Historic Rallye - The most essential item of equipment is a sense of humour!

17.6.12

Pneus

Rainha Elizabeth trocando pneu na Segunda Guerra Mundial
Pneu não é fácil não... o duro mesmo é quando você não encontra o tipo certo para seu carro... Mas esse é um item muito importante. Vamos falar novamente deste item. Não vamos falar dos pneus de competição que por vezes é especial, muitos deles sem a denominação DOT. Há que se lembrar que borracha não é tudo igual. Tem pneu de composto para lama, neve, asfalto, etc. Vamos entender um pouco melhor.
Ainda bem que ela sabe trocar pneu



Um dos itens mais procurados em se tratando de carros clássicos (considerado item de segurança), sem dúvida são os pneus (estes acabam, não tem um jeitinho para conservá-lo por mais tempo, isso é, se você for daqueles que gosta de carro-morto, só exposto e adepto de que carro não foi para rodar - negando a expressão auto móvel, então o item pneu vai durar um pouco mais). Aqui no Brasil os importadores de pneus de carros clássicos, cobram uma verdadeira fortuna pela tão procurada mercadoria, enquanto, poucos sabem que há a possibilidade de importação direta (pessoa física), sem a exploração de alguns [não são todos - há a Brax Trading (braxtrading@terra.com.br), que tem uma grande variedade de pneus, inclusive para Corridas, Hots e Street].

Nos EUA, são vários os exportadores de pneus, como a Coker (http://www.coker.com/store/customer/home.php), aqui representada pela Vintage Garage Club (www.vintagegarage.com.br), mas estranhamente os preços aqui são muito, mas muito mais caros (mesmo colocando os impostos). Em quase todos os sites de Vintage Tires, você não precisa de uma tabela de conversão, para encontrar o pneu certo para o seu carro (basta digitar o carro, modelo e ano, que de forma automática, tal pneu aparece). Outros fornecedores, podem lhe ajudar como a Universal (http://www.universaltire.com); a Allegiance (http://www.allegiancetire.com/atdvintage.asp); ou a Long Stone (http://www.longstonetires.com/Vintage.php). Os radiais são mais desconhecidos pelos importadores brasileiros, e são os mais procurados por aqueles que fazem rallyes e provas de pista. Existe um diretório muito bom mesmo, no site http://www.vintageagain.com/web-resources/wheels_and_tires.html - vale a pena a consulta. Abaixo, dou uma idéia de tabela de conversão:


