Audi Quattro

AA - DA

Ah... o Audi Quattro em plena atividade... quem viu - viu, quem não viu não sabe o que estou falando. A história do rallye moderno ou não se divide, antes e depois do Audi Quattro.

Inegável: quando o Audi Quattro entrou no circuito de rallye profissional, acabou a era do semi-amadorismo. Acabou a era romântica. Acabou a era dos carros com tração dianteira ou traseira. O futuro chegou em pleno presente. 4x4 não era apenas um utilitário, agora era uma máquina de matar concorrentes nas pistas de rallye. Surgia nos anos 80 o Audi Quattro (Salão de Genebra, com um motor de 5 cilindros) - O Divisor (pode-se separar os rallyes da seguinte forma: era romântica, até o início dos anos 60; era de ouro, dos 60 até o início dos anos 70; era semi-amadora, até a chegada do Audi Quattro, também chamada de AA - Antes do Audi; e a era DA - Depois do Audi). Mais do que um divisor de eras, o Audi Quattro representava um matador de provas. Um engolidor de qualquer carro contemporâneo ao seu lançamento. Cabe lembrar, que o Quattro foi lançado em rallye, quando as novas regras, estavam sendo aplicadas, dando um fim aos "Monstros".

Quais os carros que vinham fazendo sucesso em 80/81: Fiat Abarth 131, Lancia Stratos HF, Opel Ascona 400, Saab 900 Turbo, Mercedes 450 SLC 5.0 e 500 SLC, Ford Escort RS, Talbot Sunbeam Lotus, Datsun 160j, Renault 5 Turbo e Toyota Celica. Ai..., chegou o Audi Quattro: Já em fevereiro de 81, ganha com Mikkola e Hertz o Swedish Rally, fica me 4º no Rally de Portugal, com a Mouton e Pons, em 3º no 1000 Lakes Rally com a dupla Mikkola/Hertz, em 1º no Sanremo, com a dupla Mouton/Pons (no mesmo rallye Mikkola e Hertz ficam em 4º). No RAC (agora em novembro e o último da temporada), Mikkola e Hertz ficam em 1º (mesmo asim o mundial de construtores, ficava para Talbot, seguido por Datsun, Ford, Opel e em 5º pela Audi - nada mal para o primeiro ano - Hannu Mikkola fica em 3º e Michèle Mouton fica em 8º). Em 82, com Porsche 911 SC, Nissan Violet GT, Ferrari 308 GTB dentre outros, o Audi Quattro se destacou: ficou em 2º com Mikkola/Hertz em Monte Carlo; em 1º com Blomqvist/Cederberg no Swedish Rally, em 1º nos rallyes de Portugal, Acropolis, Brasil com Mouton/Pons; 1º no 1000 Lakes com Mkkola/Hertz e em 2º com Blomqvist/Cederberg no mesmo rallye, invertendo-se as posições no Sanremo, fechando o ano com Mikkola/Hertz em 1º, e em 2º no RAC Rally, a dupla Mouton/Pons, e para coroar, fica em 5º lugar a dupla Demuth/Daniels (pelos construtores a Audi em 82, fica em primeiro e pelos pilotos, Mouton fica em 2º, Mikkola em 3º e Blomqvist em 4º). De 83 a 90 os fatos se repetiram, destacando-se:

Monte Carlo
(83) 3º e 4º; (84) 1º, 2º e 3º; (85) 2º e 4º; (86) 3º e 4º e (87) 3º.
Swedish
(83) 1º ao 4º; (84) 1º ao 3º; (85) 2º, 4º e 5º; (86) 4º e 5º; (88) 3º e 4º e (89) 5º.
Portugal
(83) 1º e 2º; (84) 1º; (85) 3º ao 5º e (89) 4º.
Safari
(83) 2º e 3º; (84) 3º e (87) 1º e 2º.
Tour de Corse
(84) 5º.
Acropolis
(83) 3º; (84) 1º, 2º e 5º; (85) 2º; (87) 3º e 4º e (88) 5º.
New Zeland
(84) 1º e 3º; (85) 3º ao 5º e (88) 3º.
Argentina
(83) 1º ao 4º; (84) 1º ao 3º; (85) 2º; (88) 4º; (89) 4º e (90) 4º.
1000 Lakes
(83) 1º, 2º e 4º; (84) 4º; (85) 2º e (87) 4º.
Sanremo
(85) 1º.
Ivory Coast
(83) 2º; (84) 1º e 2º e (90) 2º.
RAC
(83) 1º, 2º e 4º; (84) 2º e 4º; (85) 4º e (88) 5º.
Olympus (USA) (88) 3º e 4º

Construtores
(81) 5º; (82) 1º; (83) 2º; (84) 1º; (85) 2º; (86) 4º; (87) 2º; (88) 3º; (89) 5º e (90) em 6º empatado com a Renault.

