johnny Claes e um motoring journalist belga chamado Jacques Ickx (pai do piloto de F1 Jacky Ickx, que foi 6 vezes ganhador de Le Mans). Claes e Ickx senior ganharam a prova, que teve 120 inscrições e somente 69 terminaram! Bela vitória - a Jaguar considera essa a maior vitória de todos os tempos !!! Laroche e Radix, pilotavam um home XK e ficaram em sexto lugar. O primeiro sucesso no London Rally foi em 51, no mês de setembro, com apenas um penalty-free card, com o NUB (a Pat não foi navegadora do Ian e sim o jornalista Gordon Wilkins, mas no Lakeland Rally, ela pilotou o NUB e ganhou o Ladies' Prize).
1951 ainda não terminara, e veio a prova do Tour de France Automobile, que era uma mistura de rallye e road racing. Nesta prova teve XK em 1, 2 e 3 lugar, na classe acima de 3.000cc e 5, 8 e 9 na classificação geral e um outro XK home em 12 lugar. Foi um pau só nas Ferraris. Ian e seu NUB 120 ainda ganharam neste ano o Tulip Rally, o Alpine Rallye e o RAC Rally (sob o ponto de vista de Ian, seu carro ainda ganhou em outras provas de menos prestígio, como o Morecambe e o London rallyes). Neste ano a dupla Ian e Pat, foi recebida com todas as honras pelo prefeito da cidade deles - Leeds (0nde aliás, estudei). No final de 51 houve a participação do NUB no Open Cars, na classe acima de 3.000cc, no Motor Cycling Club National Rally, pilotado por Grounds e Hay, também, em novembro, participou e ganhou o Welsh Rally, pilotado por C. Heath, ganhando um penalty-free run.
Em 1952 a Jaguar inscreve o MKVII, para participar com carro homologado para 4 lugares e com interesse de fazer uma propaganda maior sobre esse modelo. Chamou o genro do boss - Ian Appleyard - para participar da prova de Monte Carlo. Fracasso (mandaram 9 MKVII para Monte). Na próxima prova ele volta a pilotar o NUB 120, no RAC Rally. Fica em terceiro lugar um outro XK120, pilotado por Jack Broadhead (o campeão foi Godfrey Imhof com o Allard J2). Em abril Denham-Cooke a dupla ganha o Highland Three Days Rally, com um XK e em junho ganha na classe de acima de 2 litros (open cars), o Scottish Rally. Ainda neste mês, um XK ganha com a dupla Sr. e Sra. Taylor no Sun Rally de Cannes na classe acima de 2.500cc (sports car class), seguido em segundo com outro home XK da dupla Habisreutinger e Horning. O mês ainda não acabara, e outra prova tinha que ser feita - Tulip Rally - na Holanda. Ian tenta mais uma vez, por insistência da Jaguar, com um MKVII, contudo, Habisreutinger e Horning ganham na classe de acima de 3 litros. Em maio Pat Appleyard ganha o Ladies Prize no Morecambe Rally. Em junho os Appleyards entram no Alpine novamente - ganham um penalty-free run e a Coupe d´Or des Alpes, e 3 consecutivos clean sheets!!! O NUB tinha agora 20 cavalos a mais, e agora com rodas de arame com cubo rápido (permitidas a partir deste ano). Maurice Gatsonides pilota um factory-prepared (mas não considerado um works), com uma licença MDU 524 - este foi considerado o XK mais rápido de todos os tempos.
Ainda em 1951 (agosto), houve a Marathon de la Route, conhecida também, como o Rallye Liege-Rome-Liege. Uma curiosidade - Lembram do XK 120 dourado de licença HKV 500 da prova de recorde na Bélgica? Pois bem, ele volta 'a tona neste rallye que é um endurance rallye, pilotado por Johnny Claes e um motoring journalist belga chamado Jacques Ickx (pai do piloto de F1 Jacky Ickx, que foi 6 vezes ganhador de Le Mans). Claes e Ickx senior ganharam a prova, que teve 120 inscrições e somente 69 terminaram! Bela vitória - a Jaguar considera essa a maior vitória de todos os tempos !!! Laroche e Radix, pilotavam um home XK e ficaram em sexto lugar. O primeiro sucesso no London Rally foi em 51, no mês de setembro, com apenas um penalty-free card, com o NUB (a Pat não foi navegadora do Ian e sim o jornalista Gordon Wilkins, mas no Lakeland Rally, ela pilotou o NUB e ganhou o Ladies' Prize).
