Historic Rallye - The most essential item of equipment is a sense of humour!

23.10.06

Run Down to Angra

Rallye de Angra dos Reis

Capa do livro de bordo - Chico Land vencendo com seu MG TC
Circuito Praça Paris - RJ - 1948


Foi o máximo o evento organizado pelo MG Club do Brasil, com um rallye saindo de São Paulo, e terminando na bela região de Angra dos Reis. A sede do rallye ficou localizada no maravilhoso hotel Portobello Resort. O "sol a pino" só surgiou no domingo, mas o mormaço e a fina garoa não atrapalharam de forma alguma o evento. Pelo contrário, deram um charme ao rallye de carros clássicos e históricos. Este foi um rallye que chamamos de soft na parte técnica - ou seja, sem muitos trechos cronometrados. Trata-se de um rallye festivo, com o fito de reunir as famílias e amigos, para um encontro inesquecível.
No primeiro dia foi realizado um Raid até a cidade de Paraty. Grande parte do trajeto foi muito tranqüilo - percorreu-se toda a Rodovia Ayrton Senna (e parte da Carvalho Pinto), pegando apenas 3 kms de Rodovia Dutra, e seguindo por toda a Rodovia Oswando Cruz. Todas estas estradas estão em excelente estado de conservação e restauro.

Contudo, o divertimento ficou para os 9 kms de descida da Serra Taubaté-Ubatuba, com seu famoso sistema de hairpin curve. Fantástico! Esta serra corta a mata atlântica com uma inclinação a 45º e em certos trechos a inclinação é maior ainda. Não há acostamento (apenas 3 trechos para estacionamento de dois carros). Problemas nos freios eram inevitáveis (não por falta de aviso).

Depois desta verdadeira aventura, entramos na bela Rodovia Rio-Santos, em direção ao Rio de Janeiro (tendo ao nosso lado esquerdo o mar e praias), onde fomos recepcionados em Paraty, com um charmoso almoço, na sede do Iate-Clube (Marina Porto-Imperial). Frutas tropicais, os mais variados tipos de pães, frios, carnes, queijos e sucos foram servidos, tendo como paisagem veleiros e iates. Neste ponto, alguns competidores cariocas se agruparam ao rallye. Nova partida ocorreu, deste local até o Resort. Lá fomos muito bem recepcionados, e antes do maravilhoso jantar, teve um drink de boas-vindas.
No dia seguinte os times, já descansados, partiram para outra etapa. O roteiro era percorrer parte da bela rodovia Rio-Santos, e subir a histórica Serra de Lídice. No meio da serra, começou uma fina garoa, oriunda de uma espessa neblina que vinha logo a seguir, quando atingimos o alto da serra e passamos pelos famosos túneis escavados (a mão) na rocha. Ambiente mais propício para um rallye histórico impossível. Demos uma parada técnica num posto de combustível, onde se faz no seu restaurante, um dos melhores pastéis da região. Este posto, fica numa localização privilegiada - ao lado de um rio e sua respectiva cachoeira.
Seguimos por uma estradinha sinuosa, passando por várias propriedades rurais, até atingir o entrocamento para a cidade histórica de Bananal (no Estado de São Paulo) e Volta Redonda (Estado do Rio de Janeiro). Descemos pelo mesmo caminho e neste momento, pegamos uma serração mais forte ainda no topo da serra. Apenas a título de informação antes-durante-depois dos 3 túneis, o piso era de paralelepípedo (portanto, escorregadio). Dentro dos túneis não havia iluminação, e parecia que pouco adiantava ligar nossos faróis! Aliás, vários trechos desta serra, foram também, escavados na rocha.
Seguimos por uma estradinha sinuosa, passando por várias propriedades rurais, até atingir o entroncamento para a cidade histórica de Bananal (no Estado de São Paulo) e Volta Redonda (Estado do Rio de Janeiro). Descemos pelo mesmo caminho e neste momento, pegamos uma serração mais forte ainda no topo da serra. Apenas a título de informação antes-durante-depois dos 3 túmeis, o piso era de paralelepípedo (portanto, escorregadio). Dentro dos túneis não havia iluminação, e parecia que pouco adiantava ligar nossos faróis! Aliás, vários trechos desta serra, foram também, escavados na rocha.
O destaque do rallye ficou em 2 carros:

Um Ford 1929 pilotado pelo jovem Murad e navegado pelo assustado Maxel. Este carro original, não quebrou uma única vez. E ainda chegou a São Paulo na volta sem qualquer quebra. Ou seja, andou 1.355kms numa boa. Quem não gostou muito, foi o caminhão-prancha de apoio do rallye, que ia atrás dele - ou seja, na velocidade do Ford.

O outro destaque ficou para o Puma DKW, pilotado pelo Leke e navegado pelo Quevedo. Eles percorreram 1.100kms de Porto Alegre até São Paulo, depois, fizeram um rallye (ida e volta do rallye, saindo de São Paulo e voltando a São Paulo + 1.100kms + 250kms de prova no segundo dia), e depois eles voltaram rodando até Porto Alegre (+ 1.100kms). Ou seja, rodaram no mínimo 3.550kms!!! Sem quebra. Levaram o prêmio do carro que veio de mais longe rodando (um livro sobre a história do DKW, mais um DVD com imagens raras de várias corridas de carreteras, realizadas nas décadas de 50/60). Ganharam, também, o rallye! A prova que gaúcho é macho, foi comprovada.

