Enquanto isso na Nova Zelândia dos anos 60....
Comentários sobre carros clássicos esportivos, carros históricos de rallye e de pista, além de comentários mais especificamente de eventos esportivos de rallyes e raids históricos realizados no Brasil e no exterior.Comments on sporting classic cars, historic rally and race cars, hesides comments more specifically of sporting events of historics rallyes and raids accomplished in Brazil and in the exterior.
Historic Rallye - The most essential item of equipment is a sense of humour!
25.2.14
23.2.14
Tom Jones - outro clássico
E... com vocês o meu amigo do Pais de Gales, Sir Thomas Jones Woodward, que vocês conhecem como Tom Jones:
Luis Cezar
Cadillac - The Duchess
Esse clássico norte-americano não é chamado por sua marca (Cadillac), mas sim nicknamed ''The Duchess''. Não se trata de um carro de rallye ou de competição em autódromo, mas é uma grata curiosidade de um carro norte-americano.
Os Estados Unidos ainda não haviam entrado na Grande Guerra... o Rei Edward VIII tinha abdicado do trono inglês em dezembro de 36, para casar com a Wallis Simpson (uma socialite divorciada norte-americana)... a era pré-guerra estava acabando e ai surge (1941) um único Cadillac limousine chamado de The Duchess, carro que foi redescoberto recentemente. Na verdade esse Cadillac não era apenas do former king of England, mas sim do casal, agora não real.
Entre o círculo de amigos mais do Edward do que a Wallis, era o Alfred P. Sloan Jr. da GM, que querendo fazer uma surpresa e um carro para o casal, chamou o seu diretor de arte Harley Earl, para projetar essa limusine, quando esse estivesse em visita a Nova York, em 1941. Dai surgiu a Duchess.
Conforme descrição das notas do leilão realizado pela RM, mostra que a Duquesa veio para simbolizar o fim de uma era, mais ou menos marcando a transição do modelo Cadillac (onde definir o padrão mundial de automóveis de luxo foi fundamental nesta época difícil - ainda mais falando em bem de luxo)... esse modelo foi uma exceção, mas serviu para influenciar os modelos futuros, e influenciar outros modelos de outras montadoras de carro de luxo (Buick a Rolls-Royce), com a distância entre eixos, fluxo dos pára-lamas dianteiros, instrumentação de painel.
Os toques especiais adornada do carro eram realmente especiais - e não estou falando apenas dos desenhos a ouro pintados no carro (aliás, tudo que era dourado tem como base o ouro). Todos os trilhos dos bancos, eram de aço inox, assim como eram feitos da mesma matéria prima tudo que era cromado. A suspensão era a original da Cadillac que era fantástica. No interior, a Duquesa recebeu estofamento casimira personalizado, e tapetes de lã cobriam o chão, enquanto a madeira de nogueira foi utilizada para ornamentação em toda a cabine. Toques de luxo incluíam até mesmo um humidificador. O carro incluiu janelas operadas hidraulicamente e um divisor de centro operado de forma elétrica. O rádio traseiro tinha botões pré-definidos para as estações de rádio de Nova York, que tinha uma antena movida a vácuo. Era o carro mais silencioso feito nos EUA - em marcha lenta a 400RPM o que se ouvia era o ruído do ventilador.
O Duque de Windsor não quis aceitar como um presente da GM e pagou US$14.000 - que foi mais de três vezes o custo de uma produção Cadillac Series 75 Fleetwood sedan de sete passageiros. O carro ficava na garagem do Waldorf Astoria, em Nova York, onde o casal mantinha uma suite (na verdade a suite ficava no Waldorf Towers na Park Avenue - ao lado do hotel). O casal ficou com o carro por 11 anos (até 1952), quando o Duque trocou com um novo Cadillac Series 75 e comprou um perua Buick. Desde então, a Duchess foi apenas de quatro proprietários, o mais recente (antes do leilão) era Morgan Murphy, que o redescobriu jogado numa coleção de pequeno porte e o comprou em 2009, iniciando uma restauração completa. Hoje o preço deste carro gira entorno de US$500.000 e US$800.000. Pelo que eu sei o carro não foi vendido.
Luis Cezar
22.2.14
R8 Gordini - "Gord"
Como é sabido, eu tenho uma preferência pelos esportivos ingleses, mas tem outros carros de outras nacionalidades que são merecedores de aplausos. Claro que não estamos falando de concurso de beleza, pois, desta forma somente os carros com desenhos italianos é que seriam os campeões, but... estou falando de eficiência. Nesta categoria eu coloco o medonho do Renault R8 Gordini - mais conhecido como ''Gordo'' ou simplesmente ''Gord''. Seja por qual nome esse carro é conhecido, este diabo azul tem uma performance de causar ciumes (será que tem assento?) e inveja. Enfim... um post em homenagem ao meu amigo Chico Dal Santo.
