Ferrari 375 MM e 340 Mexico
O Conceito de Velocidade e Competição
Revendo as provas da Carrera Panamericana, depara-se com dois modelos de Ferrari a 375 MM (spyder e a coupe - MM quer dizer Mille Miglia), e a 340 Mexico (tem outros modelos da 340 chamada de America). Eu prefiro o modelo Berlineta. O desenho da 375 não é tão arrojado como o da 340, mas foram carros fantásticos (note, que eu particularmente não gosto de Ferrari, mas nestas duas formas eles acertaram a mão). Os dois modelos foram feitos para competir com Lancia, Alfa Romeo, Cunningham e Jaguar, marcas que dominaram os anos 50.
Na verdade a 375 inspirou a 340 e os motores eram V12 desenhados pelo mítico Aurelio Lampredi (que substituiu outro projetista de motor o Gioacchino Colombo), aquele dos primeiros motores para F1 do time da Ferrari. Tanto a 375 como a 340 receberam os motores de 4.522cc que já não rendiam muito na F1, para correr provas como a Mille Miglia, Targa Florio, Le Mans e Carrera Panamericana. Uma 375 ganha a Mille Miglia de 53 com Giannino Marzotto e Marco Crosara (era a famosa Vignale Spyder). Corriam, também, com carros chamados de hibridos, ou seja, uma mistura de 340 com 375, como no caso de Le Mans (o problema eram os freios pobres, diante da tecnologia aplicada aos freios a disco do Jaguar C-Type).
Foram feitos 26 modelos de 375 MM, na sua grande e esmagadora maioria feita pela Pinin Farina, em menor número as coupes. Outras unidades feitas pela Ghia e Scaglietti, e algumas poucas Spyders eram feitas pela Vignale. Deste total 5 carros foram separados para serem vendidos a clientes especiais da Ferrari (apesar de 3 destes carros foram anteriormente utilizados, como carros de corrida - remontados no mesmo chassis e vendido como carro novo). A 375 MM, depois foi denominada 375 Plus equipada com um motor maior, para ganhar Le Mans. O motor tinha o número-tipo 102 ou 108, desenhado pelo Lampredi. Era um V12, com 4.522cc o tipo 108 e 4.494cc o tipo 102, ambos com compressão 9.0:1. 2 Magnetos para ignição, com 3 carburadores 40 IF 4/C ou 42 DCZ, totalizando 340Bhp a 7000rpm.
Pelo Register da Ferrari, temos as seguintes informações da 375 MM, pelo Chassis:
0286AM, nasceu 340MM Spyder feita pela Vignale. Era Ferrari works, que depois levou motor e especificação da 375 Plus. Estreiou no GP Senigallia pilotada pelo Luigi Villoresi e quebrou. 21 dias depois, ganhou os 1000km de Nuerburgring com o Alberto Ascari e o Giuseppe Farina. Foi vendida para Luigi Chinetti que a inscreveu na Carrera Panamericana de 1953, pilotada por ele e por Alfonso de Portago (não terminaram). Foi vendida no final da corrida para o mexicano Carlos Braniff. O Phil Hill correu com esse carro em seguida. Ele (Hill), correu com ela na Carrera Panamericana de 54, com Richie Ginther. Em 55 o Carroll Shelby, ganhou algumas provas com ela. Sua vida de corridas foi até 1957, fazendo parte hoje da coleção do Bruce McCaw. Falem a verdade coleção é isso. Basta ter somente esse carro que já vale a pena. Notaram os pilotos que suaram na frente do volante?!
Carrera Panamericana de 1953 - Acidente fatal com Stagnoli e Scotuzzi.
0318AM, nasceu 340 MM Pinin Farina Berlinetta e era works da Scuderia Ferrari. Antes de correr as 24 Horas de Le Mans, ela passou por um upgraded de 375 MM. Nunca passou das 10 horas nas mãos do Ascari e do Villoresi. Na Carrera Panamericana, Stagnoli e Scotuzzi morreram após um acidente, gerado por um furo no pneu.
0320AM, nasceu 340 MM Pinin Farina Berlinetta e era works da Scuderia Ferrari. Correu em Le Mans ainda com a planta da 340 MM - Mike Hawthorn e Giuseppe Farina sairam na décima volta, por ploblemas no freio. Em 53 corre as 24 Horas de Spa, não chega no final. Senigallia não termina as 12 Horas de Pescara. Vários pilotos andaram nela, como o Ascari, Villoresi, Hawthorn, Maglioli, Ricci, Salvati. Na Carrera Panamericana Maglioli ganha no Circuito de Guadalupe.
