Enquanto isso no Rio de Janeiro...
Como Jaguar tem vida própria, anda quando quer, se finge de morto, tem personalidade e se preocupa com terceiros, por isso esquenta o cabeçote, não quebra (fica doente e se trata num spa mecânico)... Coitadinho do Big Cat, teve que trocar de nome, por um nome de bicho, que sequer tem em solo inglês - enfim é um incompreendido - por isso o filminho é dedicado em 98% do seu tempo, falando de outra coisa, inclusive sobre mortos... e o pior é fazer chupetinha nele, além de excitar com maestria o dínamo...
Enfim, ser proprietário de um Jaguar é algo que não se pode "contar", tem que sentir e vivenciar... sentir aquele cheiro de gasolina enebriante, sentir a emoção da falha da bomba da gasolina, sentir como é justo um gordo sentar no XK120 e tentar dominar a fera, com o volante apertando o seu tecido adiposo. Emoções, como diria Roberto, Emoções...
Os morrinhos do volante, dão a exata noção do quanto o apertamos ao dirigi-lo - seguramos com força bruta, para que não haja interferência do suor das mãos na sua condução (sim, andar num Jaguar a emoção é tanta, que chegamos a suar, mesmo no inverno). É um carro para homens fortes, destemidos, que entendam de engenharia, até mesmo quântica. Não há monotonia. Quando está funcionando... seu condutor sente o seu carinho, expressado no calor... calor esse que vem da alma do seu motor - que passa pelo orifício da coluna de direção por vezes em direção ao seu colo e por vezes, em direção à sua genitália... cuecas de amianto solucionam, mas os pelos do peito e das pernas caem como folhas de outono - como dizem os ingleses the leaves fall.
Uma recente pesquisa do Hospital da RAF, um dos mais respeitados na Ilha Mãe, constatou que andar de Jaguar fabricados na pré-guerra até o momento anterior ao advento da série XJ, faz muito bem para a próstata - a massagem continua faz com que não haja doenças na região. Contudo, constatou-se uma aumento nos casos de bexiga solta e/ou continência urinária. Mas nada que uma boa frauda não resolva.
Quando pilotamos um Big Cat de bermudas, nossas bochechas e joelhos ficam róseos, contrastando com o negrume debaixo de nossas unhas - o possuidor de um Big Cat leva sempre um pouco de graxa para casa, com um leve cheiro de gasolina impregnado em suas roupas. Isso tem um nome: paixão. Por vezes nos pegamos a cantarolar: você não presta, mas eu te amo... Nunca, nos pegamos sendo ásperos ou rudes com o Big Cat... nosso suor, que por vezes invade as lentes já embaçadas de nossos óculos, representam o amor e a felicidade extasiante que nos assola.
Fazer rallye ou praticar um leve run com o Big Cat, nos deixa exaustos como uma noite longa de amor... Nem Tim-Tim, nem Indiana Jones foram capazes de ter tanta aventura - nem o Jim das Selvas! Quando paramos num posto de combustível, por vezes com o radiador soltando leves lufadas de fog (para lembrar a velha e boa Londres), há sempre a pergunta: "quantos kms faz com um litro..." - não sabemos realmente, não sabemos... por isso é que na linha do XJ se optou por dois tanques, e duas bombas, mas essa segurança de longe nos faz sentir, que estamos numa... diria... Mercedes Benz, pois, corre-se um sério risco de explosão do porta malas, com o deslocamento fenomenal do vidro traseiro. Nada como uma festa de São João.
Alguns possuidores desta máquina de prazer, da mais alta nata da sociedade carioca, por vezes perdem o controle, o que não é saudável... Já vi um advogado, bem nascido e bem posto na profissão, bater sem dó, com seu sapato italiano, nos bravos SU do MKII, para desencantá-los... assim como já vi, um outro amigo dele, do ramo de petróleo, desligar com certa brutalidade, rispidez e aflição, os fios do seu motor... Vi entendedores de Jaguar, como o cover do Kenny Rogers, correr em Interlagos com um 120, e uma das rodas se soltar, porque, inverteu a borboleta ou a adaptação do cubo rápido, não resistiu. O Jaguar não aceita peças adaptadas - ele é original. Antes de tudo há que respeitar essa máquina - Stirling Moss não perdeu os cabelos a toa (talvez por ser baixinho, tenha sido o calor vindo da coluna de direção, mas ainda acredito que seja pelas provas que realizou com os fortes XKs).
