Ford Escort MK 1 - O Mago

This article was based (with the retreat of several items), in the incredible French site on Escort MKI (http://rcma.free.fr/escort/) - that had an entire research work - in this site there are countless information, mainly, for who has one of these fantastic cars. This site is one of the most complete on a certain type of classic car. All the merits are for its webmaster Chirstian Bonnemaison.
Luis Cezar

Alguns carros foram fantásticos em rallye em sua época e, poucos ainda tem o mesmo desempenho nos rallyes históricos. Um destes raros exemplos fica para o Ford Escort MKI, que se resume numa só palavra: Fantástico! Esta expressão era dita pelo Time dos Mini-Cooper, Saab e Alpine (apenas o Time alemão da Porsche achava que a Ford "não iria durar muito", na verdade isso aconteceu com os japoneses da Datsun, depois de alguns sucessos com o modelo Z).

Alguns carros famosos foram deixados para trás pelos Escorts ou com preparação nos 1300 pela Broadspeed, ou pela preparação dos Lotus Twin-Cam (ou com os 1600, 1800 ou 2000 Cosworth). Jackie Stewart foi um destes protagonistas (vide International Tourist Trophy em Silverstone, com o Escort chapas EVX 248H), batendo o Camaro 5 litros, Mustang Shelby e Alfa GTAM. O Twin-Cam que iam no Escort eram os motores fornecidos para equiparem os Lotus Elan, Elan Plus Two e o Ford- Lotus Cortina (chamado pela Cosworth de projeto TA = Twin-Cam Series A). Eram para efetios de rallye passados dos 1.558cc para 1.8 litros (no Lotus-Cortina I foi usado de 1963 a 1966, no Lotus-Cortina II foi usado de 1967 a 1970 e no Escort MKI Twin-Cam de 1968 a 1971) - na verdade depois do surgimento do motor BDA de 16 válvulas, com dupla carburação weber de corpo duplo 40DCOE o "povo" abandonou o Twin-Cam - ele também, não era muito resistente - um Twin-Cam tinha originalmente 109bhp transformados para rallye em 160bhp e o BDA (que equipavam a F2), tinha originalmente 120bhp passando para 220bhp nos carros de rallye, deixando de ser 1.600cc para tornar um potente 1.800cc - tchau Alpine A110, tchau Porsche 911 - um lembrete em 1972 tal motor passa para 2 litros com 240bhp, terminando sua saga em 1974).


Escolhido pela Ford, o Escort era o sucessor do Anglia (como carro comercial), sendo a primeira vez que as unidades da Ford da Alemanha e Inglaterra se uniam (joint-job), para criar um carro, dentro de um projeto comum. Em novembro de 1967 começava sua produção em Halewood, no Reino Unido e em Colônia, Alemanha - em 17 de janeiro do ano seguinte era lançado o Escort ("acompanhante" em inglês). As primeiras versões eram sedãs de duas portas, com tração traseira, câmbio de quatro marchas (os modelos de rallye utilizavam um câmbio ZF de 5 marchas) e motor de 1,1L (45cv) e 1,3L (52cv).

Este motor era o testado e veterano Kent, de comando no bloco e fluxo cruzado, que foi inspirador e originário do Endura dos atuais Ka e Fiesta. Na versão GT o 1,3 passava a 64cv (há informes da fábrica que eram 84 cavalos, mas pela legislação da época, ficou noticiado os 64cv), com freios a disco dianteiros. A direção de pinhão e cremalheira era novidade na marca, com suspensão McPherson à frente, com eixo rígido com molas semi-elíticas atrás.

