Historic Rally & Classic Race Cars: Flying Ladies & Car Mascots

Os carros foram os primeiros a colocar umas pin ups ou pinups nos seus narizes, inspirando os aviões de combate, que pintavam pinups desde a WWI. Trago aqui alguns exemplos bem legais destas meninas fantásticas. A mais famosa é a dama voadora que vem na frende de um Rolls Royce - Esta Flying Lady é chamada de Spirit of Ecstasy.

Rolls Royce "Flying Lady" 1933

O Spirit of Ecstasy é o mascote ou car mascot mais comhecido no mundo. Este mito foi desenhado por Charles Robinson Sykes, para adornar os radiadores dos carros da marca Rolls-Royce, desde 1911. O Spirit of Ecstasy na verdade é um ornamento da tampa do radiador. Os ingleses davam muito valor as tampas do radiador, como o MG que traz como tampa um simbolo octogonal, como o seu logo. Este mascote da Rolls era baseado numa modelo que trazia uma beleza incomum, além de um intelecto e espírito fabulosos.

Love at first sight: Lord Montagu e Eleanor Thornton

Este modelo tinha nome: era Eleanor Velasco Thornton, que teve uma relação amorosa e secreta com John Walter Edward-Scott-Montagu (esta relação permaneceu secreta por mais de uma década, principalmente porque, ambos os amantes agiam com maior discrição). John Scott, assim como seu pai, eram apaixonados por carros na Inglaterra (vide o museu em propriedade da família e a maior feira de peças da Europa, lá realizada). Em 1902 ele era editor da famosa revista "The Car" (Car Illustrated - a primeira revista sobre carros, com escritório no não menos famoso endereço em Londres: Shaftesbury Avenue). Eleanor Thornton serviu como sua secretária. Em tempo: O Lord Montagu, era casado com a Lady Cecil "Cis" Kerr. Eleanor tinha 22 anos e ele 36.

Rolls Royce 1933

Um membro do círculo de amigos do "casal", era o escultor Charles S. Sykes. O Lord Montagu, encomendou a criação de um mascote especial para seu Rolls-Royce Silver Ghost. A estátua foi feita tendo como modelo a "amante" do Lord Montagu e foi batizada de "The Whisper" (O Sussurro). Como esse mascote foi colocado sobre a tampa do radiador, tal prática se tornou moda. Por influência do Lord Montagu, Charles Sykes foi procurado pela montadora para criar um mascote, para adornar todos os Rolls-Royce. Em fevereiro de 1911 ele apresentou o "Espírito de Êxtase", que era facilmente reconhecível como sendo uma variação sobre o tema - "O Sussurro". Ambos eram na verdade a senhorita Thornton. O modo de fazer o mascote - sobre molde de cera - faz com que nenhuma peça seja igual uma da outra. Sykes, ajudado por sua filha Jo, fez estas estátuas por muitos anos - todas elas tem sua assinatura e são disputadas "a tapa". A produção Sykes (e Jo), foram até 1948, onde a montadora, passou ela mesma a fabricar tal objeto de desejo. Dizem que até 1951 as estatuetas eram do período Sykes (sem sua assinatura ou datas de fabricação).

Rolls Royce V12 Coupe 1932

De 1911 até 1914 tal mascote era feito de prata - uma razão para os roubos freqüentes. A montadora resolveu fazer versões menores e feitas, agora de liga de níquel altamente polido. Ao longo dos anos várias alterações foram feitas, principalmente, nos carros montados pela Rolls-Royce na fábrica norte-americana de Springfield. Houve brigas famosas dentro da montadora, causando embaraços para os proprietários de Rolls - dai surgiu a moda de não utilizarem mais tal mascote (você comprava um Rolls e vinha o mascote e uma tampa simples, sem ele).