Acompanhando o Puma DKW do Leke, veio rodando de Porto Alegre outro Puma (GTB), pilotado pelo Rogério Franz e a Livia (que ganharam no sorteio, um final de semana no Resort). Estes gaúchos, estavam com sorte e demonstraram competência. Lembrete: todos são sócios do Classic Car Clube do Rio Grande do Sul - e ralizeiros do primeiro time!

Da mesma cidade veio a família gaúcha mais simpática dos pampas, formada pelo Rosário Veppo, Rosangela e sua filha Paola (eu afirmei que era uma família simpática, mas, também, é uma família "má", pois, teve a coragem de colocar a filha de 18 anos, no banco de trás, de uma Alfa-Romeo GTV/74 - e fazer um rallye de 1.350kms)!!!

No jantar de premiação foram entregues os troféus do campeonato de 2005 (para quem estava presente). Os troféus deste rallye, dos times do 1º ao 10º, foram confeccionados no molde original do Premio Victor, ofertado nos anos 50/60 aos pilotos brasileiros. Cada participante foi agraciado com um prêmio de participação. O tema do jantar era: "Frutos do Mar" - Divino. Enquanto os times e convidados se deliciavam com a comida e contavam mentiras, passava-se num telão instalado, imagens e filmes de rallyes anteriores realizados pelo MG Club do Brasil.

No dia seguinte era dia do GP de F1, e muitos acordaram cedo para assistir a corrida em São Paulo, enquanto outros aproveitaram o dia de sol, para curtir a praia e visitar em "safari", os animais que o Resort possui em seus domínios (no sábado eu estive visitando este local, que é belíssimo, com o Kaiko, Paola, Willian, Maxel, Mario e Eilleen, Rogério e Livia. Com exceção do Maxel que ia com o motorista, todos estavam acomodados na parte traseira do um Land Rover 110 (sem amortecedor).

O Willian que é um naturalista, parecia que estava no Jurasic Park. Agradava os animais (de pequeno porte), etc. Nesta foto ele aparece com este animal que tem o nome de Boby. Este afago durou pouco, diante de outro animal... Lá tem um dromedário (nome vulgar do mamífero ruminante, que se chama: Camelus dromedarius, de pescoço curto e uma só corcova).
Este "ser" gosta do contato humano, por assim dizer. Sabendo disso eu havia combinado anteriormente com o motorista, para contar uma "história" para a turma. Ele disse que: de todos os animais que lá "residem", o mais bravo não era um dos jacarés ou búfalos, mas sim um dromedário que não gosta da cor verde (o Willian estava com um casaco da Jaguar, nesta cor). Ele na hora não atinou. Pois, não é que quando este dromedário chega perto do Land, vai em cima do William, e este se projeta sobre todos que estão na traseira e interior do veículo (sem amortecedor). A gritaria e o alvoroço foram imensos (o Land quase capota sozinho). O dromedário, punha o palato para fora, fazia um som estranho, parecido com o do leão marinho, e babava algo que provocava nojo e asco. O pior não reside no fato da covardia que assolou a parte de trás do Land Rover, mas isolou-se no fato deste ente nojento, colocar toda a cabeça na parte da frente do dito veículo e babar em todo o peito e cabelo do Maxel. Ao final da aventura, este rapaz, parecia estar coberto por uma espécie de ectoplasma (URGG...)!
Quem não foi - perdeu. Muitos times não puderam ir, pois, estavam comprometidos em assistir a prova de F1 em Interlagos - prova essa histórica, pois, era a despedida do Dik Vigarista do alemão, e da decisão do campeonato de 2006 (esta prova, teve a vitória do Massinha). Resultado para o rallye: 22 carros não puderam comparecer. Dos 32 inscritos, o Pamos não compareceu com sua Ferrari, o Carlos só compareceu com a Alfa-Romeo no sábado, o Américo não pode vir com o Jaguar E-Type, porque os pneus não chegaram, o filho do Renato, não pode vir com a Corvette; o Luiz Pereira Bueno e o jornalista da 4Rodas Classic, não puderem vir; o Gerolamo, teve quebra do seu Jaguar antes da largada; o Antunes entrou em pânico e o Cesar nem deu o ar da graça, como fizeram alguns cariocas.















A classificação final ficou assim:
1    6 LEKE/QUEVEDO         B  (25) 110
2 10 FLAVIO/ANGELA A (20) 162

3 23 LOTT/OTTO A (16) 175
4 28 LUIS/CELIA A (13) 188
5 3 EDUARDO/FERNANDO A (11) 200
6 8 ROGERIO/LIVIA A (10) 216
7 20 HALLE/GUEDES A ( 9) 233
8 2 MARRANGHELLO/ANTONIO A ( 8) 234
9 19 CORAZZA/EUGENIO A ( 7) 235
10 16 PAULO/LUCILA A ( 6) 322

11 22 EMANUEL/EUGENIA A ( 5) 332
12 26 VEPPO/ROSANGELA A ( 4) 356
13 17 EDUARDO/WILLIAN A ( 3) 363
14 14 LUIZ FELIPE A ( 2) 442
15 29 WALTER/CIDA A ( 1) 498
16 27 FRANCISCO/BEATRIZ A ( 0) 527
17 30 ALFREDO/MARINA A ( 0) 531
18 21 REGINA/ROBERTO A ( 0) 682
19 38 FLAVIO/WANIA A ( 0) 5168
20 7 MURAD/MAXEL B ( 0) 5615

HC
1 MARIO/EILLEN A ( 0) 9329
Algumas fotos (irei acrescentar outras, quando me enviarem):
































































































































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