Na verdade a Ford procurava um substituto a altura do Ford-Lotus Cortina que vinha fazendo sucesso em pista (os engenheiros da fábrica em especial de Boreham - base da Ford Motorsport, tinham uma certeza - este carro não era feito para rallyes e sim para pistas), mas a Ford precisava dar uma resposta a altura para os carros mais possantes e melhores do que o Cortina, tais como o Saab V4, Lancia Fulvia HF, Alfa Romeo GTA e Porsche 911. Surge então o Escort MKI (ou MK 1 - como queiram) como resposta, que reinou entre 1968 a 1975, quando foi substituído pelo Escort MKII (1975 a 1981 - apesar de feio e quadrado o RS1600 era um raio de veloz, com seu motor BDA). Em 25 de janeiro de 1967 o Escort faz testes com o motor Twin-Cam, e uma suspensão diferenciada do Cortina - bastou - os executivos e engenheiros da Ford sorriram até gargalhar. Aliás, a Ford e a Lotus tinham como sócios para desenvolver motores os engenheiros Mike Costin e Keith Duckworth que formaram uma sociedade chamada Cosworth (agora muitos de vocês descobriram a origem do nome). Aliás BDA é a sigla de Ford Belt Driven version A (motorzinho que hoje custa algo como 35 mil Libras).

O projeto levou o nome de J25 em homenagem ao dia e mês de estréia (que foi um domingo). A questão da homologação é meio nebulosa até mesmo com registros da FIA. Foram produzidos 25 carros oficialmente dos J25 (há registros de produção de 30 carros), que ficaram para os chamados times satélites. Para isso foi preciso fabricar 100 carros para ter homologação no Grupo 3, categoria GT (homologação lavrada em 1 de março de 1968), e 1000 carros para ter homologação no Grupo 2 (categoria chamada impropriamente de Touring Cars, lavrada a homologação em 1 de maio de 1968). Halewood montou 26 carros, que se somaram aos 25 montados pela Boreham - são os lendários 51 carros, hoje em dia cobiçados. 302 carros Twin-Cam (chamados de Escort TC), foram produzidos em 1968 pela fábrica de Halewood e mais 479 no ano seguinte (até o lançamento do RS1600 foram produzidos algo em torno de 1000 carros em Halewood).
O Escort MKI, fez sucesso nas provas de rallye e em pistas. Começando por esta última modalidade, em 1968 em Brands-Hatch, todos foram surpreendidos com a performance de um Escort GT 1300, preparado por Broadspeed e pilotado por John Fitzpatrick - o motor de 1300cc tinha 127 cavalos de força. Em 1969, a equipe oficial era de 4 carros, com motor Cosworth FVA 1600, com mais de 200 cavalos. Os famosos big wings, serviam para abrigar as rodas de tala mais larga e com pneus de corrida, e era feita de polyester, pelas mãos de Len Bailey (foram fabricadas mais de 7.000 exemplares, todas homologadas). Estas big wings logo foram copiadas pelos times italianos, que passaram a equipar suas Alfas (claro).

Versões quatro-portas, perua três-portas e furgão chegavam em 1969, seguidas pelos esportivos RS 1600 e Mexico. O RS (Rally Sport, sigla que a Ford nunca mais abandonaria), tinha motor Cosworth de 1,6L, 16 válvulas e 120cv a 6.500 rpm de potência. A cilindrada chegaria a 2,0 litros em versões posteriores de competição. Montado em Essex, na Inglaterra, era vendido em concessionárias específicas. Já o Mexico - homenagem à vitória do carro no Rallye Londres-México - mantinha o comando no bloco e oito válvulas, oferecendo estilo esportivo a preço mais acessível. Em outubro de 1971 era atingido o primeiro milhão de Escorts, e em junho de 1973 nascia o RS 2000.

 

A geração MARK I (MKI), foi produzida de 1968 a 1974, na Europa, com carroceria arredondada remetendo ao estilo da época. A geração MARK II (MKII), foi produzida de 1975 a 1979, na versão Ghia e Mexico, ambas de motores 1.6 e também com as versões esportivas RS 1600, RS 1800, RS 2000 (No Brasil foram produzidas apenas as versões MARK IV e V (vieram alguns para o Brasil o MKIII). A versão MARK VI era oriunda da Argentina sendo importada desde então. Essas versões contaram com os modelos L, GL, LX, GLX, Ghia, XR3 e algumas séries especiais deste último).