O mascote até mesmo ficou de joelhos e de tamanho reduzido, para o motorista ter uma visão melhor através do seu windscreem. O modelo ajoelhado era visto nas versões do Silver Wraith e Silver Dawn (para os outros o modelo ficava de pé). O mascote "Spirit of Ecstasy" era chamado de forma "pejorativa" pelo nickname "Emily" - os norte-americanos a chamavam de "Silver Lady" ou de "Flying Lady". Em 1920 a Rolls entrou numa competição em Paris para a escolha do melhor mascote do mundo. Ganhou uma gold-plated Spirit of Ecstasy. Após essa data, um mascote dourado, do Spirit of Ecstasy, poderia ser pedido à Rolls. Os regulamentos de segurança em alguns países, iam contra tal mascote, por considerá-lo muito afiado e de metal pesado, podendo ferir gravemente terceiros. Por causa disto, na Suíça durante a segunda metade dos anos setenta, proibiu a instalação destes mascotes. O problema era resolvido com os modelos Silver Spirit e Silver Spur.

A mulher que serviu de modelo para a decoração de radiador, não pode apreciar seu sucesso. Eleanor Thornton perdeu sua vida quando, em 30 de dezembro de 1915, no SS Persia, em passagem pela Índia. Esse navio foi torpedeado por um submarino alemão. Ela estava "acompanhado" o Lord Montagu que tinha sido posto pelo governo inglês, para assumir o comando de uma posição na Índia. Acreditou-se que ele, também, estivesse morto, but... ele sobreviveu e foi salvo mais tarde por outro navio (ele ficou sob escombros durante 32 horas - ficou sob cuidados médicos na Ilha de Malta). Em seu retorno a Inglaterra ele leu o obituary no jornal (Time), sobre seu próprio falecimento, escrito por Lord Northcliffe!!! Lady Cecil morre em 1919, e no ano seguinte o Lord Montagu casa-se com Pearl Crake no sul da França.

Se eu encontrasse um Bulldog, eu colocaria no meu MGTD... como do carro do comandante do filme A Batalha da Gran Bretanha.

Ou... eu colocaria, também, um Spitfire...

Vamos a outros mascotes...

Durante os anos 1930 e 1950 (há inúmeros mascotes dos anos 20 e até antes), os mascotes de carros eram muito populares entre os fabricantes de automóveis. O conceito mascote de carro começou com os medidores de temperatura do carro, colocados nos radiadores externos. Depois que estes medidores passaram a ser obsoletos, surgiu uma oportunidade das montadoras mostrarem de forma diferente suas marcas, através de logotipo ou logomarca estilizada, ou fazer referência a velocidade ou outra intenção dominante na época.

Todos esses mascotes foram geralmente fabricados em latão, zinco ou bronze e depois que eles foram revestidos com cromo, níquel ou prata se tornando mais atraente e interessante para os espectadores. Estes enfeites foram utilizadas especialmente em carros de luxo e tornou-se - hoje em dia - em impressionantes obras de arte.

LaSalle - 1932

Na década de 1930 os mascotes de carros tinha formas diferentes. Uma dessas formas era a deusa que era um motivo popular que poderia ser admirado no Cadillac, Buick, DeSoto, Packard, Plymouth, Graham, Oldsmobile ou Studebaker. Mas outras figuras mitológicas também foram utilizadas como o Griffin utilizado pela Gardner, o Gryphon colocado sobre os carros Chevrolet ou o Pegasus montados no Duesenburg.

Junto com os mascotes de formas mitológicas, os animais também foram muito populares. Então, você poderia ficar impressionado com os Leões colocados no carros Peugeot, o Corvo-marinho que foi usado pela Packard enquanto a Ford poderia ser distinguida por causa de seu mascote Codorna em pleno vôo. A Cegonha foi usada em diferentes versões por Hispano Suiza, Morgan e Fonck e a Águia tornou-se um motivo popular para o Oakland, Marmon e carros Chevrolet.

Mas inclui-se, também, objetos inanimados como uma vela para o Talbot, ou uma lua crescente, ou uma coroa para o Briscoe, ou um capacete de mergulho para a Dagmar e as marcas Checker. Algumas das marcas de carros mais populares, como o Studebaker, Pierce-Arrow, Austin ou Chevrolet usaram a roda alada como mascote clássico, um motivo que sobrevive até hoje sobre esses carros clássicos e pode ser admirado em todos os leilões de carros clássicos ou show.