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19.1.09

Volvo Amazon

Volvo Amazon
A Fortaleza Viking
(republicação)


O Volvo denominado de Amazon, sucedeu o modelo PV 544, sendo produzido de 1957 à 1970 (Produção total deste modelo: 359.918 unidades). Apesar do motor (base do MGA), carburadores (2 SU HS6), freio, embreagem e sistema de arrefecimento serem ingleses, os suecos tiveram o bom senso de utilizar a parte elétrica da Bosch e não Lucas (já as lâmpadas e estruturas de faróis, inclusive as lanternas, são Hella). A carroçaria é feita com o mesmo aço que eram feitas as famosas tesouras suecas e alemãs. Para minimizar eventuais choques: Vidro dianteiro era laminado; barra de direção que se reparte em duas, volante que se dobra, painel acolchoado, além de ter sido o primeiro carro a desenvolver e criar o primeiro cinto de segurança de 3 pontas (utilizado a partir de 1959). Bancos anatômicos com regulagem lombar; barras estabilizadoras reforçadas e alavanca de freio de mão do lado esquerdo, para não tirar a mão direita do volante (posição, essa, que favoreciam as entradas nas curvas mais fechadas nos rallyes de época). Este era o padrão do Volvo Amazon.

Sikkerhet har alltid stått i høysetet hos Volvo, og trapunkts belter kom allerede i 1959.
Alguns pontos marcantes na linha de produção do Amazon:

Setembro de 1956: modelo 121, de 4 portas foi introduzido, com motor de 60bhp (B16A), em dois tons de cor.

Março de 1958: modelo 122S foi introduzido com o motor B18A (com 2 carburadores SU, 85bhp e com 4 marchas). Em agosto foi introduzido o cinto de 3 pontas.

Agosto de 1961: Novo motor B18D com 90bhp a 5.000rpm (12 volts é introduzido e se faz um upgrade da suspensão). É vendido com o novo sistema de freios a disco na frente.

Outubro de 1961: O 2 portas é introduzido.

Fevereiro de 1962: É lançada a perua 220.

Fevereiro de 1963: São produzidos no total 100.000 carros do modelo Amazon (120 series).

Agosto de 1963: É lançada a versão automática com 3 marchas (Borg Warner box).

Agosto de 1964: O modelo de 1965 é anunciado com banco ortopédico com ajuste lombar.
Agosto de 1966: O modelo 123GT é introduzido e o P1800 é lançado com 115bhp com 4 marchas (overdrive) e farol de neblina. O 121 saloon é entregue com carburador Stromberg, com 85bhp. O modelo 122 (B18D) é incrementado passando a ter 100bhp.

Agosto de 1967: A novidade é a “divided steering column designed to collapse on impact”. Vidro laminado na frente, sai nos modelos atuais.
Dezembro de 1967: A produção do 4 portas saloon é descontinuada, pois, na linha de montagem encontra-se o novo modelo 140.
Agosto de 1968: É incrementado o motor B20 (1998cc) introduzindo-se o B20A com 90bhp and o B20B com 118bhp.

Agosto de 1969: A perua é descontinuada.


Julho de 1970: Final de produção.

http://hem.bredband.net/fordonsradio/volvo%20amazon.JPG

Total individual: 4 portas saloons 234.208; 2 portas saloons 359.918; Peruas 73.197.

Total Geral do Volvo Amazon: 667.323 (mais 39.406 do modelo P 1800 Coupé e 8.077 da perua P 1800ES – este era o carro da série de 1967 “O Santo”, com o ator Roger Moore, que é considerado por alguns como “Amazon”, por levar o mesmo câmbio e motorização do 120).
Há alguma confusão quanto aos modelos da Volvo para o que se denominou: “120 series”. 4 portas saloons são designados como P120; 2 portas saloons é designado de P130 e as peruas de P220. Entretanto há badged externo onde se verifica o número "121", como, também o número "122" para o mesmo veículo. Essa numeração indicava o motor que era utilizado, por exemplo: o 121 indicava que havia um só carburador e o 122 com dois carburadores e a designação “S” era de “Sport”. Mais tarde foram chamados de 131, 132 e 133, mas o “badged” não mudara. A exceção fica com o 123GT. Para uma melhor identificação:O primeiro número: 1 = Saloon, 2 = Perua; o segundo número: 2 = 4 portas ou Perua, 3 = 2 portas saloon; o terceiro número é relativo ao motor: 1 = B16A ou B18A ou B20A; 2 = B16B ou B18B; 3 = B18B ou B20B.