O debut foi em junho de 1962, quando a montadora Renault descortinou para o mundo o Reanult R8 - no Salão de Genebra. Era um carro baseado no Dauphine, ou seja, tal modelo vinha sob o mesmo chassis do Dauphine, com motorização traseira de 956cc com 44vc (chamado de Cléon, nome da fábrica onde era construído o motor- com freio nas 4 rodas - muito moderno para a época). Esse modelo veio para ficar na mesma categoria do Simca 1000, lançado um ano antes (nesse início o R8 vinha com câmbio de 3 velocidades ou com 4 marchas, na forma opcional - neste caso a primeira não era sincronizada). Em 1964 o R8 ganhou mais potência com 1.108cc de 50cv (levava o nome de "Major" - maior), e caixa de câmbio de 4 marchas de série - neste ano surge o R8 Gordini (com uma suspensão mais rebaixada, e vinha com o mesmo motor de 1108cc, but... com 90cv - dizem que na verdade era 95hp!!!), sendo vendido somente na cor azul, com duas faixas brancas na lateral esquerda, que atravessava o carro de uma ponta a outra.
O R8 G (''G'' de Gordini), recebe em 1967 um motor mais bravo de 1.255cc, com 103cv, sendo instalado na frente do carro, dois faróis de neblina e milha, e foi montada uma caixa de câmbio com 5 velocidades (para não ser confundido com o R8G, pois, levava também os mesmos faróis auxiliares, em 1968 foi lançado o R8S, uma versão mais esportiva, com um motor de 60cv, no motor do 1108cc, que vinha somente pintado na cor amarela e carburador de corpo duplo, como o Caravelle) - o R8G teve o dedo do Jean Redele da Renault-Alpine. O R8G teve a sua produção encerrada em 1970 e no ano seguinte chega-se ao final o R8S (o último R8 foi vendido em 1973, sendo que a sua produção fora da França só teve continuidade na Espanha, depois de 73). Foram produzidos 1.3 milhão de R8 (foram fabricados 2.626 unidades do R8 Gordini 1108cc, e 8.981 unidades do R8G 1255).
Os jornalistas da época do lançamento do R8 pensaram: - o R4 tem motor na frente e agora, vem o R8 que deveria ser um evolução (elogiaram os freios a disco nas 4 rodas) but... a Renault coloca o motor atras??? Erraram os jornalistas! O R8 foi e para muitos é um sucesso. As melhorias técnicas já tinham sido testadas meses antes com o lançamento do Caravelle Floride.
Eu vou falar uma coisa: Estava eu no Uruguai num rallye. Cai numa chave onde disputaria pau a pau, numa prova de arrancada e garagem, com um R8 (o piloto era bom, aliás, ótimo - era o campeão sul-americano de rallye). Bom - pensei - essa "coisinha" azul não é páreo para meu Volvo Amazon. Quando eu estava engatando a terceira o R8 já estava na minha frente. Resultado: passei a respeitar esse Gordini... Em 2010 - enfrentei mais 5 R8 em Monte Carlo. Todos me deram pau - sem dó ou compaixão, não só no gelo/neve como no asfalto (aliás, todos preparados pela Gordini). A produção do R8 Gordini começou em 64 com motor famoso 1.108 de 90hp - pelo peso potência - era um baita motor para aquele chassis. Muitos não gostam do câmbio elétrico, que fora colocado no painel, por acesso com botões (a partir de 65 veio essa inovação).
Na verdade a Reanult nos anos 60, não queria gastar dinheiro em um time de rallye, mesmo porque, não era muito competitiva - mas tanto o Mr. Gordini, como o Jean Redele da Alpine-Renault, fizeram a fábrica mudar de ideia (apesar que eles gastaram uma grana mesmo foi com os motores para a Alpine e outras peças, e não propriamente com um time azul tendo como carro líder o R8). O entusiasmo com o R8 veio em 65, quando surgiram os motores 1.255cc e 1.296cc. Somente em 68, que o R8 Gordini 1300 foi homologado para o Grupo 1 (no mesmo ano o Alpine-Renault homologava o motor 1.296cc para a categoria GT). O R8 fez sucesso nas pistas, contudo, também beliscou premiação nos rallyes alpinos e em rallyes de longa distância como o Liège-Rome-Liège. But... levava sempre "pau" de alguns baixinhos, como o Mini-Cooper ou BMC Minis. Uma curiosidade o motor do R8G era o mesmo utilizado pelos Alpines, preparado pelo Amadee Gordini. Esses motores com 95hp, ganharam o Tour de Corse de 64 (com suas estradas árduas na Córsega).
Em 65 Jean-François Piot e Jean Vinatier ganham o Coupes des Alpes (nesta prova deram pau num Cooper S). No mesmo ano, em dezembro, Pierre Orsini ganha o Tour de Corse. Em 66 havia um joint-job entre os suecos e franceses, surgindo pilotos como Regie Renault, Berdnt Jasson, Harry Kallström e Sylvia Osterberg. Os pilotos locais (franceses), eram os JF Piot, J. Vinatier e JP Nicolas. Em 65 os carros vinham com 2 faróis de milha e 2 de neblina, além do câmbio de 5 marchas (além dos dois tanques de combustível). Sempre se saíram bem nos Alpine, no Tour de Corse e incrivelmente (nestes anos), no RAC. Só em 67 os R8G passaram a correr pelo G2 (com motor de 1300cc). Ganha-se o Rally of the Flowers, depois chamado de San Remo, e o Iron Curtain Three Cities (rallye da cortina de ferro). Tiveram boa colocação no Rallye do Danúbio.
Sylvia Osterberg no Coupe des Alpes de 1967
Kallstrom no Monte Carlo de 1967
Uma das primeiras aparições de um R8G 1100 em 1964 no Rallye Liège-Rome-Liège
Documentário bem interessante
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