(post republicado)
Há vários rallyes famosos ativos e já extintos, tais como: Acrópolis, 1000 Lagos, Tour da Córsega, RAC, Safari, Tulipa, etc., contudo, o mais famoso, o mais charmoso e o mais antigo rallye, foi (e é) sem dúvida alguma o Monte Carlo, que teve sua fase embrionária ocorrida em 1911, com a vitória de Rougier num Turcat-Mery.
Este blog vai tentar tecer - de forma superficial - um pouco desta história de sucesso e glamour, limitando-se até os anos 70. Duplas famosas e carros fantásticos, passaram por aquelas estradas, e o público ardoroso, esperava com ansiedade a "Nuit du Turini", invariavelmente debaixo de neve e noite fechada, só quebrada pelos roncos dos motores, badaladas de sinos (de vaca), e gritaria - iluminada pelos faróis de neblina e de milha de carros valentes.
O Rallye de Monte Carlo - chamado carinhosamente de Monte - é a prova mais prestigiada do Campeonato Mundial de Rallye (aliás, é a primeira prova do calendário). Já houve uma tentativa de se fazer uma prova de carros antigos, mas que não teve muita repercussão nos anos 70, contudo, agora, já estamos festejando o 10º aniversário da renomada prova de carros históricos em Monte Carlo (meu Saab participou desta prova em 2000), onde se tem a oportunidade de sentir um pouco deste evento. Atravessar os Alpes no inverno - só pode ser coisa de gente louca - na verdade louca por carro, aventura e com muita coragem. Pode não ser a melhor pista, ou ter as melhores estradas, mas o charme está na tradição e no respeito que todos têm sobre este evento.
Já se viu de tudo, desde um carro com inúmeras bagagens (em 1957), até um carro inglês (em 1952), com um verdadeiro lavabo no seu interior. Mas como tudo evolui, em 1964 as regras mudaram e este rallye passou a ser subdividido em provas especiais, incluindo provas de endurance e de velocidade (outra mudança radical ocorrerida somente em 2005, por imposição da FIA em acordo com o ACM - Automobile Club de Monaco). A retirada da Nuit du Turini foi um choque, tanto para os monégasques, como para todos que lá iam para assistir esta etapa noturna. Perdeu-se o charme especial da prova (muitos ainda lembram dos 404 ralizeiros amadores de 1953 - agora em meados dos anos 2000, são 34 profissionais).
Eu falo na Nuit du Turini, com se todos os blogueiros a conhecessem! Na verdade Turini é uma região localizada no Col de Turini (Alpes franceses), utilizado pela organização do Monte Carlo Rallye todo o ano (até 1997), com estágios que iam de La Bollene-Turini-Sospel ou Sospel-Turini-La Bollene.
Para quem já assistiu vários filmes sobre rallyes dos alpes, ou de Monte que são passados na TV, ou aos sábados no MG Club do Brasil, já sabem da dificuldade desta subida e descida, e de suas curvas fechadas. Era a Nuit du Turini - na verdade - a última noite, onde se dividiam os homens dos menimos... O primeiro herói não oficial de Turini foi o inglês Paddy Hopkirk, que em 64 deu um show com seu Mini Cooper S (para ser ter uma idéia, havia na torcida, cartazes com a inscrição: Paddy para Presidente). O herói oficial foi o filandês Timo Makinen, que em 65 (no chamado rallye da morte - 237 equipes largaram, chegaram apenas 22 times), ganhou tudo. Neste ano nascia a chamada Noite de Turini. Timo ganha 3 dos 5 trechos cronometrados e 5 das 6 provas especiais (tudo debaixo de neve). Ele deu um "baile" nos Porsches 904GTS, principalmente no pilotado pelo alemão Eugen Bhringer.
Mas vamos ao início. Vocês podem não acreditar, mas tudo começou com um advogado - isso mesmo! Antes da Primeira Guerra Mundial, o Principado fazia a chamada "Monte Carlo Week", com uma famosa corrida de barcos a motor, onde dois ingleses se destacavam (Tom Thornycroft e Montagu Graham White - este último, como todos vocês sabem, era um entusiasta dos carros da época). Em 1910 foi idealizado um projeto da construção de um motoring club (vocês devem lembrar do Run entre o Hotel Metropole e Brighton - objeto de comentário deste blog), fazendo com isso, reunir os proprietários de carros, fazendo uma espécie de "rally" (na saída do Run acima citado, utilizou-se pela primeira vez a expressão: "Go" - usada até hoje em todos os rallyes). Pois bem, por esse influência e pela corrida de barcos, um advogado francês, resolveu baseado no Convegni Ciclisti, organizado na Itália, planificar uma prova chamada "Rallye para Monte Carlo" (afrancesou-se o termo rally, grafando rallye).