Sua produção foi de 1980 a 1991, tendo como sucessor o Audi S2. Era um coupé que de 80 a 87 tinha um motor de 2.1 litros SOHC e de 87 a 89, um motor de 2.2 litros SOHC (ambos com 10 valvulas), e de 89 a 91 2.2 litros DOHC com 20 valvulas. Seus concorrentes no mercado eram o Lancia Delta Integrale, o Ford Sierra RS Cosworth e o Toyota Celica GT-Four. Os projetistas e desenhistas foram Jörg Bensinger (chefe de engenharia de chassis), Walter Treser e o Dr. Ferdinand Piëch (neto de Ferdinand Porsche, que - dizem - se sentia o último "Bis" do pacote).

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Na verdade o Audi Quattro não foi i primeiro carro 4x4 - O Jansen FF, fora lançado com tal sistema, mas o Quattro, como era chamado, tinha uma tecnologia bem diferente e mais confiável. A idéia veio de competições na Finlândia, onde um utilitário 4x4 da VW, de nome Iltis, ganhava todas as provas, por ser 4x4! Então, porque não fazer um carro assim (pensou Bensinger - o Ferdinand ficou 4 anos desenvolvendo um modelo, que o Bensinger, sacou na hora que chegou...). Fizeram do Audi 80 o carro conceito e plataforma, para este desenvolvimento, com motor do Audi 200 e tecnologia do Iltis no tocante ao 4x4.

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Oficialmente ele teve vários nomes, como Quattro ou Q, com referência aos 4 arcos da Audi, ou ao sistema 4x4 (ou em inglês AWD ou four-wheel drive system). Chegou a ter a denominação (alemã) Ur-Quattro (como o "original Quattro" - os Audi S4 e S6, eram chamados de UrS4 e UrS6).

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A powerplant originalmente era de 2.1l, com 2.144cc SOHC, com 10 válvulas, proporcionando uns 200hp (há que se lembrar que os carros de rallye levavam um turbocharged). Depois este modelo teve uma nova motorização de 2.2l, com 2.226cc, que atingiam 220hp. A partir de 83, o painel foi mudado, com instrumentos em LCD digital (na cor verde, passando em 88 na cor laranja). Em 85 há um novo leyout de painel, com um novo volante e um novo console e chaves de comando. Somente em 83, o farol passou a ser único na frente. A produção foi de 11.452 carros, entre 80 e 91, com 400 carros produzidos para a homologação e para a inscrição no campeonado mundial de rallye (foram vendidos para os EUA, 664 unidades - por isso é muito difícil encontrar um "bom" naquele mercado - aliás, para este mercado foi colocado um limitador do turbo, para que fosse produzido apenas 170hp - como controle auxiliar de poluição).

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O chamado Audi Sport Quattro, foi desenvolvido dentro do programa para ser utilizado nos rallyes dentro do Grupo B (os 400 carros vendidos para a homologação, eram setados com motor 2.1l (2.133cc), com 20 válvulas, gerando 350hp. A pilota mais famosa nesta nova fase, foi justamente a Michèle Mouton. Apesar dela ter menos atividade de uma Pat Moss, ela foi muito importante: Ela pilotou um work (carro de fábrica) da Fiat (Fiat 131 Abarth em 1978). Ela foi recrutada pela Audi, somente em 1981, para pilotar um Audi Quattro Sport do Grupo B. O seu primeiro feito foi ganhara o Rallye de San Remo e o campeonato mundial. Ela deu um banho em 82, nos rallyes de Portugal, Grécia e Brasil (sim, o Brasil estava no circuito), onde ganha o segundo campeonato mundial. Em 84, ela fica em primeiro na categoria Rallye, e décima no geral na competiçcão Pikes Peak no Colorado (USA). No ano seguinte, ela bate todos os recordes com o Quattro no mesmo circuito (ela se aposenta em 86, com um Peugeot, durante o Tour de Corse, dentro do Grupo B).

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A partir de 83, é criada uma empresa (seguindo a tendência da BMW), para cuidar da parte esportiva da empresa, batizada de Quattro, que vendia os kits, com a Alpina, para a BMW), além de ter orçamento próprio, para desenvolver os carros da Audi em competições, com a chamcela de Neckarsulm (localidade onde está localizada a empresa), aliás, da Quattro que saem os carros conceitos, além dos carros de competição.

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