É um carro - e isso eu posso comprovar, porque tenho um - que problemas mecânicos são difíceis de ocorrerem. Geralmente, para abrir o motor, deve-se percorrer algo em torno de 150,000 milhas. Têm-se dificuldade de se encontrar peças para o motor B16, diferentemente do que ocorre com os motores B18 e B20. A transmissão é muito robusta e a caixa de câmbio é quase que indestrutível. O problema reside no freio traseiro, ou melhor, a dificuldade da manutenção. Os ingleses falam que: "The drums can be extremely difficult to remove and I make it an annual event to remove the drums even if the brakes do not need servicing, just to make sure they do not become very tight."

No final dos anos 60, surgiu uma pequena empresa em Sussex (Inglaterra), chamada Ruddspeed, que modificava carros de série (hoje eles vendem o melhor kit para Austin Healey e MGB). Eles ofereciam 3 estágios de tuning. No estágio 3 um "Volvo Ruddspeed 122", andava na casa das 127mph! Nos anos 60 e 70, o Volvo Amazon fez mais sucesso nas pistas do que em rallyes, mas hoje, nos rallyes históricos, este modelo está sempre presente em quase todos os eventos, principalmente, aqueles denominados "maratona", como o Paris-Marrakesh, London-Sydney ou Monte Challenge.

Volvo Amazon, 4 x 2, 12V (Front view, left side)

Carro utilizado pela ONU, nos anos 60 na África (só Land Rover e Volvo aguentavam o tranco)

No geral o Volvo Amazon vinha com a seguinte configuração de fábrica:
Volvo Amazon (122S - Europa) (132S - EUA)

Motorização tipo B 18, com 4 cilindros e 1.78 litros
Maximum output: 115bhp SAE a 6000rpm
Maximum torque: 15.5kgm a 4000rpm
Compressão: 10.01
Carburação: 2 SU (horizontais), HS6
Radiador com capacidade para 8.5 litros (com termostato a 75º)
Sistema elétrico: 12v
Embreagem hidráulica, com 4 marchas sincronizadas a frente e uma Ré
Freios a disco na frente e de lona na traseira
Tanque com capacidade para 45 litros
Peso: 1.150kg com os líquidos
Aros e pneus: 4J com 165SR15

Velocidade máxima: 160kmph

O meu carro tem a seguinte configuração:

Ano e Modelo de fabricação deste modelo: 1967 (agosto)
Cor original deste modelo: Branca. Cor atual: Prata.
País de Origem: Suécia
Motor: 4 cilindros OHV – 1.998cc, 118bhp à 5800rpm
Compressão: 10:1
Velocidade máxima (real): 175kph (gps, 12salt.), 178kph (dinamômetro)