1951 ainda não terminara, e veio a prova do Tour de France Automobile, que era uma mistura de rallye e road racing. Nesta prova teve XK em 1, 2 e 3 lugar, na classe acima de 3.000cc e 5, 8 e 9 na classificação geral e um outro XK home em 12 lugar. Foi um pau só nas Ferraris. Ian e seu NUB 120 ainda ganharam neste ano o Tulip Rally, o Alpine Rallye e o RAC Rally (sob o ponto de vista de Ian, seu carro ainda ganhou em outras provas de menos prestígio, como o Morecambe e o London rallyes). Neste ano a dupla Ian e Pat, foi recebida com todas as honras pelo prefeito da cidade deles - Leeds (0nde aliás, estudei). No final de 51 houve a participação do NUB no Open Cars, na classe acima de 3.000cc, no Motor Cycling Club National Rally, pilotado por Grounds e Hay, também, em novembro, participou e ganhou o Welsh Rally, pilotado por C. Heath, ganhando um penalty-free run.
Em 1952 a Jaguar inscreve o MKVII, para participar com carro homologado para 4 lugares e com interesse de fazer uma propaganda maior sobre esse modelo. Chamou o genro do boss - Ian Appleyard - para participar da prova de Monte Carlo. Fracasso (mandaram 9 MKVII para Monte). Na próxima prova ele volta a pilotar o NUB 120, no RAC Rally. Fica em terceiro lugar um outro XK120, pilotado por Jack Broadhead (o campeão foi Godfrey Imhof com o Allard J2). Em abril Denham-Cooke a dupla ganha o Highland Three Days Rally, com um XK e em junho ganha na classe de acima de 2 litros (open cars), o Scottish Rally. Ainda neste mês, um XK ganha com a dupla Sr. e Sra. Taylor no Sun Rally de Cannes na classe acima de 2.500cc (sports car class), seguido em segundo com outro home XK da dupla Habisreutinger e Horning. O mês ainda não acabara, e outra prova tinha que ser feita - Tulip Rally - na Holanda. Ian tenta mais uma vez, por insistência da Jaguar, com um MKVII, contudo, Habisreutinger e Horning ganham na classe de acima de 3 litros. Em maio Pat Appleyard ganha o Ladies Prize no Morecambe Rally. Em junho os Appleyards entram no Alpine novamente - ganham um penalty-free run e a Coupe d´Or des Alpes, e 3 consecutivos clean sheets!!! O NUB tinha agora 20 cavalos a mais, e agora com rodas de arame com cubo rápido (permitidas a partir deste ano). Maurice Gatsonides pilota um factory-prepared (mas não considerado um works), com uma licença MDU 524 - este foi considerado o XK mais rápido de todos os tempos.
O Alpine de 52 foi ganho pelo BMW 328, pilotado pelo Barão von Falkenhausen e navegado pela Baronesa, sua mulher, e o MDU ficou em segundo (os Appleyard ficaram em quarto, ganhando a Coupe d´Or). No Liege-Rome-Liege, por causa dos freios, Laroche e Radix ficaram em segundo com seu XK120 (notem que este carro tinha uma carroceria feita especialmente para esta prova). Em novembro o Daily Express Motor Cycling Club Rally Taylor e sua mulher ganham em segundo, no open car class, com seu XK roadster (quinto no geral). Curiosidade - O S. Moss ficou em 13 e ganhou na classe com (closed cars), com seu two-tone fixed-head coupé de licença LVC 345 (#216) - na verdade ele foi sem o navegador. Muito legal a pintura.
O calendário de 1953 abre com o rallye de Monte Carlo, contudo, o XK 120 é ainda tido como inelegível, pois, para Monte carros acima de 1.500cc teriam que ter 4 lugares - lá vem o MKVII... Em março na maratona Lyon-Charbonnieres Rallye, Henri Peignaux, um agente da Jaguar em Lyon, ganha com seu XK120 roadster. O NUB 120 é colocado no RAC Rally e inscrito por Ian. Curiosidade - o NUB já tem 100.000 milhas rodadas (160.000kms), sendo metade em velocidade de rallye (como diz Jeremy Boyce: "yet another example of the XK´s ruggedness"). A aposentadoria do NUB 120 já estava chegando - em maio os Appleyards colocam o NUB no Morecambe Rally - ganham o último evento proposto (está exposto no Museu de Beaulieu hoje em dia e participa eventualmente de provas de carros históricos).
But... Os Appleyards "compram" (isso é modo de falar...), outro (branco) XK 120 roadster com o chassis 661071, com a seguinte licença: RUB 120 (era para esquecer o NUB 120?!). No primeiro rallye - 1953 - já ganham na classe do Alpine Rallye, e ficam na geral em quinto (atrás de 3 Porsches e uma Ferrari, que eram mais fácil de manobrar) - tinham ainda mais 2 XKs na classe acima de 2.600cc (fixed-head de chassis 669024 pilotado por Mansbridge e navegado por sua mulher - licença GFE 111; e Charles Fraikin navegado por Oliver Gendebien - futuro Le Mans especialista). Ian e Pat ganham pela sexta vez a Coupe des Alpes com novamente penalty-free performance.