Pre-19641965-72Série
80 métrica
Série 78
Alfa-Numérica
P-Metric 75 series RadialP-Metric 70 series Radial
5.90-13600-13165-13A78-13P165/75R13P175/70R13
6.40-13650-13175-13B78-13P175/75R13P185/70R13
7.25-13700-13185-13D78-13P185/75R13P205/70R13
5.90-14645-14155-14B78-14P175/75R14P185/70R14
6.50-14695-14175-14C78-14P185/75R14P195/70R14
7.00-14735-14185-14E78-14P195/75R14P205/70R14
7.50-14775-14195-14F78-14P205/75R14P215/70R14
8.00-14825-14205-14G78-14P215/75R14P225/70R14
8.50-14855-14215-14H78-14P225/75R14P235/70R14
5.90-15600-15165-15A78-15P165/75R15P175/70R15
6.50-15685-15175-15C78-15P175/75R15P185/70R15
6.40-15735-15185-15E78-15P195/75R15P205/70R15
6.70-15775-15195-15F78-15P205/75R15P215/70R15
7.10-15825-15205-15G78-15P215/75R15P225/70R15
7.60-15855-15215-15H78-15P225/75R15P235/70R15
8.00-15885-15230-15J78-15P225/75R15P235/70R15
8.20-15900-15235-15L78-15P235/75R15P255/70R15
Quanto a importação via correio: O sistema chamado de IMPORTA FÁCIL é o serviço dos Correios que oferece facilidades para pessoas físicas que desejam importar produtos. O interessado deve pedir o seu licenciamento pela Internet na página dos Correios, que fará o desembaraço via meio eletrônico e entregará sua encomenda em casa ou no local indicado em tempo mínimo. Era cobrado até pouco tempo atras R$ 150,00 pelo serviço de desembaraço aduaneiro já incluso um 1º licenciamento (automático ou não-automático) e R$ 25,00 por licenciamento adicional, se isto for necessário. Para importações de valores abaixo de US$ 500.00 para pessoa física, não será cobrado a taxa do serviço dos Correios (4 pneus estão nesta faixa).
Mas, Atenção: Para que os Correios do Brasil possam concluir o processo e efetivar a DSI, é imprescindível que o fornecedor faça a postagem da encomenda pelo Operador Público Postal de seu país (Correio Americano, Francês, Inglês, etc. Veja a lista dos Correios oficiais de outros países no link: http://www.upu.int/pls/ap/www_sites.display_sites?p_language=an). O frete deverá ser pago no país de origem. Como os Correios internacionais formam uma rede mundial, sua encomenda chegará aos Correios do Brasil que simplificarão os processos postais e alfandegários e farão a entrega domiciliária da sua remessa postal internacional no menor tempo mínimo possível. Solicitar que seu fornecedor/exportador faça a postagem no exterior em uma modalidade postal em que a importação chegue diretamente nos Correios do Brasil. Alguns países terceirizam a modalidade expressa, acarretando assim o não recebimento da encomenda internacional pelos Correios.
O seu fornecedor deverá encaminhar a encomenda acompanhada pela Invoice Comercial (Commercial Invoice), via original assinada pelo fornecedor para o seguinte endereço: Sr(a).: ....... (nome do beneficiário da importação) - IMPORTA FÁCIL, Rua Mergenthaler, 598 - bloco III - 4º andar, Vila Leopoldina/SP, CEP-05960-960, São Paulo - SP -Brasil. Caso o vendedor em qualquer país opte por enviar o produto por outro operador que não o operador público postal, os Correios do Brasil não terão acesso a esta mercadoria em sua chegada no país.
Por outro meio, sem ser pelos correios, pela Instrução Normativa SRF nº 096, de 04 de agosto de 1999 (DOU de 09/08/1999, pág. 9), ficou estabelecida a aplicação do regime de tributação simplificada - RTS. Alguns aspectos (toda esta norma está disposta no site da Federação Brasileira de Veículos Antigos - legislação):
Art. 1º - O despacho aduaneiro de importação de bens integrantes de remessa postal ou de encomenda aérea internacional cujo valor FOB não supere US$3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América), poderá ser realizado mediante a aplicação do regime de tributação simplificada - RTS disciplinado pela Portaria nº 156, de 24 de junho de 1999, do Ministro da Fazenda.
Art. 2º - O RTS consiste no pagamento do Imposto de Importação calculado à alíquota de sessenta por cento. § 2º Os bens que integrem remessa postal internacional de valor não superior a US$50.00 (cinqüenta dólares dos Estados Unidos da América) serão desembaraçados com isenção do Imposto de Importação, desde que o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas.
Art. 3º - Os bens integrantes de remessa postal ou de encomenda aérea internacional submetidos a despacho aduaneiro com a aplicação do RTS são isentos do Imposto sobre Produtos Industrializados.
Art. 4º - A base de cálculo para a cobrança do Imposto de Importação será o valor aduaneiro dos bens integrantes da remessa ou encomenda internacional.
Art. 5º - O valor aduaneiro será o valor FOB dos bens integrantes da remessa ou encomenda, referido no art. 1º, acrescido do custo de transporte, bem como do seguro relativo a esse transporte: I - até o local de destino, no País, quando se tratar de remessa postal internacional; II - até o aeroporto alfandegado de descarga onde devam ser cumpridas as formalidades aduaneiras de entrada dos bens no País, na hipótese de encomenda transportada por companhia aérea; ou III - até o domicílio do destinatário, no caso de encomenda transportada por empresa de transporte internacional expresso, porta a porta.
Art. 6º - Na ausência de documentação comprobatória do preço de aquisição dos bens ou quando a documentação apresentada contiver indícios de falsidade ou adulteração, este será determinado pela autoridade aduaneira com base em: I - preço de bens idênticos ou similares, originários ou procedentes do país de envio da remessa ou encomenda; ou II - valor constante de catálogo ou lista de preços emitida por estabelecimento comercial ou industrial, no exterior, ou por seu representante no País.
Art. 7º - Os bens integrantes de remessa postal internacional no valor aduaneiro de até US$ 500.00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América) serão entregues ao destinatário pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT mediante o pagamento do Imposto de Importação lançado pela fiscalização aduaneira na Nota de Tributação Simplificada - NTS instituída pela Instrução Normativa nº 101, de 11 de novembro de 1991, dispensadas quaisquer outras formalidades aduaneiras.