Havia a previsão de premiação (que ia de £ 8 a £ 400). Então, em novembro de 1910, o Sr. Alexandre Noghes, presidente do Clube de Automóvel e Motocicleta de Monaco, anunciou o Monte Carlo Rallye para janeiro de 1911. A largada seria dada em vários pontos: Paris, Bolonha, Madri, Roma, Berlim, Viena, Bruxelas, Amisterdã, Genebra, Lisboa e São Petesburgo (Leningrado, também). Em 1911 deu-se o primeiro "Go" na prova, com a participação de 23 competidores, sendo ganha por Henri Rougier, com um Turcat Mery de 25hp, que andou de Paris a Riviera, perfazendo uma distância de 570 milhas, em 28 horas e 10 minutos. Neste primeiro evento, a maioria dos competidores largaram de Paris (12) - 23 competidores largaram de outros pontos e somente 9 chegaram. Houve o primeiro conflito (dentre centenas que se seguiriam na história deste rallye): o sexto lugar foi dado ao alemão Capitão Von Esmarch, que largou de Berlin. Ele abriu mão do prêmio, alegando que veio de mais longe, e portanto, deveria haver uma compensação. Esta reclamação fez efeito no futuro, pois, se utilizou o sistema de bonificação de quem largasse de mais longe (esse sistema foi abandonado depois da II Grande Guerra). Henri Rougier ganha as £ 400, mais um outro prêmio (Pneus Continental), além de uma escultura em bronze, ofertada pelo Príncipe de Monaco. Em segundo ficou o Sr. Aspiagu, pilotando um Gobron de 40hp, e em terceiro ficou o Sr. Beutler, num Martini 38hp.
No segundo ano (1912), o rallye já fazia sucesso, com 87 entradas de participantes. Por causa de conflitos políticos, que desencadearam a Primeira Guerra Mundial, a prova somente regressou em 1924, indo até 1939 (novamente interrompida pela Segunda Grande Guerra), só retornando em 1949 (em 1957, não houve rallye, por falta de combustível na França) - de lá para cá, nunca foi mais interrompida. Este número de participantes depois da I Guerra, ia crescendo a cada ano, levando os organizadores a limitar o número de participantes. Em 1928 participa a primeira mulher - a linda Kitty Brunell (aliás, foi a primeira mulher a ganhar o RAC). Esta beldade (sou confessadamente apaixonado por ela), participou com um Singer, mas seus carros favoritos eram um Talbot e um AC - e marmanjos de plantão - esta beldade dava cabo dos problemas mecânicos.
Cabe uma nota: os últimos 5 rallyes antes da Segunda Grande Guerra, foram marcados por interferências das "montadoras", que queriam demonstrar uma certa supremacia, em especial a Mercedes-Benz e a Auto Union. Era um toque mais profissional, nesta prova até então considerada amadora. Em 1938 participaram 143 times (com uma guerra muito dura na Europa, foi imaginado que não haveria mais este rallye). Para surpresa de todos, o rallye ao retornar em 1950, tinha como inscritos 308 times e em 1953: 440 (os organizadores limitaram a 350). Sucesso! Todos queriam participar, até mesmo aqueles acostumados com provas de pista (em 1952 S. Moss estréia na prova, tendo como navegador John Cooper, que escrevia para o periódico The Autocar, num Sunbeam-Talbot 90).
Além da kitt, outras mulheres ficaram famosas como Anne Hall e Pat Moss (irmã de S. Moss, que depois casou com o bi-campeão de Monte Carlo, o Mr. Saab: Erick Carlsson). O Rallye de Monte Carlo proporcionava várias competições dentro do mesmo evento, uma delas era a Coupe des Dames (Challenge Officiel de la Couture), onde se destacaram: Lamberjack, Largeot, Gordine, Pochon e a bi-campeã de Monte Carlo, Pat Moss - num Austin de 948cc.