Preparação para Rallye (do 123 GT, que foi aplicado a este modelo B18, passando para a configuração do B20): Preparação do motor (que é baseado no motor do MGA), seguindo as normas e medidas estipuladas pela fábrica (Step 3 – Grupo II da época). Pistões e válvulas, maiores e balanceadas; comando alterado; eixo cardã balanceado; cabeçote trabalhado e rebaixado; freios com maior capacidade de frenagem (pastilhas mais duras e flexíveis utilizados em aviões); câmbio reforçado com uma relação mais otimizada entre coroa/pinhão; coletor trabalhado e agulhas de competição para o carburador, para uma maior admissão de combustível; e, filtros dos carburadores maiores (colocados nas competições, assim como os amortecedores – alemães – são substituídos por mais duros, quando a prova é em pista). Equipamentos: um relógio do Caça Russo MIG 22, para leitura de duas horas distintas e um cronômetro (usado regulamente nos anos 60, pelas equipes de rallye inglesas, mas não original – essa é a hora padrão do rallye); conta-giros (original neste modelo) e marcador dual (pressão do óleo e temperatura – não original neste modelo, mas utilizado na época), ambos da marca Smiths. Instrumentos não originais e digitais para aferição de velocidade e kilometragem, mais amperímetro e cronômetro (normal e reversível), com visores para piloto e navegador, ligados em bateria própria. Duas hastes (inglesas não originais, mas de época) com iluminação auxiliar para leitura de cronômetros, mapas e planilhas (para o navegador).

No dia da prova é utilizado uma calculadora HP científica, com programa de acompanhamento da planilha do rallye, que não é ligada a qualquer equipamento. O velocímetro e hodômetros originais, foram mantidos ligados, sendo desligado, apenas, o marcador de temperatura (todos são da marca VDO alemã, que se demonstraram altamente imprecisos, mesmo depois de aferidos pela representante da VDO no Brasil). Equipamentos externos: Rodas de aço originais e numeradas, aumentadas de 4.5 para 6.5 polegadas, recepcionando pneus maiores, mantendo-se o miolo e calotas originais; par de farol Hella 1000 Rallye (milha); par de farol Cibie-Osca Fog (neblina); um farol traseiro Lucas Fog (neblina), por exigência da FIA e RAC. Todos estes equipamentos são utilizados nos dias de hoje nos rallyes de carros clássicos e históricos e com aprovação da FIA, FIVA e organizações particulares de rallyes, tais como a HERO e a HRCR inglesas.

As duas únicas recomendações do Departamento de Competições da Volvo não seguidas (no meu carro), foi o aumento do tanque de combustível com mudança no posicionamento do bocal e o aumento do cano de escape. As modificações (não originais), são: sistema de freios e embreagem (originalmente ingleses), foram substituídos na mesma especificação técnica por equipamentos nacionais. O radiador passou a ter 11 aletas por polegada quadrada ao invés das 8 originais (sem alterar a espessura - as 4 pás metálicas originais atrás do radiador, foram substituídas por 5 pás de plástico da Volvo). Todas estas modificações estão dentro dos regulamentos e tolerância da FIVA e FIVA, além da margem de não originalidade adotada pela FBVA para concessão da placa-preta. Este meu carro e modelo em particular, são registrados na FIVA, com seu passaporte nº 020543 emitido, através da FBVA e homologado pela FIA (Historic Regularity Runs / Historic Rally Championship) sob o nº 5.012 / Grupo 1. Clubes filiados no Brasil: MG Club do Brasil e Classic Car Club-RS. Clubes filiados no Exterior: Historic Rally Car Register e Volvo Owners Club (ambos localizados no Reino Unido).

Fotos do meu Volvo:

A performance do Volvo Amazon em provas de rallyes e em pista pode ser medida com a seguinte informação:


1959 - 2º no Swedish Saloon Car Championship, com Tom Trana (S)
1960 - 1º na 1600cc class na Swedish Saloon Car Championship, com Tom Trana (S)
1961 - 1º na 1600cc class na Swedish Saloon Car Championship, com Tom Trana (S)
1961 - 1º na Swedish Ice Championship, com Tom Trana (S)
1961 - 1º no German Touring Car Champion, com Josef Maassen (D)
1962 - 2º no Tulip Rally, com Gunnar Andersson (S)
1962 - 2º no Shell 4000 Rally, Canada
1962 - 2º no Argentine Gran Premio Rally
1963 - 3º no Tulip Rally, com Gunnar Andersson (S)
1963 - class wins, 6-hour e 12-hour races de Nürburgring, com Jochen Neerpasch (D)
1963 - European Touring Car Championship, com Tom Trana (S)
1963 - class win, 6-hours de Brands Hatch, com Tom Trana/Skogh (S)
1963 - class win, Grote Prijs Limburg, Zolder, Belgica, com Tom Trana (S)
1963 - class win, Zandvoort Trophy, Holanda, com Tom Trana (S)
1963 - 1º no European Rally Championship, com Gunnar Andersson (S)
1963 - 1º no European Ladies Championship, com Sylvia Österberg (S)
1963 - 2º no Acropolis Rally, com Gunnar Andersson (S)
1963 - 3º no Acropolis Rally, com Skogh/Berggren (S)
1964 - 1º no Shell 4000 Rally, Canada, com Klaus Ross/John Bird (CND)
1964 - class win, Sandown 4 hours, com Gerry Lister (AUS)
1964 - 2º no 1000 Lakes Rally, Finlandia, com Tom Trana (S)
1965 - 1º no Shell 4000 Rally, Canada, com Klaus Ross/John Bird (CND)
1965 - 1º no RAC European Touring Car Championship
1965 - 1º no World Championship for Manufacturers
1965 - 1º no Acropolis Rally, com Carl-Magnus Skogh (S)
1965 - 1º no Syd Rally Sweden, com Tom Trana (S)
1965 - 2º no Swedish Rally Championship, com Tom Trana (S)
1966 - 3º no African Safari Rally, com Joginder Singh/Bharat Bhardwaj (Kenya)
1966 - 2º no 1000 Lakes Rally, Finlandia, com Tom Trana (S)
1966 - 3º no RAC Rally, com Tom Trana/Solve Andreasson (S)
1966 - 3º no Monte Carlo Rally, com Tom Trana/Solve Andreasson (S)
1967 - 4º no African Safari Rally, com Joginder Singh (Kenya)
1967 - 2º no Finnish Rally Championship, com Hannu Mikkola (FIN)
1967 - 3º no 1000 Lakes Rally, Finlandia, com Hannu Mikkola (FIN)
1967 - 1º no New Caledonia Safari Rally, com John Keran/Max Stahl (AUS)

Durante o Acropolis Rally de 1965, 2 Volvo service crew members, foram mortos e a Volvo resolveu mudar sua atitude diante das competições, retirando o seu apoio oficial (como equipe oficial), em 1966, mas dando apoio a equipes extra-fábrica. Tom Trana continuou recebendo todo o suporte da fábrica, mas em 1968 trocou de equipe, passando a pilotar para a Saab.

Outras provas e desempenhos oficiais:
Daytona 24-hour race: 1º (1966)
Deutschland Racing:
3º (1963)
East African Safari Rally:
1º (1965) e 5º (1970)
European Driver’s Championship
: Gummar Andersson 1º (1963) e 2º (1961), Tom Trama 1º (1964)
European Rally Champion – Factory
: 1º (1958) e 2º (1968)
European Touring Car Championship:
1º 2-litre (1963)
Little Le Mans -10 hours Endurance Race (Lime Rock – Connecticut): 1º ao 5º (1957) e 1º ao 3º (1958)
Monte Carlo Rally:
1º Ladies (1961) e 6º (1962-1963)
Silverstone:
1º e 2º (1959)
Uganda
e Tanganyikan Rallies: 1º (1965)


Algumas provas atuais mais importantes ganhas pelo modelo Amazon

Alpes Rallye
Class
Marathon (FIA Historic Regularity Runs)
Corso Retro
Eire Rally
Historic Road Rally Championship (HRCR – Historic Rally Car Register’s)
International Historic Tulpenrallye
John Brown’s Corse (
Corsica)
Kerridge Historic Rally
Liège-Istambul-Liège
London-Sydney Marathon
Paris- Marrakesh
Pequim-Paris Challenge
Rallye Monte-Carlo
Trial do the
Nile (HERO – Historic Endurance Rallying Organization)
Tulip Rally
Word Coup Rally

Fotos de equipes em pistas e em rallyes:

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Colin Powell e seu Volvo 122S - 1966







Luis Cezar

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