O pneu é uma das partes mais importantes de qualquer veículo automotor. É o pneu que suporta o peso do veículo e sua carga, além de fazer o contato do veículo com o solo. O pneu transforma a força do motor em tração e é responsável pela eficiência da frenagem e da estabilidade nas curvas. Por isso, é muito importante conhecer como um pneu é fabricado, as características de cada modelo e tipo, aplicações e principalmente os cuidados e manutenção.

COMO UM PNEU É FABRICADO
Uma combinação de 200 tipos diferentes de matéria prima numa única mistura de química, física e engenharia, dá ao consumidor o mais alto nível de conforto, performance, eficiência, confiabilidade e segurança que a moderna tecnologia pode oferecer.

ETAPAS DA PRODUÇÃO DE PNEUS

1. Planejamento e Design
Muitos pneus são projetados para atenderem às necessidades e performance especificadas por um modelo de automóvel em particular. O processo começa com um computador que converte a matemática das necessidades do veículo em especificações técnicas. Um protótipo do pneu é feito para testar a eficiência do design em relação às características desejadas. O projeto de um pneu pode levar meses de testes, inspeções e verificações de qualidade antes de entrar em linha de produção. 

2. Produção
O processo de produção começa com a seleção de vários tipos de borracha juntamente com óleos especiais, carbono preto, pigmentos, antioxidantes, silicone e outros aditivos que serão combinados para oferecer as características desejadas. Compostos diferentes são usados para diferentes partes do pneu. Uma máquina chamada Misturador Banburry transformará estas várias matérias primas para cada composto em uma mistura homogênea com a consistência da borracha. O processo de mistura é controlado por computador para assegurar a uniformidade da mistura. Os compostos são então enviados para máquinas que irão produzir cada parte do pneu.

Após isto, começa a montagem do pneu. O primeiro componente a ir para a montagem é o perfil interno (innerliner), uma borracha especial que é resistente ao ar e à penetração e que tem a forma de um tubo interno. Depois vem a lona e cinta que geralmente são feitas de poliéster e aço. Lonas e cintas dão ao pneu força e flexibilidade. As cintas são cortadas em ângulo preciso para atender as características desejadas do pneu. Fios de aço revestidos de bronze são colocados em dois arcos os quais são implantados na parede lateral do pneu para formar o talão o qual irá assegurar o perfeito assentamento do pneu no aro. A banda de rodagem e as paredes laterais são colocadas sobre as lonas e cintas e depois todas as partes são unidas firmemente. O resultado de tudo isto é chamado de PNEU VERDE ou INCURADO.

A última etapa é curar o pneu. O PNEU VERDE é colocado dentro de um molde e é inflado para pressioná-lo contra o molde, formando assim o desenho da banda de rodagem e as informações na lateral do pneu. Depois o pneu é aquecido à temperatura de 150 graus por 12 a 15 minutos vulcanizando-o para ligar todos os componentes e curar a borracha. Pneus maiores e Off Roads podem levar mais de um dia para curar.

Todos os pneus são então inspecionados, e amostras aleatórias são retiradas da linha de produção e testadas. Algumas passam por Raios X, algumas são cortadas, outras são enviadas para testes com rodas e outras são testadas em pistas para avaliar o desempenho, maneabilidade, desgaste, tração e segurança.

RELACIONAMENTO ENTRE A PERFORMANCE DOS PNEUS E RODAS 
Associação de Pneus e Rodas (TRA Tire and Rim Association) 
Com o objetivo de manter a consistência e uniformidade das medidas de pneus, representantes dos maiores fabricantes de pneus criaram a Tire and Rim Association (Associação de Pneus e Aros) nos EUA. A TRA tem estabelecido especificações técnicas que são baseadas em princípios de engenharia e ensaios práticos. Todo ano é publicado O TRA YEARBOOK o qual contém todas as Normas TRA e informações relacionadas aprovadas pela Associação. Estas normas incluem: 
Características dos pneus 
• Relação de carga dos pneus 
• Dimensões 
• Ensaios 
• Largura do Aro 
• Desenho e medidas das rodas