Enfim, ser proprietário de um Jaguar é algo que não se pode "contar", tem que sentir e vivenciar... sentir aquele cheiro de gasolina enebriante, sentir a emoção da falha da bomba da gasolina, sentir como é justo um gordo sentar no XK120 e tentar dominar a fera, com o volante apertando o seu tecido adiposo. Emoções, como diria Roberto, Emoções...
Os morrinhos do volante, dão a exata noção do quanto o apertamos ao dirigi-lo - seguramos com força bruta, para que não haja interferência do suor das mãos na sua condução (sim, andar num Jaguar a emoção é tanta, que chegamos a suar, mesmo no inverno). É um carro para homens fortes, destemidos, que entendam de engenharia, até mesmo quântica. Não há monotonia. Quando está funcionando... seu condutor sente o seu carinho, expressado no calor... calor esse que vem da alma do seu motor - que passa pelo orifício da coluna de direção por vezes em direção ao seu colo e por vezes, em direção à sua genitália... cuecas de amianto solucionam, mas os pelos do peito e das pernas caem como folhas de outono - como dizem os ingleses the leaves fall.
Uma recente pesquisa do Hospital da RAF, um dos mais respeitados na Ilha Mãe, constatou que andar de Jaguar fabricados na pré-guerra até o momento anterior ao advento da série XJ, faz muito bem para a próstata - a massagem continua faz com que não haja doenças na região. Contudo, constatou-se uma aumento nos casos de bexiga solta e/ou continência urinária. Mas nada que uma boa frauda não resolva.
Quando pilotamos um Big Cat de bermudas, nossas bochechas e joelhos ficam róseos, contrastando com o negrume debaixo de nossas unhas - o possuidor de um Big Cat leva sempre um pouco de graxa para casa, com um leve cheiro de gasolina impregnado em suas roupas. Isso tem um nome: paixão. Por vezes nos pegamos a cantarolar: você não presta, mas eu te amo... Nunca, nos pegamos sendo ásperos ou rudes com o Big Cat... nosso suor, que por vezes invade as lentes já embaçadas de nossos óculos, representam o amor e a felicidade extasiante que nos assola.
Fazer rallye ou praticar um leve run com o Big Cat, nos deixa exaustos como uma noite longa de amor... Nem Tim-Tim, nem Indiana Jones foram capazes de ter tanta aventura - nem o Jim das Selvas! Quando paramos num posto de combustível, por vezes com o radiador soltando leves lufadas de fog (para lembrar a velha e boa Londres), há sempre a pergunta: "quantos kms faz com um litro..." - não sabemos realmente, não sabemos... por isso é que na linha do XJ se optou por dois tanques, e duas bombas, mas essa segurança de longe nos faz sentir, que estamos numa... diria... Mercedes Benz, pois, corre-se um sério risco de explosão do porta malas, com o deslocamento fenomenal do vidro traseiro. Nada como uma festa de São João.
Alguns possuidores desta máquina de prazer, da mais alta nata da sociedade carioca, por vezes perdem o controle, o que não é saudável... Já vi um advogado, bem nascido e bem posto na profissão, bater sem dó, com seu sapato italiano, nos bravos SU do MKII, para desencantá-los... assim como já vi, um outro amigo dele, do ramo de petróleo, desligar com certa brutalidade, rispidez e aflição, os fios do seu motor... Vi entendedores de Jaguar, como o cover do Kenny Rogers, correr em Interlagos com um 120, e uma das rodas se soltar, porque, inverteu a borboleta ou a adaptação do cubo rápido, não resistiu. O Jaguar não aceita peças adaptadas - ele é original. Antes de tudo há que respeitar essa máquina - Stirling Moss não perdeu os cabelos a toa (talvez por ser baixinho, tenha sido o calor vindo da coluna de direção, mas ainda acredito que seja pelas provas que realizou com os fortes XKs).
Luis Cezar
Um comentário:
Bloody Brilliant, Sir!
Postar um comentário