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8.7.13

Lotus 25


Muitos carros de F1 foram ou são especiais... muitos são lindos, outros feios, outros com mais de 4 rodas...  enfim... exitem modelos para todos, contudo, o F1 mais revolucionário (foi o primeiro carro de chassi monocoque que obteve sucesso nas pistas), foi sem dúvida o Lotus 25, lançado em 1962 - sim - aquele pilotado por Jim Clark (além de Trevor Taylor, Mike Spence, Chris Amon, Piers Courage, Bob Bondurant, Innes Ireland, Mke Hailwood e Richard Attwood). Esse carro da Lotus foi o primeiro a levar o logo da Lotus a conquistar um campeonato de F1, com o piloto Jim Clark e de construtores em 1963. Na verdade esse carro sedimentou a mítica sobre o nome Lotus.
A denominação correta era Lotus-Climax 25 (tinha um motor Coventry-Climax V8 - 90 graus), com uma capacidade de 1.500cc (1.498), gerando um poder de 195bhp a 8.200 rpm, pesando 452kg, usando pneus Dunlop 500-15R5 na frente e 650-15R5 na traseira, fabricado em 1962. O projeto do Lotus 25 surgiu quando em 1961 a cubagem dos motores da F1 passou para 1.5 litros, voltando aos 101.5 octanes substituindo os 130 octantes Avgas. O primeiro carro a se adaptar foi a Ferrari. Foi usado tecnologia aeronáutica na construção do chassis monocoque - foi uma visão muito especial do Colin Chapman. O motor era vendido pela Lotus por 3 mil libras.
O lendário e revolucionário Lotus 25 foi construído com imensa criatividade, oriundo de outros modelos (o Lotus 24 correu também em 62 e foi vendido a vários pilotos/equipes), mas com a genialidade do Chapman, que chamou o fiel Jim Clark para pilotá-lo. A primeira prova de 1962, foi na Holanda (ah... o modelo 24 foi entregue ao companheiro escocês do Clark - Taylor. Sem treinar quase nada com o Lotus 25, Clark larga em terceiro atras do Graham Hill (BRM P57) e de Surtees (Lola). Clark chegou a liderar por algumas voltas, mas como todo carro inglês nos proporciona surpresas, o cabo da embreagem soltou e... Jim Clark ficou casado com esse problema por 60 voltas, até desistir a 10 voltas do fim da prova (Graham Hill ganhou  e o Teylor ficou em segundo com o já testado Lotus 24). O Lotus 24 era mais veloz do que o Lotus 25, mas durante aquele ano ele foi se aperfeiçoando... O Jim Clark chegou no final da temporada só precisando de uma vitória para se tornar campeão em 1962, mas quando estava em primeiro lugar na última corrida, um vazamento de óleo lhe tirou essa glória (quem ganhou naquele ano foi o Graham Hill) - há que se lembrar que os mecânicos esqueceram de apertar um parafuso e assim houve o vazamento).
Mas em 1963... Jim Clark foi o primeiro campeão de F1 com apenas 27 anos (foi o primeiro no mundo a conquistar um campeonato de F1 com tão pouca idade) - neste ano também sentiu-se outros recordes: 7 vitórias e poles, 6 voltas mais rápidas (neste ponto iguala-se aos feitos de Ascari em 52), e 9 pódios consecutivos. Tudo isso com uma Lotus 25 - tá certo que o Jim Clark fazia a diferença, mas o carro era bom. Na primeira prova em Monte, a Lotus 25 perdeu a liderança para Graham Hill, somente recuperando na 18a volta. Por 60 voltas a Lotus 25 ficou na liderança, contudo, o câmbio quebra... A Lotus 25 ganha as seguintes 4 provas (com o mesmo jogo de pneus!!!). Na Alemanha chegou em segundo com alguns problemas no motor e pneus (que não eram novos desde o início). Os italianos metiam o pau no Lotus 25 e o pequenininho deu pau na Ferrari de Surtees, no Braham de Gurney e no BRM de Hill (notem os carros e os pilotos). No GP dos EUA, a parte elétrica (bateria), deram um pane da largada (o Jim Clark perdeu 2 voltas), mesmo assim, chegou em terceiro. Aliás, falando nos EUA, o Lotus 25 estreou nas 500 Milhas de Indianápolis... como os italianos, os norte-americanos soltaram várias piadas sobre esse modelo com motor traseiro... O Lotus 25 quase venceu essa corrida de circuito oval (ainda nos EUA, no circuito de Milwalkee, o Lotus 25 chega em primeiro na frente dos míticos Foyt e Gurney).
O Lotus 25 com motor Climax V8 (Team Lotus), em 1962 (2o no Campeonato), ficou em primeiro na Bélgica, Inglaterra e EUA; em quarto na Alemanha e em nono na Holanda (Mônaco, França, Itália e Africa do Sul, não terminou). Em 1963 (1o no Campeonato), ficou em primeiro na Bélgica, Holanda, França, Inglaterra, Itália, México e Africa do Sul; em segundo na Alemanha; em terceiro nos EUA e em oitavo em Mônaco. Em 1964 (3o no Campeonato), ficou em primeiro na Holanda, Bélgica e Inglaterra; em quarto em Mônaco, retirando-se na Itália e França (neste ano o Lotus 33 correu na Alemanha, Áustria, EUA e México). Em 1965 o Lotus 25 só fez a prova da França, chegando em primeiro lugar (a Lotus 33, que concorreu para ganhar o Campeonato, ficando em primeiro na Bélgica, Inglaterra, Holanda, Alemanha e África do Sul - retirando-se dos EUA e México).


Luis Cezar

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