Historic Rallye - The most essential item of equipment is a sense of humour!

21.10.12

Rallye Internacional do Brasil - 1979

O Primeiro Rallye Internacional (com essa designação), foi realizado entre os dias 20 a 24 de junho de 1979. Era a primeira prova homologada pela FIA (o Brasil aproveitou e incluiu na prova uma categoria de carros a álcool). Foi um rallye com 2.200km, onde 75 carros estavam inscritos e 50 efetivamente largaram. Era organizado pelo saudoso Automóvel Clube Paulista, com o fito da FIA homologar o Brasil para receber provas de rallye da WRC. Esta prova não teve pontuação internacional - mas servia de aquecimento para os carros da época (havia 10 times estrangeiros de diferentes países). Foram ao todo 27 legs especiais. Sem querer... grande parte do trajeto utilizado por esse rallye dos anos 70, é palco hoje do Rallye Internacional 1000 Milhas Históricas Brasileiras, que percorre estradas vicinais de SP, RJ, MG e SP.
Aliás, um parenteses: o campeonato de 1979 do WRC foi vencido pela Ford, seguido pela Datsun e Fiat, tendo como pilotos (do primeiro ao terceiro: Björn Waldegärd, Hannu Mikkola e Markku Alén - a diferença entre o Waldegard e Mikkola foi apenas de 1 ponto). Os times eram assim formados: Ford Motor Company (Bjorn Waldegard e Hannu Mikkola com Ford Escort RS1800); Alitalia Fiat (Markku Alen, Sandro Munari e Walter Rohrl com Fiat 131 Abarth); e Team Datsun Europe (Timo Salonen, Andy Dawson, Harry Kallstrom, John Haugland e Erkki Pitkanen, com Datsun 160J). Esse Campeonato foi a sétima temporada do WRC da FIA, com um total de 12 rallies sem contar o realizado no Brasil, mas marcou a volta da Nova Zelândia que permanece até hoje. Foi, também, a primeira temporada do Campeonato de Pilotos, alinhando, ao Campeonato de Construtores.
Primeiro rallye do Wilsinho Fittipaldi, que fez dupla com Carlos Guido Weck (Alfa Romeo 2300 TI)
Em 1981 e 1982 houve provas internacionais no Brasil (em 81 foi o terceiro Marlboro Rallye do Brasil - WCD), vencido pelo mítico finlandês Ari Vatanen co-pilotado pelo britânico David Richards (Ford Escort RS1800); ficando em segundo a dupla francesa Guy Fréquelin e Jean Todt (Talbot Sunbeam Lotus) e em terceiro, os uruguaios Domingo de Vitta e Daniel Muzio (Ford Escort RS). Em 82 no quarto Marlboro Rallye do Brasil (WRC), ganhou a (na época) a charmosa francesa Michèle Mouton e a italiana Fabrizia Pons (Audi Quattro), seguidas pelo mítico Walter Röhrl e Christian Geistdörfer (Opel Ascona 400) e novamente pelos uruguaios Domingo de Vitta e Daniel Muzio (Ford Escort 1.6).
Uma curiosidade: No setor de carros a álcool, um time italo-brasileiro com um Fiat 147 #73, formado pela italiana Anna Cambiaghi e pela brasileira Dulce Nilda Doege, ficaram em 4o lugar na geral. Essas meninas faziam parte do Team Aseptogyl/Panthères Roses/Concessionárias Fiat (conhecida na época como As Panteras Cor de Rosa), formada ainda pela francesa Marianne Hoepfner e pela brasileira Maria do Carmo Alves Zacarias (#71), e pela italiana Maurizia Baresi e pela brasileira Ana Elizabeth Von Mühlen.

Mas em 79, apesar de não servir de prova oficial, alguns grandes pilotos aqui estiveram tais como o Bjorn Waldegaard com um Porsche, o Walter Rohrl com um Fiat Abarth 131, o Sandro Munari com uma Lancia Stratos, o P. Airikkala com um Vauxhall Chevette, o B. Waldegaard e o J. P. Nicolas, ambos com Ford Escort.






Programa oficial

Luis Cezar

3 comentários:

Unknown disse...

Muito interessante as suas postagens. Fiquei muito interessado na história das mulheres pilotando, você as conhece? Gostaria muito de saber o que aconteceu nesses anos posteriores.

Alceu José Colnaghi Filho disse...

Olá. Meu pai correu este Rallye de 1979 em dupla com o Paulo Lemos, com um Fiat 147. Meu pai também era piloto, e, segundo ele, eles se revezavam. A cerca de 20 km para o final o carro quebrou quando estavam em terceiro. Você tem algum registro desta história?

Luis Cesar disse...

Eu também gostaria de saber onde foram parar essa mulheres....
Quanto o histórico do Paulo Lemos e do Alceu eu não sabia... Mas rallye é assim mesmo... o maldito quebra quando é para não quebrar...
Abs a todos
Luis Cezar