A Pat saltando sobre o carro de corrida do irmão em 1949
Pat Moss-Carlsson. Infelizmente ela já morreu, mas ao ler do maior obituary ao menor, publicado no Reino Unido, vocês podem ter uma idéia de como ela era querida. Está entre as minhas Speedqueens. Ela lutava contra um cancer e morreu aos 73 anos. Era a irmã mais jovem do Sir Stirling Moss e mulher do chamado Mr. Saab - o Erik Carlsson. A reputação desta piloto foi sedimentada nos anos 50-60, ou seja, na época de ouro do rallye.
Tenho vários filmes e livros onde ela demonstra todo o seu amor por rallyes e cavalos - mas reveleva aos mais intimos que adorava pilotar do que montar. Aliás, esse gene de corrida, já vinha desde da época do seu pai - poucos sabem que o pai da Pat e do Stirling - Alfred - corrida (participou com brilhantismo em 1924 na Indianopolis 500 - quando era estudante para ser dentista), e na Inglaterra pilotava como nunca, um Singer ou um Marendaz nos Trials - chegou a fazer provas em Brooklands.
Tenho vários filmes e livros onde ela demonstra todo o seu amor por rallyes e cavalos - mas reveleva aos mais intimos que adorava pilotar do que montar. Aliás, esse gene de corrida, já vinha desde da época do seu pai - poucos sabem que o pai da Pat e do Stirling - Alfred - corrida (participou com brilhantismo em 1924 na Indianopolis 500 - quando era estudante para ser dentista), e na Inglaterra pilotava como nunca, um Singer ou um Marendaz nos Trials - chegou a fazer provas em Brooklands.
Inicialmente, apesar que desde pequena competia com cavalos, seu debut com carros em motor sport, ocorre com um simples Morris Minor conversível, que ela pilotava como poucos, principalmente nas provas de gincana e nos rallies nacionais do Reino Unido. Há que se esclarecer que em 53 o manager do seu irmão - Ken Gregory - a convidou para ser sua navegadora num rallye daquele ano. Em 1954, com os premios conseguidos na equitação compra seu Triumph TR2, e passa a ganhar algumas provas mais sérias (sua navegadora de época era a Ann Riley). Em 1955 ela é convidada a pilotar um MG TF 1500 no épico evento: RAC Rally - fica em terceiro no ladies' class, mas chama atenção do chefe do Departamento de Competições do BMC (British Motoring Corporation), o mitico Marcus Chambers, que a convida para participar do primeiro grande evento fora da Ilha - o famoso Tulip Rally de 1955, num MG Magnette (era o primeiro works que ela pilotava). Durante 5 anos ela ficou pilotando works da BMC, tendo como navegadora a Ann Wisdom (que era sua colega de showjumping - salto a cavalo, e filha do ace de racewinner de Brooklands - Elsie Wisdom). Ainda no meio dos anos 50, ela integra um time de mulheres para pilotar um Austin Westminster com a Joan Johns e a Miss Riche. Não deu muito certo e ela volta com a Ann a pilotar, agora um MGA 1500 no RAC (no Liège daquele ano ela fica em vigésimo terceiro na geral, com um Morris Minor).
Na Maratona (Spa-Sofia-Liège) de 1964
Em 1958 ela pilotava um works Austin Healey 100/6 e fica em quarto no Liège-Sofia-Liège - sendo a primeira vez que uma mulher fica entre os 10 primeiros colocados, neste endurance rally, sendo que os pontos ali conquistados, serviram para o computo do Ladies' European Championship (com esse rallye ganhou oManufacturer’s Award) ... neste ano ela conhece o Erik Carlsson, com quem viria a casar 5 anos depois. Ainda em 58, ela fica, também em quarto no RAC com um Morris Minor. Em 59 fica em segundo no Rallye da Alemanha com um Austin Healey 3000, e em Monte daquele ano vai de Austn A40 (aquele Big Healey, caiu do caminhão e ela não pode fazer o Tulip Rally e teve problemas no Acropolis - o A40 tem problemas no câmbio no Alpine e ela usa um Morris 1000 para fazer o RAC (no Sestriere daquele ano usou um Riley 1.5).