Pilotos de Works Escorts (Mk1 e 2)
- Pilotos (em itálico, os que eu considero os melhores)
R.Aaltonen; M.Alen; O.Andersson; H.Appel; P.Arundell; Srta. Avomeri G.Birrell; C.Bourgoignie; D.Brodie; R.Brookes; R.Chapman; G.Chasseuil; R.Clark; J.Cochesa; W.Coleman; A.Cowan; C.Craft; M.Crabtree; A.Dawson; A. Fall; E.Finotto; J.Fitzpatrick; B.Ford Jr; Sra. G.Fortescue; J-C.Gamet; F.Gardner; D.Glemser; J.Greaves; H.Hahne; R.Hainbach; K.Hamalainen; J.Handley; Srta. E.Heinonen; P.Hennige; J.Hettema; H.Heyer; T.Hezemans; G.Hill; R.Hillyar; E.Hoyer; R.Hudson-Evans; H.Kautz; C.Kirmitsis; K.Kleint; A.Krebs; S.Lampinen; K.Ludwig; T.Makinen; H.Menzel; H.R.H. Prince Michael; H.Mikkola; G.Mlitter; M.Mohr; E.Moorat Muller; J.Neerpasch; J.P.Nicolas; J-F.Plot; A.Pond; A.Poole; V.Preston; N.Rockey; M.Saaristo; C.Samson; J.Scheckter; C.Sclater; P.Shiyukah; J.Singh; Srta. R.Smith; B.Soderstrom; W.Sparrow; G.Staepelaere; J.Stewart; R.Stommelen; J.Taylor; R.Taylor; T.Taylor; A.Vatanen; M.Wachowski; B.Waldegaard; V.Woodman; e, S.Zasada.

- Navegadores (Co-pilotos) - (em itálico, os que eu considero os melhores)
A.Aerts; J.Ahava; A.Aho; J.Aird Alanen; R.Barnard; C.Baron; E.Bessem; J.Billet; M.Birley; J.Brown; P.Bryant; J.Byttebier; H.Cardno; R.Channon; N.Clarkson; Srta. F.Cobb; R.Crellin; J.Davenport; G.Fleming; Srta. Y.Fontaine; C. Francis; F.Franssen; C.Freud; K.Gatende; M.Hart; A.Hertz Huret; A.Jarvi; J.Jensen; "Jimmy" K.Kaiser; H.Kaplan; P.Keskitalo; I.Kivimaki; G.Klapproth; V.Laveme; P.Lawrence; J.Lyall; H.Liddon; A.McWatt; A.Marriott; A.Mason; H.McNeil; Srta. L.Nystrom; D.O'Sullivan; G.Palm; S.Pegg; P.Phelan; G.Phillips; J.Porter; Srta. S.Saaristo; E.Salonen; A.Samson; P.Scott; S.Sembi; P.Short; J.Singh; B.Smith; R.Spokes; R.Suonio; J.Syer; E.Symens; H.Thorzelius; J.Todt; 'Valliant' Valttaharju; U.Vihervaara; Srta. A.Watson; P.White; K.Wood; e, M.Wood.

O grande mérito do MK1 foram as suas vitórias na Europa, África e América do Sul e Norte, principalmente nos rallyes considerados muito duros, tais como o Tulip, Australian Alpine, Acropolis, 1000 Lakes, World Cup de 1970, Safari, Hong Kong, RAC, Heatway (NZ), dentre outras (isso sem contar com inúmeras vitórias no British International Rallies). A lista é enorme - acreditem. Quem tem um ama (que frase gay... mas é a pura verdade).

Alguns Carros Works (Ex-Works)

Fotos históricas

Fotos contemporâneas

Filmimhos
Lançamento – 1:46

Ford Escot MK1 – 2:54

Hannu Mikkola – 3:12

Twin-cam – 2:20

RS 1600 – 3:38

Roger Clark - 5:40

Lombard Rally – RAC – 1974 – 1:09

RAC Rally – 2:47

Luis Cezar