Cabe uma nota: os últimos 5 rallyes antes da Segunda Grande Guerra, foram marcados por interferências das "montadoras", que queriam demonstrar uma certa supremacia, em especial a Mercedes-Benz e a Auto Union. Era um toque mais profissional, nesta prova até então considerada amadora. Em 1938 participaram 143 times (com uma guerra muito dura na Europa, foi imaginado que não haveria mais este rallye). Para surpresa de todos, o rallye ao retornar em 1950, tinha como inscritos 308 times e em 1953: 440 (os organizadores limitaram a 350). Sucesso! Todos queriam participar, até mesmo aqueles acostumados com provas de pista (em 1952 S. Moss estréia na prova, tendo como navegador John Cooper, que escrevia para o periódico The Autocar, num Sunbeam-Talbot 90).
Além da kitt, outras mulheres ficaram famosas como Anne Hall e Pat Moss (irmã de S. Moss, que depois casou com o bi-campeão de Monte Carlo, o Mr. Saab: Erick Carlsson). O Rallye de Monte Carlo proporcionava várias competições dentro do mesmo evento, uma delas era a Coupe des Dames (Challenge Officiel de la Couture), onde se destacaram: Lamberjack, Largeot, Gordine, Pochon e a bi-campeã de Monte Carlo, Pat Moss - num Austin de 948cc.
O prêmio principal de 1911 a 1950 foi chamado de Coupe de L'International Sporting Club; de 1951 a 1959 foi chamado de Coupe de S. A. S. le Prince Rainier III de Monaco. Outras categorias faziam parte: Coupe de la Commission Sportive de L'I.S.C. (a partir de 54), Coupe de la Riviera (a partir de 25), Coupe du Country Club (a partir de 49), Coupe du Mont Agel (a partir de 37), Coupe de L'Automobile Club de Monaco (a partir de 55), Coupe de la Condamine (a partir de 55), Coupe de Monte Carlo (a partir de 56), Coupe du Beach (a partir de 56). E a partir de 1960: Coupe du Rocher, Coupe des Moulins, Coupe du Larvotto e Coupe de Saint-Roman.
Em 67 Monte é palco de uma guerra entre o inglês Vic Elford, com o Porsche 911; com o finandês Rauno Aalonen, com o Mini Cooper S; e, com o suéco Ove Andersson, com a Lancia Fulvia. Deu o Mini. Em 68 foi o ano da aparição das berlinettes Alpine 1300cc, principalmente a pilotada por Gérard Larrousse, que terminava na frente do Porsche de Elford e Toivonen - contudo, na Nuit a berlinette foi de encontro com a montanha, e... a marca alemã ganha Monte, não apenas neste ano, mas nos 2 posteriores (68-69-70 nestes dois últimos anos com Björn Waldegard) - os Alpines só iriam ganhar em 1971.
Na especial de Turini já passaram as grandes legendas em pilotos, navegadores e carros, tornando esta especial num dos mitos do campeonato mundial, além de ter dado um "q" a mais no Rallye de Monte Carlo. O triumfo nesta prova, dependia de como as equipes se comportariam diante da noite, com neve e muitas curvas. As estrelas da Nuit du Turini se apagaram para sempre em 1997. Depois dos acidentes em 1968 em plena serra de Turini, principalmente com os Alpines, a fama ora negativa, ora positiva da prova, se tornou mais assentuada (não era correto afirmar que o vencedor de Turini, era o vencedor da prova de Monte Carlo como um todo, mas que esta prova era fator de equilíbrio, isso era).
Vencedores da Nuit du Turini
(e de outras especiais feitas ali no mesmo trajeto)
(e de outras especiais feitas ali no mesmo trajeto)
R.