0322AM, nasceu 340 MM Pinin Farina Berlinetta, e era works Scuderia Ferrari. Giannino e Paolo Marzotto terminaram em quinto Le Mans, Umberto Maglioli e Piero Carini, foram desqualificados em Reims. Em julho de 53, colocam um motor e passam para especificação da 375 MM. Com o motorzão, Mike Hawthorn e Giuseppe Carini ganham as 12 Horas de Spa e Palolo Marzotto ganha no Circuito de Senigallia. Não termina as 12 Horas de Pescara e os Mil kms de Nuerburgring. Terminam em quarto a Carrera Panamericana com Guido Mancini e Fabrizio Serena di Laprigio. Hoje esse carro está numa coleção particular e foi vendida em 2007 por 4.2 milhões de Euros em leilão.
Todos os carros abaixo são verdadeiros 375 MM:
0358AM, nasceu Pinin Farina Berlinetta. Foi vendido inicialmente para Franco Cornacchia - Scuderia Guastall, de Milão. Em 53 participa da Carrera Panamericana tendo no cockpit Umberto Maglioli e Nino Cassini - perdeu uma roda nesta prova. Foi vendida para o argentino Carlo Bonimi, que inscreveu em 54 novamente o carro na Carrera Panamericana, "quebrando" no primeiro estágio (nunca confessaram que o carro havia quebrado - se retiraram, mas os mexicanos dizem que o carro quebrou, outros, dizem que piloto e co-piloto brigaram). Dois meses depois Carlo Bonomi e Castro Cranwell correm com esse carro numa nova pintura. Correu os 1000kms de Buenos Aires e foi vendida. Onde ela está? O motor foi descoberto por Bob Des Maries em 1988.
0360AM, foi a primeira 375 MM Pinin Farina Spyder e foi vendida para Piero Scotti, de Florença. Em 53 Scotti ganha as 12 Horas de Casablanca e ficou com ele até 1955 correndo, correndo, correndo...
0362AM, era uma Pini Farina Spyder vendida para o Tony Parravano de Los Angeles. Ele e o McAffe ganharam uma prova no Golden Gaze Park, e nas mãos de Chris Drake este carro ganha a corrida em Palm Springs. Pega fogo na traseira nas 12 Horas de Sebring, e sofre desastre um ano depois. O chassis é reaproveitado com uma carroceria nova de fibra e colocaram um novo motor de 4.2 litros da Maserati. MASERATI!!! Coisa de norte-americano. Porque já não colocou um V8 Big Block? O Dan Gurney e o Skip Hudson, correram com esse carro na nova reformulação.
0364AM, era uma Pinin Farina Spyder vendida para o Jim Kimberly. Tinha a carroceria bem mudada e um sistema de refrigeração e freios reformulados. Em 54 o Jim ganha o título de piloto número 1 da América, vencendo 17 das 20 corridas (precisa verificar contra que carros esta Ferrari corria). Rich Leyeth a adquiriu mais tarde e continuou nas pista até o final de 59.
0366AM, outra Pinin Farina Spyder vendia para o português Casimiro de Oliveira, que correu as 12 Horas de Casablanca e ganhou as 9 horas de Hedemora na Suécia e terminou em sétimo no GP da Suécia. Não terminou os GPs de Portugal e do Porto, sofrendo um acidente. Voltou para a fábrica e foi reencarroçada pelo Scagilietti, voltando a correr na Suécia, e lá pegou fogo. Voltou para Itália para os devidos reparos e... adivinhem só: retornou para a Suécia.
0368AM, era uma Pinin Farina Berlinetta pintada em Max Meyer light gray, entregue ao SEFAC e vendida aos EUA nos anos 70, voltando para a Europa fazendo parte da coleção Bardinon (Mas du Clos), pintada de azul escuro metálico.
0370AM, era uma Pinin Farina Spyder, saindo da fábrica em janeiro de 54, ganhando logo de cara os 1000 Kms da Argentina com o Giuseppe Farina e Umberto Maglioli (carro inscrito pela Scuderia Ferrari). Foi vendido para Masten Gregory depois de um acidente num treino em Pebble Beach (voltou para a fábrica para reparos). O time Masten Gregory ganha várias corridas nos EUA e Europa (Dale Duncan também pilota e ganha com esse carro). Teve uma vida de corridas longa - durou até o final dos anos 60. A 0372AM serviu para abastecer de peças esse carro, e no final dos anos 90 passa por uma nova cirurgia e volta a ser a original do chassis 0370AM.