Normas no sistema métrico são estabelecidas através de uma associação similar chamada EUROPEAN TIRE AND RIM TECHNICAL ORGANIZATION (ETRTO). A medida da largura do aro aprovada para cada tamanho de pneu tem sido cuidadosamente selecionada pela TRA e ETRTO. Por exemplo, o P255/50VR16 é aprovado para ser montado em rodas de 6 1/2 a 10 polegadas. Experiências anteriores e práticas de engenharia têm mostrado que rodas fora destas medidas provocarão esforços no pneu de modo que o mesmo terá um desempenho não satisfatório e estarão sujeitos a uma potencial falha

ESTRUTURA DO PNEU
Carcaça: parte resistente do pneu; deve resistir a pressão, peso e choques. Compõem-se de lonas de poliéster, nylon ou aço. A carcaça retém o ar sob pressão que suporta o peso total do veículo. Os pneus radiais possuem ainda as cintas que complementam sua resistência; 

Talões: constituem-se internamente de arames de aço de grande resistência, tendo por finalidade manter o pneu fixado ao aro da roda; 

Parede lateral: são as laterais da carcaça. São revestidos por uma mistura de borracha com alto grau de flexibilidade e alta resistência à fadiga; 

Cintas (lonas): compreende o feixe de cintas (lonas estabilizadoras) que são dimensionadas para suportar cargas em movimento. Sua função é garantir a área de contato necessária entre o pneu e o solo;

Banda de rodagem: é a parte do pneu que fica em contato direto com o solo. Seus desenhos possuem partes cheias chamadas de biscoitos ou blocos e partes vazias conhecidas como sulcos, e devem oferecer aderência, tração, estabilidade e segurança ao veículo. 

Ombro: É o apoio do pneu nas curvas e manobras.

Nervura central: proporciona um contato "circunferencial" do pneu com o solo.
PNEU COM VISTA EM CORTE
COMO IDENTIFICAR UM PNEU
1 MARCA / MODELO DO PNEU

2 STEEL BELTED RADIAL - Tipo de construção do pneu (Radial com Cintas de Aço)

3 Medidas do Pneu: 33 = Diâmetro externo em polegadas (x 2,54); 11.50 = Largura do pneu em polegadas (x 2,54); R = Radial; 15 = Diâmetro da Roda (aro) em polegadas (x 2,54); 6PR = 6 lonas
108 = Indicador de carga máxima para o pneu (ver tabela abaixo); Q = Indicador da velocidade máxima para o pneu (ver tabela abaixo)

4 Certificação E4 (Comunidade Econômica Européia)

5 TUBELESS - Indica que o pneu é sem câmara

6 Número de série de fabricação

7 Nome fantasia do pneu

8 Certificação DOT (Departamento de Transportes dos EUA) - UTQG - Significa Uniform Tire Quality Grading (Classificação de Uniformidade da Qualidade do Pneu), um sistema de classificação de qualidade desenvolvido pelo Departamento dos Transportes dos Estados Unidos (DOT).

Aviso de Segurança: SAFETY WARNING - Serious injury may result from: Tire failure due underinflation / overloading -
Follow owner's manual or tire placard in vehicle - Explosion of tire / rim assembly due improper mouting - Only specially trained person should mount tires. Tradução - AVISO DE SEGURANÇA - Serios danos podem ocorrer de: Falha do pneu devido a baixa pressão / excesso de carga. Siga o manual do proprietário ou verifique as plaquetas no veículo. Explosão do pneu ou encaixe da roda devido a montagem inadequada. Somente pessoas especialmente treinadas devem montar os pneus.

10 Certificação INMETRO

11 MT 754 - Código do modelo do pneu

12 Origem da fabricação do pneu

13 Indicação nominal da carga máxima em Kg e Libras e pressão máxima em Kpa e PSI

14 Descrição da construção da carcaça e paredes laterais (quantidade e tipos das lonas)

PRINCIPAIS MEDIDAS A SEREM OBSERVADAS NOS PNEUS

EXEMPLO 1
Identificação pelo Código do Pneu
LT245/75R16 108/104N

LT Light Truck Utilitário, Pick Up

245 Largura Nominal do Pneu em Milímetros

75 Relação entre a Largura e a Altura nominal do Pneu – Também conhecida como SÉRIE ou PERFIL (se não houver indicação, a série é 82)

R Indica que o pneu é de construção RADIAL. A ausência do R indica que o pneu é de construção DIAGONAL

16 Indica, em polegadas, o diâmentro interno do Pneus (ARO)

108/104 Indica o peso que o pneu pode suportar (ver tabela)