Um XK 120 que vinha dispontando era o pilotado pelo Vice-Marechal do Ar D.C.T. Bennett e sua mulher, que entrou no Alpine e despontou com melhor pontuação no Evian-Mont Blanc Rallye. Fraikin e Gendebien ficam em segundo na geral no 120 fechado, no Liege-Rome-Liege de 53, atrás do ganhador de 51 Johnny Claes (que vinha sem navegador - a história conta que ele ficou exausto, neste endurance rallye, onde pegou inclusive uma tuberculose que o levou em 55, mas pouco meses antes ele ficou em terceiro em Le Mans com um XK).
1954 foi o ano de transição do XK120 e da série seguinte (140 e 150). J. Hally ganha o Scottish Rally em junho e entra no Alpine Rally e ganha com Eric Haddon e Charles Vivian, na classe 2.600cc - com um roadster sob licença RJH 400 chassis 661165. O RUB 120 volta a classe roadster mas quebra, neste rallye, a suspensão trazeira com Denis Scott e seu co-driver John Cunningham. Haddon e Vivian ganham na classe acima de 2.600cc o Motor Cycling Club Round Britain Rally em novembro. Outro XK 120 coupê ganha na classe com Sr. e Sra. L. Stoss (dois meses antes deste rallye surge o XK 140 em Le Mans). Com o crash em Le Mans foi suspenso o Alpine de 55 e com isso a Jaguar resolve não continuar a participar de rallyes com o novo modelo XK 140. Na verdade poucas provas tiveram XK 140 e 150, destacando-se o VUB 140 (um 140 fechado - este tinha equipamentos especiais para rallye, como transmissão automática e mais de 20 botões espalhados no painel e no tunel) e o WLO 7 (150S), mesmo porque as regras mudaram prejudicando estes carrões.
Luis Cezar
O calendário de 1953 abre com o rallye de Monte Carlo, contudo, o XK 120 é ainda tido como inelegível, pois, para Monte carros acima de 1.500cc teriam que ter 4 lugares - lá vem o MKVII... Em março na maratona Lyon-Charbonnieres Rallye, Henri Peignaux, um agente da Jaguar em Lyon, ganha com seu XK120 roadster. O NUB 120 é colocado no RAC Rally e inscrito por Ian. Curiosidade - o NUB já tem 100.000 milhas rodadas (160.000kms), sendo metade em velocidade de rallye (como diz Jeremy Boyce: "yet another example of the XK´s ruggedness"). A aposentadoria do NUB 120 já estava chegando - em maio os Appleyards colocam o NUB no Morecambe Rally - ganham o último evento proposto (está exposto no Museu de Beaulieu hoje em dia e participa eventualmente de provas de carros históricos).
Um XK 120 que vinha dispontando era o pilotado pelo Vice-Marechal do Ar D.C.T. Bennett e sua mulher, que entrou no Alpine e despontou com melhor pontuação no Evian-Mont Blanc Rallye. Fraikin e Gendebien ficam em segundo na geral no 120 fechado, no Liege-Rome-Liege de 53, atrás do ganhador de 51 Johnny Claes (que vinha sem navegador - a história conta que ele ficou exausto, neste endurance rallye, onde pegou inclusive uma tuberculose que o levou em 55, mas pouco meses antes ele ficou em terceiro em Le Mans com um XK).
Michel Parsy e Georges Guyot, XK120 FHC - 1954
O fato mais inusitado. Em 1953 no primeiro European Rally Championship o RUB 120 (que era originalmente um XK roadster, recebe uma carroceria de alumíno de um fixed-head) é pintado de verde e modificado para 4 lugares!!! Isso mesmo, um XK120 com 4 lugares. Tudo isso para não passar vergonha novamene com o Jaguar MKVII. Este modelo já tinha sido experimentado no Viking Rallye em Norway. O carro foi assim aceito, but... O Appleyard num gesto até hoje discutido, aceita, e não pilota o MKVII. O RUB fechado ainda participou do Rali de Lisboa, com Ian, ficando em segundo na geral atrás de um Porsche. Após isso - dizem que ele brigava muito com a Jaguar e seus diretores - resolve se retirar das competições de rallye e o RUB 120 é vendido a Denis Scott.
Georges Guyot, XK140 Roadster - 1956
Primeiros XK 120 exportados aos EUA
Luis Cezar
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