(Hillclimb)
As inscrições tem o seu término no dia 31 de julho (todo o pagamento terá que ser realizado até esta data). Os numerais e livro de bordo (planilha), serão entregues na sede do MG Club, das 16:00hs às 19:00hs, da quinta-feira (2/08). A largada do primeiro carro será às 09:00hs do dia 4 (sábado), no primeiro posto de combustível BR da rodovia Ayrton Senna (chegada de todos os carros até as 08:30hs). Haverá lauto almoço numa explêndida casa no Alto da Serra, construída nos anos 20 pelo Ramos de Azevedo.
Para quem vai participar, aqui vai alguns lembretes sobre a estrada e de seus monumentos:
Histórico
No século XIX a produção de café no planalto era muito grande, e o único modo de ligá-la ao porto de Santos era pela Calçada do Lorena, um precário caminho. Logo então foi construída a Estrada da Maioridade, que anos depois passou-se a chamar-se Rodovia Caminhos do Mar.
Estrada da Maioridade
O seu nome original. Foi inaugurada em 1844, e ganhou esta nome nome em homenagem da maioridade de D. Pedro II. Praticamente junto com ela foi construída a Estrada de Ferro Santos-Judiaí, que absorvia quase toda a circulação entre as duas cidades. Mas mesmo assim a Estrada da Maioridade e a Calçada do Lorena continuaram recebendo manutenção.
Estrada do Vergueiro
Mesmo com a ferrovia absorvendo quase todo o tráfego entre a planície e o planalto, a Estrada da Maioridade continua recebendo manutenção, e em 1864 ela passa novamente por uma reforma, cuja principal característica é a refacção de alguns trechos para o melhor aproveitamento da estrada, como a chamada curva da morte, uma curva bem fechada em plena descida onde era muito comum os acidentes, vários deles causando a morte das pessoas, e após essa reforma a curva ganhou uma abertura bem maior.
Caminhos do Mar
Nas primeiras décadas do século XX, São Paulo passa por uma "reconstrução", financiada pelo capital proveniente das exportações de café. Por essa época é difundido o uso de automóveis. Também por essa época, ocorre uma troca de valores: os governos construíam sempre várias ferrovias, e a partir desta época os recursos públicos passam a ser destinados a construção de rodovias, deixando as ferrovias em segundo plano e dando a elas o aspecto de "coisa do passado", que ainda existe até hoje. Em 1913 a demanda de automóveis entre a planície e o planalto é muito grande, e a Estrada do Vergueiro é macadamizada, permitindo o uso de automóveis na estrada, e logo depois pavimentada com asfalto (era toda concretada), tornando-se a primeira estrada asfaltada da América Latina destinada para veículos de motor à explosão (foi considerada por 2 décadas, a melhor rodovia do mundo).
Monumentos
Em 1922, o então governador de São Paulo, Washington Luis, mandou construir alguns monumentos pela estrada para comemorar o centenário da independência. São eles (do alto da serra para baixo):
Pouso paranapiacaba
- Km 44 - Do tupi, Paranapiacaba quer dizer "Lugar do qual se vê o mar". Em dias limpos e sem neblina (situação difícil de se encontrar na serra), realmente dá para ver o mar, bem longe. Fica Bem na alto da serra antes de começar as grandes curvas, mas já na descida da serra. Alguns dizem que D. Pedro I se encontrava com a Marquesa de Santos lá, o que é pura boataria, pois, o pouso foi construído vários anos depois da morte dos dois. Era usada como parada para os carros "descansarem" após a subida, ou se prepararem para a descida. Contava inclusive com uma bica para fornecer água para os radiadores dos carros.
Ruínas
- Km 44,5 - Uma casa em ruínas. Não se sabe muito bem qual foi sua função. Especula-se que podia ser a casa dos engenheiros que construiíam a estrada. Não é certo.
Belvedere Circular
- Km 46 - Marca o primeiro encontro da Calçada do Lorena com a estrada (ao todo são 3 encontros). Realmente apresenta uma forma circular. A Calçada do Lorena normalmente é usada a partir deste ponto em excursões para o pólo eco-turístico, que se faz a pé.
Rancho da maioridade
- Km 47 - Feito para servir de descanso aos carros e aos turistas, assim como o Pouso Paranapiacaba, ganhou esta nome em homenagem à Estrada da Maioridade. Neste ponto também havia uma bica para servir de água os radiadores (era de água potável).
Padrão do Lorena
- Km 47,2 - Marca o terceiro e último encontro entre a calçada e a estrada. Tem o nome em homenagem à Bernardo José Maria de Lorena, governador da capitania de São Paulo, que mandou construir a calçada, que ganhou o seu nome. A estrada em frente a esse monumento foi preservada com macadame, isto é, macadamizada. É o único trecho da estrada com esta condição. Depois do padrão, há um longo trecho sem nenhum monumento.
Pontilhão da Raiz da Serra
- Km 52 - O último monumento, já na planície, após o fim da serra. Foi construído junto com o fim da pavimentação com asfalto da estrada, com o propósito de homenageá-la. Não é de fato uma ponte, mas somente as "paredes" da ponte fincada no chão. Antes passava por ali um rio, desviado para a construção da refinaria em Cubatão. Mais a frente encontra-se o Cruzeiro Quinhentista, homenagiando os portugueses descobridores do Brasil.
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