| Nome |
Vitórias
| Anos |
1
| Bernard Darniche |
10
| 1972 (2), 1977, 1979 (4), 1980, 1981 (2) |
2
| Carlos Sainz |
8
| 1990 (2), 1991 (2), 1992, 1994, 1995, 2000, 2003 |
3
| Timo Mäkinen |
5
| 1965 (3), 1966, 1973 |
=
| Sandro Munari |
5
| 1975 (3), 1976, 1977 |
=
| Didier Auriol |
5
| 1989 (2), 1990, 1998, 1999 |
6
| Bjorn Waldegård |
4
| 1969, 1970, 1976 (2) |
7
| Ove Andersson |
3
| 1967 (2), 1971 |
=
| Simo Lampinen |
3
| 1971 (2), 1972 |
=
| Jean-Pierre Nicolas |
3
| 1976, 1978 (2) |
=
| Walter Rohrl |
3
| 1980, 1982, 1984 |
=
| François Delecour |
3
| 1991, 1993, 2001 |
=
| Tomi Mäkinen |
3
| 1999, 2002 (2) |
=
| Sebastien Loeb |
3
| 2005, 2006 (2) |
13
| Bo Ljungfeldt |
2
| 1963, 1964 |
=
| Jean Vinatier |
2
| 1968, 1969 |
=
| Vic Elford |
2
| 1968, 1969 |
=
| Gerard Larrousse |
2
| 1970 (2) |
=
| Jean-Claude Andruet |
2
| 1983 (2) |
=
| Ari Vatanen |
2
| 1985 (2) |
=
| Henri Toivonen |
2
| 1986 (2) |
=
| Timo Salonen |
2
| 1988 (2) |
=
| Petter Solberg |
2
| 2002 (2) |
=
| Markko Märtin |
2
| 2004 (2) |
23
| Eugen Böhringer |
1
| 1962 |
=
| Günther Klass |
1
| 1966 |
=
| Robert Buchet |
1
| 1966 |
=
| Rauno Aaltonen |
1
| 1967 |
=
| Pauli Toivonen |
1
| 1968 |
=
| Harry Kallstrom |
1
| 1973 |
=
| J-F Piot |
1
| 1973 |
=
| Fulvio Bacchelli |
1
| 1977 |
=
| Maurizio Verini |
1
| 1978 |
=
| Attilio Bettega |
1
| 1980 |
=
| Michele Mouton |
1
| 1982 |
=
| Stif Blomqvist |
1
| 1984 |
=
| Massimo Biasion |
1
| 1987 |
=
| Bruno Saby |
1
| 1991 |
=
| Armin Schwarz |
1
| 1992 |
=
| Andrea Aghini |
1
| 1993 |
=
| Pierre Cesar Baroni |
1
| 1996 |
=
| Pierro Liatti |
1
| 1997 |
=
| Bruno Thiry |
1
| 1998 |
=
| Harri Rovanpera |
1
| 1999 |
=
| Freddy Loix |
1
| 2001 |
=
| Colin McRae |
1
| 2003 |
=
| Roman Kresta |
1
| 2005 |
=
| Manfred Stohl |
1
| 2006 |
Lista de vencedores do Rallye de Monte Carlo
Ano
|
Pilotos e Navegadores
|
Carros
|
1911
|
H. Rougier
|
Turcat-Mery
|
1912
|
J. Beutler
|
Berliet
|
1924
|
Ledure
|
Bignan
|
1925
|
F. Repusseau
|
Renault
|
1926
|
Hon V.A Bruce
|
A.C.
|
1927
|
Lefebvre - Despaux
|
Amilcar
|
1928
|
J. Bignan
|
Fiat
|
1929
|
Dr. Sprenger Van Euk
|
Graham-paige
|
1930
|
H. Petit
|
Licorne
|
1931
|
D.M. Healey
|
Invicta
|
1932
|
M. Vasselle
|
Hotchkiss
|
G. de Lavalette / C. de Cortanze
|
Peugeot
| |
1933
|
M. Vasselle
|
Hotchkiss
|
1934
|
Gas-Trevoux
|
Hotchkiss
|
1935
|
Ch. Lahaye / R. Quatresous
|
Renault
|
1936
|
L. Samfirescu / P.G. Cristea
|
Ford
|
1937
|
Lebegue / J. Quinlin
|
Delahave
|
1938
|
G. Baker Schut / Karelton
|
Ford
|
1939
|
J. Trevoux / M. Lesurque
|
Hotchkiss
|
J. Paul / M. Çontet
|
Delahave
| |
1949
|
J. Trevoux / M. Lesurque
|
Hotchkiss
|
1950
|
M. Becquart / Ii. Secret
|
Hotchkiss
|
1951
|
J. Trevoux / R. Crovetto
|