N Indica a velocidade máxima que o pneu pode atingir com segurança

EXEMPLO 2
Identificação pelo Código do Pneu
33 X 11,50 X 16 LT 6PR

33 Diâmetro do pneu em polegadas (x2,54)

11,50 Largura Nominal do Pneu em Polegadas (x2,54)

16 Diâmetro do ARO em polegadas

LT Ligth Truck (utilitários, pick up's)

6PR Número de lonas (ply rating)

OUTROS CÓDIGOS ENCONTRADOS NOS PNEUS

TL Pneu sem câmara (Tubeless)

TT Pneu com câmara (Tube Type)

REINFORCED Indica pneu com reforço estrutural

ROTATION Indica a posição correta de rodagem (vem junto com uma seta indicando sentido)

TABELA DE ÍNDICE DE VELOCIDADE MÁXIMA

F 80 km/h N 140 km/h H 210 km/h
G 90 km/h Q 160 km/h V 240 km/h
J 100 km/h R 170 km/h W 270 km/h
K 110 km/h S 180 km/h Y 300 km/h
L 120 km/h T 190 km/h ZR acima de 240 km/h
M 130 km/h U 200 km/h 

TABELA DE CARGA MÁXIMA ADMITIDA POR PNEU

80 450    96 710     111 1090
81 462    97 730     112 1120
82 475    98 750     113 1150
83 487    99 775     114 1180
84 500    100 800   115 1215
85 515    101 825   116 1250
86 530    102 850   117 1285
87 545    103 875   118 1320
88 560    104 900   119 1360
89 580    105 925   120 1400
90 600    106 950 
91 615    107 975 
92 630    108 1000 
94 670    109 1030 
95 690    110 1060 

APLICAÇÕES

Cada tipo de pneu tem uma aplicação e características específicas. A escolha correta implica no desempenho e durabilidade do pneu assim como na segurança dos passageiros do veículo:

PNEUS DE ALTA PERFORMANCE:
Pneus que proporcionam grande aderência e estabilidade e suportam altas velocidades. São pneus de grande diâmetro e largura, perfil baixo (50, 45, 40 ou 20) e rodas de 17, 18 19 ou 20 polegadas e construção radial. Oferecem pouco corforto.

PNEUS CONVENCIONAIS:
São os pneus recomendados pelos fabricantes de veículos. Possuem diâmetro normal, perfil série 60, 65 ou 70 e rodas de 15 ou 16 polegadas e de construção radial. Oferecem conforto, são silenciosos e têm grande durabilidade.

PNEUS ON / OFF ROAD (USO MISTO):
São pneus destinados à veículos utilitários, pick up's e camionetes. Podem ser utilizados no asfalto e em estradas de terra e são de construção radial. Oferecem conforto relativo e dependendo do desenho da banda de rodagem, podem produzir ruído na rodagem.

PNEUS OFF ROAD:
São pneus que devem ser utilizados somente em estradas de terra e são normalmente de construção diagonal. São pneus normalmente usados em competições OFF ROAD ou utilizados em serviços nas fazendas. Sua utilização em estradas de asfalto comprometem a segurança pois seu índice de velocidade é baixo e diminuem também a durabilidade do pneu além de produzir altas vibrações e ruído devido ao desenho da banda de rodagem.

DESENHO DA BANDA DE RODAGEM
ON / OFF ROAD RADIAL (USO MISTO)    100% OFF ROAD DIAGONAL

CONVENCIONAL RADIAL ALTA PERFORMANCE RADIAL

NERVURA CENTRAL: Mantém um contato "circunferencial" do pneu com o piso (Manobrabilidade, aderência)

BLOCOS: Também chamados de biscoito, proporcionam tração e frenagem

SULCOS: São responsáveis pela drenagem (expulsão) da água e lama

DRENOS: São sulcos auxiliares que levam a água para fora da área de contato do pneu com o solo, aumentando a aderência em piso molhado

COVAS: Pequenas ranhuras que auxiliam na dispersão do calor do pneu

RELAÇÃO ENTRE ÁREAS CHEIAS (BLOCOS) E VAZIAS (SULCOS):

-Pneu com proporção de áreas vazias (sulcos) maior: melhor desempenho em terrenos molhados ou com lama ou areia.
-Pneu com proporção de áreas cheias (blocos) maior: melhor desempenho e aderência em piso de asfalto seco.