Em 1960 ela pilota um dos chamados Big Healeys (Austin Healey 3000 - muito ruim de pilotar e de controlar o seu motor forte) - fica em oitavo no Geneva e no Tulip e em segundo no Coupe des Alpes, ganhando o Liège (agora Liège-Rome-Liège) - foi a primeira mulher a conseguir tal feito numa prova internacional. Fica em segundo em Monte no Coupe des Dames, num A40. Fica em segundo no RAC de 61 - este ano não foi muito produtivo além disso (pilotou Austin-Healey Sprite, Austin A40, Big Healey e Mini - no Weslh Rally tinha como navegador Stuart Turner). Em 62 ela demonstra que não gostava de pilotar o Mini (vide seu fracasso em Monte), e passou a pilotar um works Saab - terminou em terceiro na sua primeira visita ao East African Safari Rally - quando voltou para a Inglaterra, soube o terrível acidente com o seu irmão Stirling Moss em Goodwood. Naquele ano volta a pilotar um Mini pela BMC e ganha o Tulip Rally. Perde a navegadora Ann Wisdom, que casara. Passa a contar com a Pauline Mayman, e a nova dupla ganha o Baden-Baden Rally na Alemanha, com um Mini mais preparado, but... volta a pilotar um Big Healey e ficam em terceiro no Alpine daquele ano, segundo na Polonia e em terceiro no RAC (com um Mini ficam em terceiro no Geneve). A Pauline que era piloto agora age como tal, deixando a dupla.
Em 1960 ela pilota um dos chamados Big Healeys (Austin Healey 3000 - muito ruim de pilotar e de controlar o seu motor forte) - fica em oitavo no Geneva e no Tulip e em segundo no Coupe des Alpes, ganhando o Liège (agora Liège-Rome-Liège) - foi a primeira mulher a conseguir tal feito numa prova internacional. Fica em segundo em Monte no Coupe des Dames, num A40. Fica em segundo no RAC de 61 - este ano não foi muito produtivo além disso (pilotou Austin-Healey Sprite, Austin A40, Big Healey e Mini - no Weslh Rally tinha como navegador Stuart Turner). Em 62 ela demonstra que não gostava de pilotar o Mini (vide seu fracasso em Monte), e passou a pilotar um works Saab - terminou em terceiro na sua primeira visita ao East African Safari Rally - quando voltou para a Inglaterra, soube o terrível acidente com o seu irmão Stirling Moss em Goodwood. Naquele ano volta a pilotar um Mini pela BMC e ganha o Tulip Rally. Perde a navegadora Ann Wisdom, que casara. Passa a contar com a Pauline Mayman, e a nova dupla ganha o Baden-Baden Rally na Alemanha, com um Mini mais preparado, but... volta a pilotar um Big Healey e ficam em terceiro no Alpine daquele ano, segundo na Polonia e em terceiro no RAC (com um Mini ficam em terceiro no Geneve). A Pauline que era piloto agora age como tal, deixando a dupla.
Em 1963 ela experimenta um número grande de navegadoras, incluindo a Ann Wisdom, agora senhora Ann Riley (que atuou com ela no Safari). Neste ano ela aceita uma proposta lucrativa da Ford para pilotar um dos recem lançados Cortina GT, mas pouco tempo depois, ela aceita ir para a Saab e ficar com seu marido (mesmo assim ela fica em sexto na geral no Acropolis de 63, com um Ford Cortina). No Safari com um Cortina ele se acidenta. Com a Jennifer Nadin ganham a Coupe des Dames no Tulip com o Cortina. Ela pilotou por uma temporada toda, um Saab - fica em terceiro no Safari com esse carro, preparado com ajuda do Erik (1964 foi o ano que as fábricas começaram a jogar muito dinheiro nos rallyes - até os norte-americanos com o Ford Falcon V8, estavam investindo - contrataram o Graham Hill para ganhar a todo o custo o Monte daquele ano). Preciso mencionar que em 63 ela casa com o multi-champion Erik Carlsson e formam em 64 (ela e o Erik) duma dupla, pilotando juntos o mesmo carro. Fica com um Saab 96 em terceiro no Acropolis e no rallye da Polonia e em quinto em Monte. Com a Liz Nystrom como navegadora, fica em quarto no Spa-Sofia-Li~ege e no RAC, além de ficar em sétimo em Genebra. Termina o Safari em sexto, assim como no Tulip. No Targa Rusticana, num Ford Anglia amarelo, ela e seu navegador David Stone, marca outra vitória.
