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3.3.12

Morris Minor - O Bravo

Se tem um carro que é forte, com motor fraquinho, mas é extremamente resistente esse carro é o WV - claro, que o existem outros nesta categoria e... o Morris Minor é um exemplo disso. Bom ele era pesado mas era estável - claro que seu maior concorrente com um motor um pouco melhor, era o Austin A35 (de 56 a 62 ele vinha com um motor de 948cc - 34hp; e de 62 a 68, com motor de 1098cc - 55hp, enquanto que o Morris vir com o mesmo motor nos mesmos anos, os HPs eram menores: respectivamente 37 e 48), que além de tudo era mais leve. Apenas uma curiosidade: o A35 (que eu acho dos feios, o mais bonitinho), era usado no modelo "Van", pelo James Hunt (campeão de F1), como seu carro de dia-a-dia; já outro campeão de F1 - aliás, por duas vezes - Graham Hill corria com um A35 Saloon no final dos anos 60 (este carro depois foi vendido para o Frank Williams, que antes de seu acidente, também, corria com ele). O piloto suíço Thierry Ludi, dirigiu uma Van A35 de Istambul a Genebra sem reabastecimento, em 1972... mas vamos voltar ao MM.
O conceito foi estabelecido pelo Sir Alec Issigonis (o mesmo do Mini, que se chamou no começo de Morris Mini-Minor). O nome era para ser Morris Mosquito - foram fabricados 1.3 milhão de carros, grande parte produzidos em Cowley - Oxfordshire, depois teve sua produção transferida para Birmingham até 1971 (apenas para Vans e peruas) - o último Morris Minor (commercial), montado foi em Stoke, Nelson (Nova Zelândia). Foram produzidos os MM de 1948 a 53 (250.962 unidades - 918cc); o chamado Series II (ou MK2), produzidos de 1952 a 56 (269.838 unidades - 803cc); o Morris Minor, produzidos de 1956-71 (847.491 unidades - 948cc a 1.098cc - esta foi a série onde foram produzidos o Traveller wood e a Pickup)
Claro que o MM não teve uma carreira propriamente dita, em pista ou em rallye, mas times privados gostavam de utilizar o modelo por sua durabilidade - a Morris nunca o transformou num works, tendo em vista que a Série A não era competitiva (já o seu sucessor - o Mini... bom... é outra história).
Um grande resultado (23 lugar), fora obtido pela Pat Moss e a Ann Wisdom, com seu semi-works Minor, de licença NMO 933, no Rallye Liege-Roma-Liege de 1957.
O problema era a chapa que o carro era feito - não... não era problema de ferrugem mas espessura da chapa 1.4mm (as portas, tampa do porta-malas e capô tinham 1.2mm). Em 1968 no MKII, passou-se a ter 1mm no carro todo, para efeitos de segurança (zona de deformação) - os faróis foram mudados, pelo motivo de segurança, principalmente, para atender ao mercado canadense (no inverno ninguém enxergava nada). Os modelos feitos para exportação para a Austrália, tinham um pára-brisas laminado, para cumprir com a legislação local, assim como, foram retiradas as bananinhas de pista (um charme), para ser colocado uma luz própria. Parou-se de exportar (em 64) e de ser fabricado (em 1968), tendo em vista a obrigatoriedade de alguns países, inclusive a Austrália, do uso do cinto de segurança, que não dava para ser instalado neste modelo, e colunas de direção retrátil.
A dificuldade mesmo era o peso e o motor - sempre se dá um jeito nisso (alguns são exagerados como a foto acima, onde se juntou um Jaguar XK150, com um Minor Morris Traveller), ou colocar um motor de dragster - dá para se trabalhar bem no motor do Morris, especialmente no Serie II.


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Tulpen Rallye de 1957, Pat Moss e Ann Wisdom (Morris Minor 1000)

Pat Moss e Ann Wisdom (Morris Minor 1000)
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Morris Minor 1000 de John Gott e Chris Tooley

Ross Scobie pilota seu Morris Minor atravessando o Lee Stream durante o Sundstrum Rally de 1959

Morris Minor dos fiscais técnicosde Serbring (Sebring Oficial History)





Arte










Luis Cezar

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