Bentley
Tem um texto muito interessante, feito pelo Luís Felipe Figueiredo, disposto no site WebMotors (http://www.webmotors.com.br), que dá um ótimo resumo da história do Bentley. Vale a pena reproduzir na integra - mesclando com algumas fotos colocadas agora - tal saga:
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Bentley Boys
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O núcleo central dos Bentley Boys seria consolidado nos anos seguintes por Dr. Dudley Benjafield (“Benjy”, um médico bacteriologista), Clement, Bertie Kensington Moir e Sammy Davies, editor de esporte da centenária revista inglesa Autocar.
A esse grupo juntou-se Woolf Barnato, rico explorador de diamantes na África do Sul. Na verdade, as corridas eram a segunda atividade de Barnato na fábrica inglesa. Em 1926 a Bentley atravessava intensas dificuldades financeiras e W.O. – que, a despeito de ser um ótimo engenheiro, era mau administrador – vendeu parte da companhia a Barnato, que assumiu maioria acionária e a presidência. O fundador permaneceu como diretor administrativo.
Novos modelos
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W.O. gostava da frase “there’s no replacement for displacement”, algo como “não há substituto para cilindrada”. Em 1925, anunciaria o lançamento de um novo carro: o 6 ½-Litre. Bentley fez modificações no bloco anterior e transformou-o em um 6-cilindros, mantendo as 4 válvulas com comando no cabeçote. Esse motor tinha 6.597 cm³ de cilindrada, ou quase 1,1 litro por cilindro! Sua potência chegava a mais de 200 cv, e o 6 ½-Litre destacava-se pela gama de opções de entreeixos oferecida, indo de 3.353 mm a 3.873 mm – enorme se comparado aos carros de hoje; o novo Civic, por exemplo, tem 2.700 mm. Uma versão esportiva viria em 1928, o Speed Six, que se tornaria o Bentley de maior sucesso nas pistas de corrida, com Barnato ao volante.
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Então surge outro “Bentley Boy”, o inglês Henry “Tim” Birkin, tido como um dos melhores pilotos da Inglaterra até hoje. Foi, também, tão intenso quanto a própria Bentley. W.O. Bentley teria dito certa vez que Birkin “viveu fora das pistas com a mesma gana que mostrava em uma corrida. A vida nunca era monótona com Tim por perto, especialmente graças à quantidade e à variedade de namoradas que ele tinha”.
Blower Bentley
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
Mas a velocidade dos Bentley, especialmente do “Blower” de Birkin, surpreendeu a equipe alemã. Forçado a acompanhar o ritmo intenso dos ingleses, Caracciola acabou por quebrar a embreagem de seu carro. Barnato venceria novamente com o Speed Six, tendo ao seu lado Glen Kidston, um oficial da marinha tido como “tão aventureiro, destemido e durão quanto Birkin”. Dos três Blowers inscritos na prova, um não largou e os dois outros quebraram.
Depois da vitória, a Bentley anunciou sua retirada das pistas. Barnato se aposentou. Birkin morreria em 1933, possivelmente de malária, depois do Grande Prêmio de Tripoli. Até falecer viu serem feitas apenas 55 unidades do Blower Bentley, descontinuado em 1930.

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A fábrica permaneceu sob o comando da Rolls até 1998, quando ambas foram compradas pela Volkswagen – numa manobra comercial em que venceu a BMW, que fornecia motores para as marcas e detinha a licença de uso da marca Rolls-Royce. As alemãs entrariam em acordo e, a partir de 2002, a VW ficou com a Bentley, entregando a Rolls à BMW.
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Luis Cezar
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