Em 4 anos com SAAB (com motor de 2 tempos e depois com de 4 tempos V4), ela ficou em terceiro no Acropolis, em quarto no Liège e no RAC, em terceiro no Monte de 65 (com a sueca Ursula Wirth-Fernstrom como navegadora), em terceiro no Czech Rally de 67 (neste com o Saab 96 V4). Em 64 Pat termina em quinto o Monte - naquele ano das 11 provas internacionais, ela termina 10 e destas, sete ela fica em segundo, e em três ela fica em terceiro. Isso na geral meus caros e não na classe. Fica em segundo no San Remo com a muito experiente Val Domle. Em 65 ela termina em terceiro o Monte. Quando o Erik ficou apenas como relações públicas da SAAB ela pilota para a Lancia (a nova Fulvia Coupé 1.300- com ela fica em segundo na geral no San Remo de 68 com a Liz Nystrom de navegadora, ganha o Sestriere e fica em terceiro com Susan Seigle-Morris o Italy’s 999 Minutes). Com a Lancia fica em décimo quarto no Monte de 68. Ainda em 68 ela bate com um Renault 16 no Safari. Em 69 com a Fulvia fica em sexto no Monte e corre com o mesmo carro a Targa Florio. Fica em oitavo no Acropolis e em sétimo no Corsica. Cabe um alerta: ela pilota em 66 um Plymouth Barracuda no Tulip... Ave Santa! Neste mesmo ano fica em segundo no Gulf London Rally e no Rally Vltava fica em quinto (e no Drei-Stadte Marathon fica em nono).
Mas depois do nascimento de sua filha Suzy em 69 ela fica meio "escondida", só retornando no meio dos anos 70, para pilotar um Toyota em Monte Carlo - chegou a pilotar um Renault no Total Rally na África do Sul, assim como, pilotou um Alpine A110 de time privado em 72; em 74 um Toyota. Em 1974 retira-se do mundo do rallye. Escreve dois livros: The Story So Far (1967), e com seu marido o The Art and Technique of Driving (1965).
Coupes des Alpes de 66 (dizem que houve sabotagem em seu carro)
Mas depois do nascimento de sua filha Suzy em 69 ela fica meio "escondida", só retornando no meio dos anos 70, para pilotar um Toyota em Monte Carlo - chegou a pilotar um Renault no Total Rally na África do Sul, assim como, pilotou um Alpine A110 de time privado em 72; em 74 um Toyota. Em 1974 retira-se do mundo do rallye. Escreve dois livros: The Story So Far (1967), e com seu marido o The Art and Technique of Driving (1965).
Volta-se aos cavalos novamente, dando força a sua filha no esporte - ela tinha um talento igual a mãe em showjumping. Mas acreditem - ela ainda tinha o velho Morris Minor (agora verde, ou melhorAlmond Green - sua cor original ), carro que ela começou (ela terminou em quarto no geral o RAC de 58 com esse carro - tinha um apelido: Granny)! Ela pilotou, também, um Austin A90 (Austin Westminster) no Monte de 56 (era um time formado por 3 duplas femininas), e um MGA em 56 no RAC e em 58 com um MGA fez o Rallye da Meia Noite - quando conheceu o Carlsson - eta MGA quanta história de amor no frio da Suécia... (fez alguns rallyes com um Riley 1.5 até 1957, quando trocou por um Minor 1000, terminando com ele o Liège-Rome-Liège em vigésimo terceiro na geral). Em 59 ela volta a pilotar um Austin A40, ficando em décimo na geral em Monte.