Watkins Glen GP de 1957
0372AM, era uma Pinin Farina Spyder vendida para o Briggs Cunningham. Vocês acham que ele não ia modificar o carro? Sim, modificou e muito. Cunningham terminou em sexto em Watkins Glen e com Sherwood Johnston, seu novo proprietário, ganhou várias corridinhas nos EUA.
0374AM, era Pinin Farina Spyder vendida para o argentino José Maria Ibanez. Batia toda a hora. Só braço duro pilotava essa Ferrari - coitada - acabou numa árvore.
0376AM, era Pinin Farina Spyder vendida para Erwin Goldschmidt, ganha duas corridas e passa para 375 Plus, carro esse que correu a Carrera Panamericana, com o Umberto Maglioli. Esse carro foi mostrato no New York Auto Show. John Shakespeare e em 54 fica em sexto na Carrera Panamericana. Shakespear e John Kilborn correm com essa Ferrari até o final dos anos 60 nos EUA. Ah... o Howard Hively ganha em 56 a Road America em Elkhart Lake.
0378AM, Pinin Farina Berlinetta foi vendida para Max Wax Vitale em Genova.
0380AM, Pinin Farina Berlinetta, foi para o Salão de Genova, sendo seu primeiro dono Conte Innocente Baggio, que correu a Mille Miglia e Le Mans. Em 1960 encerrou sua curta carreira de corrida. Em 1996, foi vendida para Roger Wheeler.
0382AM, Pinin Farina Spyder, vendida em 54. Bill Spear ganhou algumas corridas antes de vender para Duncan Black. Esse carro correu até 58 com sucesso.
0402AM, nasceu Pinin Farina Spyder foi vendida para o cineasta Roberto Rossellini, que deu de presente para sua mulher, mas antes fez outra carroceria com o Scaglietti, transformando em Coupe. Ficou lindo.
0412AM, Pinin Farina Spyder - outro carro ligado ao cinema: vendido originalmente para o romano Piero Palmieri, que o revendeu ao ator Willian Holden.
0416AM, Pinin Farina Berlinetta - outro carro ligado ao cinema: vendido o romano Tommaso Sebastiani apareceu no filme La Fortuna di Essere Donna, estrelando Sophia Loren e Marcello Mastroianni.
0450AM, nasceu Pinin Farina Spyder, e foi vendida para Kaiser Bao Dai, que depois fez nova carroceria com o Scaglietti, tranformando numa Berlinetta com o corpo TdF.
0456AM, era uma 375MM Pinin Farina Speciale Coupe (chamada também de Bergman Coupe) - outro vez o cinema por aqui. O roberto Rosselini deu para sua mulher Ingrid Bergman - deu é modo de falar - nunca foi entregue e serviu de modelo e estudo para ser feito, depois de 10 anos a 275 GTB.
0460AM foi encomendada por Williamine Day na cor amarela (amarela - era a primeira), com interior verde (coisa de brasileiro ou australiano). Era uma 374MM Pinin Farina Spyder. Ainda sua familia no estado de Nevada a possui.
0472AM foi encomendada pelo californiano Alfred Ducato - era uma Pinin Farina Berlinetta.
0490AM era uma 375MM Pinin Farina Berlinetta Speciale e foi apresentada no Salão de Turim de 1955.