Delahave
|
1952
|
S.H. Allard / G. Warburton
|
Allard
|
1953
|
M. Gatsonides / P. Worledge
|
Ford Zephir
|
1954
|
L. Chiron / C. Basadonna
|
Lancia
|
1955
|
P. Malling / G. Fadum
|
Sunbeam-Lotus
|
1956
|
RJ. Adams / F.E.A. Bigger
|
Jaguar
|
1958
|
G. Monraisse / J. Ferret
|
Renault
|
1959
|
P. Coltelloni/ P. Alexandre
|
Citroën
|
1960
|
W. Shock / R. Moll
|
Mercedes
|
1961
|
M. Martin / R. Bateau
|
Panhard
|
1962
|
E. Carlsson / G. Haggbom
|
Saab
|
1963
|
E. Carlsson / G. Palm
|
Saab
|
1964
|
P. Hopkirk / H. Liddon
|
Morris Mini Cooper
|
1965
|
T. Makinen / P. Easter
|
BMC
|
1966
|
P. Toivonen / E. Mikkander
|
Citroën
|
1967
|
R. Aaltonen / H. Liddon
|
BMC
|
1968
|
V. Elford / D. Stone
|
Porsche
|
1969
|
B. Waldegaard / L. Helmer
|
Porsche
|
1970
|
B. Waldegaard / L. Helmer
|
Porsche
|
1971
|
O. Andersson / D. Stone
|
Alpine
|
1972
|
S. Munari/ M. Mannucci
|
Lancia Fulvia
|
1973
|
J.-C. Andruet / Biche
|
Alpine
|
1975
|
S. Munari / M. Mannucci
|
Lancia Stratos
|
1976
|
S. Munari / M. Mannucci
|
Lancia Stratos
|
1977
|
S. Munari / S. Maiga
|
Lancia Stratos
|
1978
|
J.-P. Nicolas / V. Lavergne
|
Porsche Carrera
|
1979
|
B. Darniche / A. Mahe
|
Lancia Stratos
|
1980
|
W. Rohrl / C. Geistdorfer
|
Fiat 131 Abarth
|
1981
|
J. Ragnotti / J.M Andrie
|
Renault 5 Turbo
|
1982
|
W. Rohrl / C. Geistdorfer
|
Opel Ascona 400
|
1983
|
W. Rohrl / C. Geistdorfer
|
Lancia 037 Rally
|
1984
|
W. Rohrl / C. Geistdorfer
|
Audi Quattro
|
1985
|
A. Vatanen / T. Harryman
|
Peugeot 205 T16
|
1986
|
H. Toivonen / S. Cresto
|
Lancia Delta S4
|
1987
|
M. Biasion / T. Siviero
|
Lancia Delta 4WD
|
1988
|
B. Saby / J.-F. Fauchille
|
Lancia Delta 4WD
|
1989
|
M. Biasion / T. Siviero
|
Lancia Delta Intégrale
|
1990
|
D. Auriol / B. Occelli
|
Lancia Delta Intégrale
|
1991
|
C. Sainz / L. Moya
|
Toyota Celica
|
1992
|
D. Auriol / B. Occelli
|
Lancia HF Int
|
1993
|
D. Auriol / B. Occelli
|
Toyota Celica
|
1994
|
F. Delecour / D. Grataloup
|
Ford Escort Co 4x
|
1995
|
C. Sainz / L. Moya
|
Subaru Impreza
|
1996
|
P. Bernardini / B. Occelli
|
Ford Escort Co 4x
|
1997
|
P. Liatti / F. Pons
|
Subaru Impreza
|
1998
|
C. Sainz / L. Moya
|
Toyota Corolla WRC
|
1999
|
T. Makinen / R. Mannisenmaki
|
Mitsubishi Lancer Evo
|
2000
|
T. Makinen / R. Mannisenmaki
|
Mitsubishi Lancer Evo
|
2001
|
T. Makinen / R. Mannisenmaki
|
Mitsubishi Lancer Evo
|
2002
|
T. Makinen / K. Lindstrom
|
Subaru Impreza WRC
|
2003
|
S. Loeb / D. Elena
|
Citroën Xsara WRC
|
2004
|
S. Loeb / D. Elena
|
Citroën Xsara WRC
|
2005
|
S. Loeb / D. Elena
|
Citroën Xsara WRC
|
2006
|
M. Gronholm / T. Rautiainen
|
Ford Focus WRC
|
Mini I
Mini II
Mini III
Lancia Pit
Audi Quatro - Turini
Luis Cezar
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