Pat Moss RAC 1959
Ela chegou a ganhar por 5 vezes o European Ladies Rally Championship(1958, 1960, 1962, 1964-65), além de ter ganho por OITO vezes o Coupe des Dames de Monte. Ganha o Tulip Rally de 62 com um Mini Cooper. Em 1972 ficou em décimo com um Renault Alpine no Monte - como dizem os ingleses: that she finally decided to hang up her gloves in 1974 (mais ou menos, porque, em rallye histórico ela foi brilhante no Pirelli Classic Marathon, de 1988). Essa era a Pat Moss, que com 11 anos de idade pegava o Jeep da familia, com o irmão para aprender a dirigir, aos 17 já "pilotava" um Land Rover. Patricia Ann Moss-Carlsson - rally driver e horsewomen - nascida em 27 de dezembro de 1934, morrendo no dia 14 de outubro de 2008. Em tempo: um dos modelos da Corgi de rallye mais procurados, é Big Healey pilotado pela Pat Moss... essa é uma love story com o rallye.
Página do livro escrito por ela e o marido, ensinando a pilotar
Ela e o marido Erik.
Ela e o Erik na sala de troféus
Ontem e Hoje (hoje... digo - anos 90)
Saab
Pat Moss no Gulf London International Rally de 65
Pat Moss e Joy Mayers antes da largada do Safari Rally de 64, com o Saab 96 2 tempos
(ambas de havaianas)
A dupla no Saab 96 - 850
RAC Rally de 1966
Safari de 1962 com o Saab 96 de 2 tempos
Monte de 65
MGA
Este MGA foi dado pela fábrica, com motorização em step II para rallye
MGA 1500 de 58 no Soleil de Minuit - Suécia
Foi nesse rallye que a Pat começou a "namorar" o Erik
Alpine A110 1600
Alpine 1600 pilotado pela Pet Moss
Alpine 110 1600 no Monte de 72
Alpine A110 no Monte de 72 |
Pat Moss-Carlsson / Liz Crellin - Hackle Rally 1973
Austin Healey 3000 e 100-6
Aqui com John Sprinzel, Pat e a pintura do Big Healey feita por Michael Turner (a direita) - segurando o quadro Ann Wisdon. A pintura celebra a vitória no Liège-Roma-Liège, em 1960.
Ao lado do Big Healey no Rallye de Acropolis |
No Rallye das Tulipas de 1960
Liège de 61
Liège-Rome-Liège - a grande vitória da Pat Moss e Ann Wisdom
Pat e Ann Wisdom no Austin Healey 100-6 no Coupe des Dames de 58
Coupe des Alpes 1960 com Ann Wisdom
Coupe des Alpes 1962 com Pauline Maymann
Coupe des Alpes
Lancia Fulvia
A Lancia Fulvia works
Pat e Elizabeth Nyströn no Monte de 69
Monte 1968
Mini
Pat no Tulipa de 62 |
Austin A40
Pat no Austin A40 Futura no Monte de 60 Coupe des Dames no Monte de 60, com um Austin A40 Farina |
Monte de 1960 - Pat e Anne Wisdon com o Austin A40 Farina
Coupe des Alpes 1959
MG TF 1500
Com o pai Alfred dentro do MGTF 1500
Ford Cortina GT
RAC de 63 com o Ford Cortina GT, tendo co-piloto a Jennifer Nadin
Monte com o Cortina GT (não tinha motor de Lotus)
Toyota
Pat Moss e Liz Crellin no works Toyota Celica 2000GT, no RAC de 74
Austin Frogeye
Austin Frogeye em ação - 1967
Filminhos bem legais - divirtam-se
Alpine Rallye 1963 - Parte I
XX
Alpine Rallye 1963 - Parte II
XX
Coupe des Alpes - Parte I
XX
Coupe des Alpes - Parte II
XX
Coupe des Alpes - Parte III
XX
Coupe des Alpes - Parte IV
XX
Monte Carlo de 1959
XX
Monte Carlo de 1963
XX
Saab 96
XX
RAC 1962
1962 R.A.C. RALLY
XX
RAC 1964
RAC RALLY
XX
Luis Cezar
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