Produção
Ghia Coupe | 1 | 0476AM |
Pinin Farina Berlinetta | 9 | 0318AM, 0320AM, 0322AM, 0358AM, 0368AM, 0378AM, 0380AM, 0416AM, 0472AM |
Pinin Farina Berlinetta Speciale | 2 | 0456AM, 0490AM |
Pinin Farina Spyder | 12 | 0360AM, 0362AM, 0364AM, 0366AM, 0370AM, 0372AM, 0374AM, 0376AM, 0382AM, 0412AM, 0450AM, 0460AM |
Vignale Spyder | 1 | 0286AM |
Scaglietti Berlinetta | 1 | 0402AM |
Total | 26 |
Resultado em Corridas 375MM
Anos de atividade: | 1953-1961 |
Número de corridas: | 124 (incluindo uma corrida que não largou) |
Total de inscrições: | 187 (140 terminaram e 37 foram retiradas) |
Vitórias: | 50 | na Classe | 9 |
Segundo lugar: | 25 | entre os top 3 | 1 |
Terceiro lugar: | 15 | corridas que terminaram em podium | 78 |
Melhor resultado: | 1st (50 vezes) | pole positions | 4 |
Pilotos utilizados mais frequentemente: | Jim Kimberly (18), Duncan Black (17), Richard Lyeth (12), Carlos Najurieta (10), Piero Scotti (10), Umberto Maglioli (9), William Spear (9), Dale Duncan (8), Masten Gregory (8), John Kilborn (8), Sherwood Johnston (8), Enrique Saenz Valiente (6) |
Chassis mais usados: | 0364AM [375MM] (30), 0382AM [375MM] (24), 0374AM [375MM] (18), 0370AM [375MM] (17), 0372AM [375MM] (15), 0362AM [375MM] (14), 0376AM [375MM] (13), 0286AM [340MM] (11), 0360AM [375MM] (10), 0366AM [375MM] (7), 0322AM [340MM] (6) |
Pistas mais usadas: | Windsor Airfield (16), Buenos Aires (15), Carrera Panamericana (8), Road America (7), Virginia (7), Watkins Glen (7), Lawrenceville (6), Kansas City (4), Cumberland (4), March (4), NeOhio (4), Sebring (4), Spa (4), Thompson (4), Dodge City (3) |
Países em que correu: | USA (97), RA (20), BS (18), I (13), MEX (10), F (5), B (4), P (4), S (3), D (3), MA (3), GB (2) |
Resultado em Corridas 375 MM Spyder
Informações Gerais:
Anos de atividade: | 1954, 1957 |
Número de corridas: | 5 (incluindo 1 corrida que não largou) |
Total de inscrições: | 7 (4 terminaram) |
Vitórias: | 1 | ||
Segundo lugar: | 0 | ||
Terceiro lugar: | 0 | ||
Pilotos mais frequentes: | Richard Lyeth (4), Duncan Black (2), William Spear (1) |
Chassis mais usados: | 0364AM [375MM] (4), 0382AM [375MM] (3) |
Pistas mais usadas: | Virginia (5), Watkins Glen (1), Andrews (1) |
País em que correu: | USA (7) |
Resultado em Corridas 375 MM Barquetta
Informações Gerais:
Ano de atividade: | 1953 |
Número de corridas: | 5 (incluindo 1 que não largou) |
Total de inscrições: | 7 (terminou em 5 e em 1 foi retirado) |
Vitórias: | 2 | ||
Segundo lugar: | 0 | ||
Terceiro lugar: | 0 | corridas que terminaram em podium | 2 |
Melhor resultado: | 1st (2x) | Pole positions | 2 |
Pilotos mais frequentes: | Umberto Maglioli (3), Mike Hawthorn (3), Alberto Ascari (2), Luigi Villoresi (2), Giuseppe Farina (1), Forese Salviati (1), Guido Mancini (1), Fabrizio Serena di Lapigio (1), Piero Carini (1), Mario Ricci (1) |
Chassis mais utilizados: | 0322AM [340MM] (4), 0320AM [340MM] (3) |
Corridas mais frequentes: | Carrera Panamericana (2), Spa (2), Reims (1), Pescara (1), Nürburgring (1) |
Países em que esteve: | B (2), MEX (2), I (1), F (1), D (1) |
Resultado em Corridas 375 Plus (não é MM)
Informações Gerais:
Anos de atividades: | 1954-1961 |
Número de corridas: | 85 (incluindo 5 corridas que não largou) |
Total de inscrições: | 94 (terminou em 52 e se retirou em 32) |
Vitórias: | 19 | Ganhou na classe | 5 |
Segundo lugar: | 5 | ||
Terceiro lugar: | 9 | Corridas que terminou em podium | 33 |
Melhor resultado: | 1st (19x) | Pole positions | 1 |
Pilotos mais frequentes: | George Reed (14), Dan Gurney (14), Enrique Saenz Valiente (11), Jack McAfee (8), Howard Hively (8), Bob Drake (7), Jim Kimberly (6), Umberto Maglioli (4), Erwin Goldschmidt (4), Giuseppe Farina (3), Froilan Gonzalez (2) |
Chassis mais usados: | 0478AM [375MM] (31), 0392AM [375] (21), 0384AM [375] (18), 0398TF [375] (12), 0396AM [375] (9), 0386AM [375] (3) |
Pistas mais frequentes: | Windsor Airfield (9), Oakes Field (8), Pomona (8), Riverside (7), Santa Barbara (6), Buenos Aires (6), Mille Miglia (4), Palm Springs (4), Road America (3), Le Mans (3), Fort Pierce (2) |
Países em que esteve: | USA (50), BS (17), RA (12), I (5), F (3), C (2), MEX (2), SN (1), MA (1), GB (1) |
Resultado em Corridas 375 Plus Pin Farina (não é MM)
Informações Gerais:
Ano de atividade: | 1954 |
Total de corridas: | 1 |
Total de inscrições: | 1 chassis 0392AM |
Vitórias: | 1 com Umberto Maglioli | - Carrera Panamericana | |
Mais fotos...