DIAGONAL X RADIAL

A principal diferença entre um pneu diagonal e um radial está em sua carcaça: o pneu diagonal (convencional) possui uma carcaça constituída de lonas têxteis cruzadas umas em relação às outras; a carcaça do pneu radial, por sua vez, constitui-se de uma ou mais lonas com cordonéis em paralelo e no sentido radial. As cintas de aço sob a banda de rodagem possibilitam a estabilidade dessa estrutura. O pneu radial tem por vantagens: maior durabilidade; melhor aderência; maior eficiência nas freadas e acelerações e economia de combustível. 

PNEU DE CONSTRUÇÃO DIAGONAL
PNEU DE CONSTRUÇÃO RADIAL

O pneu é chamado diagonal ou convencional quando a carcaça é composta de lonas sobrepostas e cruzadas umas em relação às outras. Os cordonéis que compõem essas lonas são de fibras têxteis
Neste tipo de construção, os flancos são solidários à banda de rodagem. Quando o pneu roda, cada flexão dos flancos é transmitida à banda de rodagem, conformando-a ao solo.
 
No pneu radial, os fios da carcaça estão dispostos em arcos perpendiculares ao plano de rodagem e orientados em direção ao centro do pneu.

A estabilidade no piso é obtida através de uma cinta composta de lonas sobrepostas. Por ser uma carcaça única, não existe fricção entre lonas - apenas flexão -, o que e evita a elevação da temperatura interna do pneu.

PNEU DIAGONAL SEM CARGA
E ÁREA DE CONTATO COM O PISO

PNEU DIAGONAL SEM CARGA
E ÁREA DE CONTATO COM O PISO
PNEU DIAGONAL COM CARGA
E ÁREA DE CONTATO COM O PISO
PNEU RADIAL COM CARGA
E ÁREA DE CONTATO COM O PISO
COMPORTAMENTO EM CURVA COMPORTAMENTO EM CURVA

SEGURANÇA
Os pneus são a única parte do carro que tem o contato direto com o piso. Os pneus afetam diretamente a estabilidade, o conforto, a frenagem e a segurança do seu veículo. Para um desempenho melhor e seguro, os pneus devem estar com a pressão indicada pelo fabricante, profundidade dos sulcos adequada e o alinhamento e balanceamento das rodas corretos.

Verificar os pneus regularmente é uma etapa importante para garantir sua segurança . O ideal é fazer uma inspeção semanal nos pneus. Se você utiliza estrada com piso ruim ou dirige longas distâncias regularmente, então você deve inspecionar seus pneus com mais frequencia. Inspecione sempre seus pneus antes de uma viagem. Será mais fácil encontrar um problema pequeno, tal como um prego em seu pneu, e repará-lo antes de que ele se transforme num problema mais caro e mais complicado.

Assegure-se de que somente pessoal de serviço corretamente treinado e equipado execute alguma manutenção no pneu de seu veículo (consertos, trocas, rodízios, alinhamento e balanceamento).

SINAIS DE DESGASTE NOS PNEUS
A falta de manutenção nos pneus pode levar ao desgaste prematuro e também à problemas mais sérios como um estouro. Outros fatores podem também afetar o desgaste do pneu. Peças gastas da suspensão e a falta de alinhamento do veículo tem um papel direto no desempenho do pneu. Saiba reconhecer os principais sintomas de problemas com os pneus através da análise do desgaste dos mesmos:

PRESSÃO ALTA:
Desgaste no centro do pneu. Pressão maior do a recomendada faz com que somente a seção central do pneu toque no piso.

PRESSÃO BAIXA:
Desgaste em ambas as bordas do pneu pressão menor do que a indicada faz com que os lados do pneu cedam e a parte central da banda de rodagem perde contato com o piso.

Desgaste em uma borda do pneu:
As rodas podem estar desalinhadas

Desgaste irregular: Pode significar que as rodas estão desbalanceadas, ou que os amortecedores necessitam de substituição.

SINAIS DE PROBLEMAS AO DIRIGIR:

RUÍDO INCOMUM, VIBRAÇÃO OU BATIDA: Pode indicar uma cinta radial separada, roda desbalanceada ou pneu mal montado;

VOLANTE PUXA PARA UM LADO: Pode indicar diferença de pressão entre os pneus, cinta radial separada ou desalinhamento das rodas;

INSPEÇÃO NA BANDA DE RODAGEM: Quando você verificar a pressão de ar em cada pneu, inspecione visualmente a BANDA DE RODAGEM e as PAREDES LATERIAS do pneu para verificar o desgaste e detritos que podem ter penetrado no pneu.

Os pneus dependem das boas condições da BANDA DE RODAGEM para manter a tração e para drenar a água em pisos molhados. A profundidade do sulco deve ser verificada para ver se há desgaste excessivo ou desigual. Faça a medida da profundidade com uma régua pequena. Faça a verificação das medidas em duas posições da banda de rodagem: na borda e no centro. As leituras desiguais indicam pressão imprópria do pneu ou a necessidade de alinhamento das rodas. Quando o sulco atingir 1,6mm de profundidade é hora de substituir por pneus novos

VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO DOS PNEUS

Verifique a pressão dos pneus uma vez por semana. Você pode fazê-lo nos postos de gasolina mas, o ideal é que você faça a medição antes de rodar com o veículo enquanto os pneus estiverem FRIOS. A pressão recomendada pelo fabricante é para pneus FRIOS.

Medir a pressão com os pneus quentes pode resultar em diferenças de até 5 PSI. Veja a pressão de ar recomendada pelo fabricante do veículo na coluna da porta do motorista, dentro do porta luvas ou manual do fabricante do pneu e obedeça sempre a pressão máxima indicada nos pneus. Acrescente de 2 a 4 PSI quando for trafegar com o veículo carregado. Em condições normais, um pneu pode perder até 1 libra de pressão por mês. Mais do que isso pode indicar algum problema como furo ou vazamento de ar. 

MANUTENÇÃO DE PNEUS
Há procedimentos de manutenção de pneus que somente profissionais treinados devem fazer, porque eles têm as ferramentas e o conhecimento apropriados. Entretanto, compreender estes procedimentos podem ajudá-lo na hora de contratar serviços especializados de manutenção.

Rodizio dos Pneus
Os pneus dianteiros e traseiros dos veículos trabalham com cargas, esterçamento e frenagens diferentes ocasionando desgastes desiguais. Para aumentar a vida útil e o desempenho dos pneus, é essencial fazer o rodízio dos pneus do seu veículo conforme recomendação do fabricante quanto a quilometragem e disposição dos pneus no rodízio.

Balanceamento das Rodas
Rodas corretamente balanceadas ajudam a minimizar o desgaste desigual e estender a vida útil dos pneus. Quando as rodas são balanceadas, normalmente a cada 10.000 km, pesos são colocados nas rodas para deixar seu peso uniforme. Os pneus e as rodas devem ser balanceados quando for feito rodízio de pneus e após a colocação de pneus novos.

Alinhamento das Rodas
Cada veículo tem uma especificação apropriada para alinhamento das rodas. Se o alinhamento das rodas não estiver dentro desta especificação, os pneus desgastam desigualmente, tornando-os inseguros e causando um consumo de combustível maior. Você deve verificar o alinhamento da roda de acordo com a recomendação do fabricante. Um veículo está com as rodas desalinhadas quando ao dirigir em linha reta, o veículo "puxa" para um dos lados.

Resta falar dos pneus de competição em autódromos ou em rodovias (rallye) - falo numa outra oportunidade, contudo, ainda dentro dos pneus usados em carros clássicos, tem os usados na neve. Claro que há pneus nórdicos e japoneses muito bons para neve e gelo (com tecnologia na borracha e nas ranhuras). Os pneus com pregos ou studdable winter tires, não são fáceis de encontrar, principalmente no sul da Europa. A FIA e a organização do Monte histórico, recomendam o uso de "pregos" de cabeça redonda e em número em torno dos 110 pinos por pneu (a legislação francesa fala em mais pinos). Para os rallyes históricos temos estes 3 pneus mais usados, sendo a preferência pelo Hakkapeliitta e o Nordfrost.

Nokian Nordman 2

Nokian Hakkapeliitta 4

General Altimax Arctic
Os acessórios são interessantes: há spray que cria pregos nos pneus e servem para você sair do atoleiro na lama ou na neve; ha tecidos sintéticos que servem de correntes e há as correntes para se andar na neve e no gelo. Inúmeros sistemas de correntes ou similares, estão disponíveis no mercado europeu e norte-americano.

Luis Cezar

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