Umberto Maglioli na sua Ferrari 375 Plus Barchetta
E a 340 Mexico?
Foi outra grande Ferrari, que deu muito trabalho para os competidores de rota, como a Mille Miglia e novamente na Carrera Panamericana. Era uma Vignale de alumínio desenhada pelo Michelotti muito, mas muito bem feita. Em novembro de 1952, na Carrera Panamericana esse modelo foi pilotada pelo campeão mundial de F1 o Guiseppe Ascari, tendo como co-piloto o Guiseppe Scotuzzi. A 340 Mexico também era equipada com um motor V12 com 4.102cc, que produzia 280 cavalos, fazendo atingir as suas 163 milhas como velocidade máxima.
Uma bela 340 Mexico ganhou a Terceira Carrera Panamericana e ganhar essa prova era sinonimo de vitória não só do carro e dos pilotos, mas da fábrica, pois, era uma rodad race com mais de 2000 milhas, onde se passava desde rodovias ao nível do mar, como rodovias em altas montanhas. Na verdade a 340 Mexico foi um carro feito pelas mãos de dois ex-Alfa Romeo = Enzo e Colombo. Era a soma de experiência, não só em casos de monopostos, mas em carros fortes de rota, para enfrentar Targa Florio, Mille Miglia, Carrera Panamericana, dentre outras provas.
Há que se ressaltar, que os V12 da Ferrari, eram bem diferentes daqueles feitos pelo mesmo Colombo para a Alfa Romeo (há uqe ressaltar, que o motor fora herdado de desenho realizado pelo ex-Ferrari Lampredi).
A primeira 340 (America), teve o seu debut o Paris Auto Show, onde foi mostrada através de uma Touring Barchetta - foram produzidas apenas 23 exemplares, muito bem construídas pela Vignale, pela Touring e pela Ghia. Entre uma e outra o valor atual gira em torno de 5.5 milhões de dólares. Não confundam com a 342 America, que só foram construídas 6 unidades - a 342 surgiu no meio de mudança de regras e de uma grande confusão ocorrida na Ferrari em 1951 (inclusive com a saída de Lumpredi). A 340 Mexico era uma verdadeira Ferrari de corrida, nascida para isso, principalmente, as 4 unidades construídas para participar da Carrera Panamericana de 1952 (esses carros tinham 280Hp e tinham uma versão do motor desenhado pelo Lampredi). Em 1953 a Ferrari introduz a 340 MM, com um motor long-block Lampredi de 300Hp. O sucesso em 1951 na Carrera Panamericana convenceu o Enzo a criar esse carro e construir 4 unidades pela Vignale (3 Berlinettas: 0222AT, 0224AT e 0226AT; mais uma Spyder 0228AT), com uma curiosidade: câmbio de 5 marchas e 4 carburadores duplos. Vamos as 4 Mexico:
Gigi Villoresi - Franco Cornacchia
Phil Hill - Richie Ginther
0222AT era uma Vignale Berlinetta entregue a Allen Guiberson, Dallas-USA, via Chinetti. Participou da Carrera Panamericana duas vezes - em 1952 com Gigi Villoresi e Franco Cornacchia (não terminaram), e em 1953 com Phill Hill e Richie Ginther.
Luigi Chinetti e Jean Lucas
0223AT era uma Vignale Berlinetta entregue a Franco Cornacchia, Milão-Itália. Pargicipou da Carrera Panamericana de 1952, com a dupla Luigi Chinetti e Jean Lucas, terminando em terceiro. Em 53 participou das 12 Horas de Reims e das 12 Horas de Pescara, ambas com Eugenio Castellotti, Luigi Chinetti e Giovanni Bracco.
0226AT era uma Vignale Berlinetta, que participou da Carrera Panamericana de 1952, com Alberto Ascari e Scottuzzi.
0228AT era uma Vignale Spyder, vendida a Bill Spear de Westport-USA. Spyder azul com o capô em branco. Correu em várias provas com um relativo sucesso.
Algumas fotos a mais:
Nenhum comentário:
Postar um comentário